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❝Eu também senti sua falta❞

❝Eu também senti sua falta❞

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CHERYL BLOSSOM

             Haviam se passado alguns dias desde a lesão da Toni. Não foi algo tão grave, mas foi o suficiente para ela ter que ficar em casa por algumas semanas. Graças à Betty, eu tinha informações fresquinhas direto da casa dos Topaz. Todos os dias, eu perguntava algo novo para a Betty, e acho que ela estava com uma vontade enorme de chutar meu calcanhar e me deixar lesionada também, só para eu ficar junto com a Toni.

Não seria má ideia.

Mas a minha relação com ela não estava nada boa. A jogadora até parou de me encher de mensagens que eu nem via. Por vários dias, pensei que ela tinha desistido de mim, e aquele sentimento ruim me invadiu, o sentimento de perda. Mas, por outro lado, eu sabia que era necessário.

Estava em casa, num momento raro de descanso, quando meu celular vibrou com uma mensagem de Thalia. Suspirei ao ver o nome dela, já imaginando o que poderia ser. E, quando abri a mensagem, não pude deixar de revirar os olhos.

"Cheryl, você pode fazer um favor pra mim? Preciso que você olhe a Toni. Ela tá com uma lesão no calcanhar e não pode ficar sozinha. Eu tenho que ir no jogo do Corinthians."

Aquilo me pegou de surpresa. Cuidar da Toni? Depois de tudo que aconteceu? Não podia acreditar que ela estava mesmo pedindo isso. Minha primeira reação foi tentar escapar da situação.

"Sério, Thalia? Não tem como alguém mais ir? A Betty, a Verônica, a Laila ou até a Mili?"

Enviei a mensagem com a esperança de que alguém, qualquer pessoa, pudesse cuidar da Toni em meu lugar. Mas, claro, a resposta veio mais rápido do que eu queria.

"Todos vão pro jogo, já que você é a única que não vai, eu pensei em você. Preciso que você vá. Confio em você, Cheryl. Por favor?"

Suspirei fundo. Eu sabia que não tinha como dizer não à Thalia, mesmo que aquilo fosse a última coisa que eu queria fazer. Depois de uma breve hesitação, acabei cedendo.

"Tá, eu vou."

Peguei minhas coisas, mas não pude deixar de sentir uma mistura de raiva e frustração enquanto caminhava até a casa de Toni. A cada passo, minhas emoções iam se acumulando. O que eu menos queria era encarar Toni naquele momento, depois de toda a confusão que ainda pairava entre nós. Mas lá estava eu, de novo, sendo empurrada para o olho do furacão chamado Toni.

Quando cheguei à casa dela, hesitei por um segundo antes de bater. Pouco depois, a porta se abriu, e lá estava Toni, com o pé enfaixado e uma expressão misturada de surpresa e desdém.

— Por essa eu não esperava. O que você tá fazendo aqui? – ela perguntou, com a sobrancelha erguida.

Eu já entrei com um tom ácido, mal escondendo minha irritação.

𝘛𝘏𝘌 𝘎𝘈𝘔𝘌 𝘖𝘍 𝘓𝘖𝘝𝘌 || 𝙲𝚑𝚘𝚗𝚒Onde histórias criam vida. Descubra agora