𝐒𝐇𝐀𝐃𝐎𝐖𝐒 𝐅𝐑𝐎𝐌 𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐀𝐒𝐓 | Pode-se dizer que a vida de Kaylee Hall era tranquila, ela tinha uma ótima relação com seu pai e ambos não tinham segredos entre si. Porém, quando o pai da jovem falece, ela descobre um segredo que ele nunca...
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SHADOWS FROM THE PAST. — ♟️ 「 07: Outro treinamento. 」
Sábado finalmente chegara depois de uma semana agitada. O amanhecer trouxera consigo um clima fresco, mas ao mesmo tempo uma atmosfera levemente fria.
Kaylee acordou antes mesmo das cinco horas da manhã, ela decidiu ir correr pelas ruas de sua cidade aproveitando o clima que ela tanto amava.
Ao terminar de se arrumar, ela vestiu um moletom cinza e fechou o zíper até metade de seu top preto que combinava com sua calça legging.
Quando desceu para o andar de baixo, passou rapidamente pela cozinha e pegou uma garrafa com água. Ela tentou fazer tudo em absoluto silêncio para não acordar seu tio, que ainda dormia.
Colocou seus fones e preparou-se para sair. Já na rua, ela corria até a praça enquanto pensava na origem dos bilhetes e as vezes sua mente repassava o sonho que teve com seu pai.
Mas Kay acreditava que a maioria dos sonhos poderiam ser distorcidos e para ela, esse era o caso de seu pesadelo. Algo totalmente distorcido.
Agora sobre o bilhete, ela pensara muito se contaria para alguém. As melhores opções para isso com certeza seriam Ethan e Logan, mas ela não queria atrapalhar eles com algo que poderia ser apenas uma brincadeira de mal gosto.
Ela resolveu deixar o bilhete guardado, somente para si. Só contaria para alguém se as coisas fugissem do controle, porém ela acreditava que tudo ficaria como está e ela realizaria o desejo de seu pai — como se tivesse feito uma promessa — de se juntar a FMI.
Talvez, um dia até a imensa responsabilidade que seu pai carregava estaria em suas mãos. Por enquanto ela era só uma garota esperando seu teste para passar pela prova de campo. Ela queria fazer do mundo um lugar melhor. Queria proteger seu país e as pessoas que amava, assim como seu pai.
Uma frase forte, “fazer do mundo um lugar melhor”. Muitas coisas precisarão ser mudadas para que isso realmente aconteça e um bom começo seria pela empatia, na opinião de Kaylee.
As vezes, ela se pegava pensando e analisando como seria o mundo se as pessoas mudassem. Se fossem mais agradáveis e compreensivas umas com as outras.
Como seria o mundo ideal? — uma pergunta que sempre permanecia em sua mente, uma pergunta sem resposta ainda.
Quando cansou de correr, ela sentou-se em um banco da praça onde dava para ver o nascer do sol perfeitamente. A mistura encantadora dos tons alaranjados com os amarelos.
A jovem abraçou seus joelhos enquanto observava o momento do sol surgindo. Ela fechou seus olhos brevemente, sentindo a brisa suave e fresca batendo em seu rosto fazendo seus fios de cabelos se movimentarem.
E ouvindo o agradável cantarolar dos pássaros nas árvores, lembrando que fazia isso com seu pai, ela sorriu, relembrando de todos momentos deles juntos enquanto corriam pelas ruas da pequena cidade até a praça para ver o nascente do sol no horizonte.
