E se você se apaixonasse por sua "maior" rival?
Cheryl e Toni não se gostam, isso não é novidade para ninguém.Todo esse ódio muda quando Cheryl decide passar uns dias em São Paulo, obviamente elas não se deram bem de cara,mas depois elas vão percebe...
❝Você é o meu orgulho, Toni. Não é só por hoje, é por quem você é. Eu te amo mais do que consigo dizer❞
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CHERYL BLOSSOM
A cozinha parecia ter saído de um desenho animado: farinha espalhada pela bancada, pedaços de massa grudados no chão, e minha camisa cheia de respingos de molho. Bem no meio disso tudo, lá estava Anna Liz, em pé no banquinho, com as bochechas sujas de farinha, apertando cuidadosamente cada bolinha de nhoque com um garfo. Ela estava tão concentrada que nem percebeu que já tinha feito uma montanha de nhoque pronta para cozinhar.
— Assim tá bom, tia Cheryl? – ela perguntou, com um sorriso de orelha a orelha, segurando o garfo com as mãozinhas ainda sujas.
— Tá perfeito, meu amor! Melhor que o meu. – respondi, rindo enquanto pegava as bolinhas e as colocava na assadeira.
Eu estava exausta, mas ver aquele brilho nos olhos dela fazia tudo valer a pena. A ideia era simples: preparar um jantar surpresa pra Toni depois de um jogo. Eu sabia como ela ficava cansada, e queria que ela chegasse em casa e sentisse que estava tudo bem, tudo cuidado.
— Você tá indo muito bem, sabia? – comentei, ajustando o garfo na mãozinha dela.
Ela olhou para mim, com um sorriso largo, mas com um brilho curioso nos olhos.
— Tia Cheryl... agora você é namorada da mamãe, né?
Parei por um segundo, surpresa com a pergunta tão direta, mas logo sorri.
— Sou sim, agora sou oficialmente namorada dela.
Ela inclinou a cabeça, como se estivesse avaliando minha resposta.
— Eu gosto. Porque você faz a mamãe feliz.
Meu coração quase explodiu naquele instante. A sinceridade na voz dela era algo que eu não esperava.
— Você acha mesmo isso?
— Sério, antes a minha mãe era mais na dela, e vir pra cá era um pouquinho chato, porque só tinha eu, ela e a tia Thalia, mas agora eu tenho você também, então é muito mais divertido.
Ela afirmou, voltando a mexer na massa como se tivesse dito a coisa mais simples do mundo.
Cheguei mais perto, ajudando-a a moldar uma das bolinhas que insistia em ficar torta.
— Eu também fico muito feliz quando tô aqui com vocês. Você e sua mamãe são muito importantes pra mim, sabia?
Ela sorriu, mas logo me olhou com uma expressão séria.
— Mas... você vai ficar pra sempre com a gente?
A pergunta fez meu coração acelerar. Olhei para aquele rostinho tão pequeno, mas que carregava um peso de dúvida que nenhuma criança deveria sentir. Segurei suas mãozinhas, sujas de farinha, e dei um sorriso suave.
