Adelheid estava decidido enquanto se dirigia para o endereço que havia conseguido. A noite estava pesada, e a cidade parecia mais silenciosa do que o normal. Ele apertou a campainha de uma casa modesta, com o som ecoando pela noite. O som da campainha parecia quase desproporcional ao silêncio que envolvia a área.
Após alguns segundos, a porta se abriu com um rangido baixo. John Constantine estava do outro lado, com a aparência de alguém que havia enfrentado um pesadelo e ainda estava preso nele. Seu cabelo estava desgrenhado, e sua roupa estava amassada e suja. O cheiro de álcool era forte, misturado com uma aura de desespero que parecia quase palpável.
Os olhos de Constantine estavam inchados, e ele olhou para Adelheid com uma expressão de surpresa e descrença. A tristeza e a frustração eram evidentes em seu olhar. Ele estava visivelmente bêbado, apoiado na porta como se a própria estrutura fosse o único motivo para ele ainda estar de pé.
"Você... o que faz aqui?" Constantine perguntou, a voz carregada de cansaço e um tom de irritação. Ele tentou se recompor, mas a dificuldade era clara.
Adelheid não perdeu tempo com formalidades. "Preciso saber o que está acontecendo. As informações que consegui até agora são vagas e confusas. Há algo que você possa me dizer?"
Constantine olhou para Adelheid com um olhar de ceticismo misturado com um pouco de esperança. Ele se afastou da porta, dando espaço para Adelheid entrar, e virou-se para a sala desarrumada. A casa estava um caos: garrafas de bebida espalhadas, papéis amassados e velhas caixas de cigarros estavam por toda parte, refletindo o estado mental do anfitrião.
"É uma bagunça", Constantine resmungou, passando a mão pelo cabelo em desalinho. "Perdi minha equipe... foram mortos... e eu não consigo entender por quê ou como isso aconteceu. Estava tudo... estava tudo tranquilo até que a gangue começou a atacar. Eles não eram normais. E havia algo mais... algo mais por trás disso. Mas estou sem pistas."
Adelheid entrou na sala, seus olhos passando pela cena de desordem. A situação era clara: Constantine estava quebrado, e isso não era apenas físico. Ele havia perdido algo mais do que apenas sua equipe; ele havia perdido sua confiança e talvez até mesmo sua sanidade.
"Você tem alguma ideia de quem pode estar por trás disso?" Adelheid questionou, sua voz firme apesar da situação.
Constantine se deixou cair em uma cadeira, pegando uma garrafa de bebida quase vazia. "Não tenho certeza. Mas se você está aqui, então deve haver algo grande acontecendo. Esses ataques... são diferentes. E há algo mais... algo que eu não consigo explicar. Se você está procurando respostas, você pode precisar encontrar os Wick e os Winchesters. Eles podem ter alguma pista sobre o que está realmente acontecendo."
Adelheid assentiu, a expressão em seu rosto refletia uma determinação renovada. Ele sabia que as respostas que procurava estavam se desdobrando, e Constantine, apesar de seu estado lamentável, ainda era uma peça crucial nesse quebra-cabeça sombrio.
"Vou seguir essa pista", Adelheid disse, dando uma última olhada para Constantine antes de se dirigir para a porta. "Fique bem. Se precisar de ajuda, me avise."
Com essas palavras, Adelheid deixou a casa, a mente já trabalhando em como seguir o próximo passo. A cidade estava quieta, a escuridão parecia mais densa agora. Ele sabia que as respostas que procurava estavam se escondendo nas sombras e que, para encontrá-las, ele precisaria enfrentar ainda mais perigos.
Enquanto caminhava pela noite, os eventos recentes se acumulavam em sua mente. A luta com Grimmjow, a presença do misterioso homem, e agora o desespero de Constantine. Cada peça do quebra-cabeça estava se juntando lentamente, mas ainda havia muito mais a ser descoberto.
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The Syzygy 2: Capitulo Negro
EspiritualApós resgatarem Veronica das garras da sinistra organização Gorgom, Adelheid e Kayn enfrentam uma série de ameaças cada vez mais perigosas. Enquanto tentam solucionar os mistérios que os envolvem, Adelheid descobre um poder misterioso e sombrio que...