O céu estava pesado, coberto por nuvens cinzentas que não pareciam dispostas a dar trégua à chuva incessante. A água caía em finos fios, encharcando o solo e criando pequenas poças ao redor do cemitério. O som das gotas de chuva batendo contra os guarda-chuvas e o chão era a única coisa que se ouvia, exceto pelo ocasional soluço abafado de alguém presente.
Um pequeno grupo de pessoas, cada uma com sua própria história de bravura e dor, estava reunido em torno de um único caixão. Este caixão, porém, não carregava um corpo, mas a memória de um herói, uma lenda que havia partido deste mundo. Estavam todos ali para prestar suas últimas homenagens ao lendário guerreiro Sparda, um ser que tinha feito tanto pelo equilíbrio entre os mundos, e agora, descansava na eternidade.
Dean e Sam Winchester estavam entre os presentes, suas expressões sérias e respeitosas, refletindo a compreensão do que significava perder alguém tão importante. John Constantine, normalmente cheio de sarcasmo e humor sombrio, mantinha a cabeça baixa, o cigarro esquecido entre seus dedos enquanto encarava o caixão com uma expressão grave. Neo, um guerreiro silencioso e enigmático, estava ali, como sempre, mas desta vez seu semblante impassível parecia refletir uma tristeza profunda.
E então, de pé na linha de frente, estavam os três irmãos – Adelheid, Kayn, e Veronica. Os olhos deles estavam fixos no caixão, e suas mentes estavam distantes, mergulhadas em memórias que agora pareciam dolorosamente vívidas. A presença do caixão, embora simbólica, trazia à tona tudo o que eles tinham vivido com seu pai.
Adelheid se lembrava das lições de combate, das palavras de sabedoria que Sparda lhe deu quando ele duvidava de sua própria força. Kayn revivia os momentos de treinamento duro, mas também de risos compartilhados e o orgulho silencioso que sempre via nos olhos de seu pai. Veronica, com o coração apertado, recordava-se das conversas tranquilas, das histórias que Sparda contava sobre tempos antigos, e da proteção que ele sempre oferecia, mesmo nos momentos mais sombrios.
Cada memória era um lembrete do quanto Sparda significava para eles, não apenas como um guerreiro lendário, mas como pai, mentor e protetor. Mas agora, tudo o que restava eram as lembranças, e a dor da ausência. O vazio que ele deixou parecia impossível de preencher.
O oraculo, Jesus Cristo, terminou sua oração, e os sons abafados da terra sendo lançada sobre o caixão ecoaram pela pequena clareira. A chuva continuava a cair, misturando-se às lágrimas que nenhum dos irmãos tentou segurar. Eles se aproximaram do caixão, cada um colocando uma mão sobre ele, em um gesto de despedida silenciosa.
Kayn foi o primeiro a falar, sua voz baixa, quase um sussurro, mas carregada de emoção. "Você nos ensinou tanto... Eu só espero que possamos honrar seu legado."
Veronica, lutando contra as lágrimas, completou, "Você sempre foi a luz que nos guiou. Nós vamos continuar, pai, por você."
Adelheid, com os olhos fixos no caixão, disse a última palavra, sua voz firme apesar da dor. "Nós não vamos falhar, Pai. Vamos proteger este mundo, como você sempre fez."
Eles ficaram ali, em silêncio, por mais alguns minutos, cada um fazendo uma promessa silenciosa de continuar lutando, de proteger o que Sparda havia protegido. E, acima de tudo, de manter viva a memória de seu pai, a lenda que nunca seria esquecida.
À medida que o caixão era finalmente baixado à terra, os três irmãos se abraçaram, buscando força um no outro. O peso da perda era esmagador, mas eles sabiam que, juntos, podiam suportar qualquer coisa.
O dia estava triste, o clima sombrio, mas no fundo de seus corações, eles sabiam que Sparda nunca os deixaria completamente. Ele viveria em suas memórias, em suas ações, e no legado que continuariam a carregar.
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The Syzygy 2: Capitulo Negro
EspiritualApós resgatarem Veronica das garras da sinistra organização Gorgom, Adelheid e Kayn enfrentam uma série de ameaças cada vez mais perigosas. Enquanto tentam solucionar os mistérios que os envolvem, Adelheid descobre um poder misterioso e sombrio que...