E se você se apaixonasse por sua "maior" rival?
Cheryl e Toni não se gostam, isso não é novidade para ninguém.Todo esse ódio muda quando Cheryl decide passar uns dias em São Paulo, obviamente elas não se deram bem de cara,mas depois elas vão percebe...
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CHERYL BLOSSOM
Cheguei em casa depois de alguns dias fora. A sensação de voltar ao meu espaço, ao meu mundo, sempre era algo estranho e confortante ao mesmo tempo. A casa estava silenciosa, apenas o som dos meus passos ecoando pelo chão, enquanto eu jogava as malas no canto do quarto. Fiquei ali por alguns minutos, apenas respirando. Viajar sempre me deixava exausta, mas agora, de volta ao meu próprio espaço, era como se uma parte de mim pudesse finalmente relaxar.
Entrei no banheiro e liguei o chuveiro. A água quente batendo nas minhas costas parecia lavar o cansaço da viagem. O vapor preenchia o banheiro, e eu fechei os olhos, deixando a mente vagar um pouco. Claro que meus pensamentos logo foram para Toni. Ela estava sempre na minha mente, mesmo quando eu tentava focar em outras coisas. Lembrei de como ela riu quando autografou a camisa do Corinthians, sabendo o quanto minha irmã a idolatrava.
Depois do banho, vesti um moletom confortável e fui desfazer as malas. A cada peça de roupa que eu tirava, o cheiro dos lugares que visitei me trazia memórias recentes. Mas, quando cheguei na camisa autografada pela Toni, o sorriso foi inevitável. Peguei a peça nas mãos, passei os dedos sobre a assinatura e fiquei ali por alguns segundos, lembrando de como ela foi carinhosa ao assiná-la. “Antonella vai surtar quando ver isso”, pensei comigo mesma.
Com a camisa dobrada cuidadosamente, peguei as chaves do carro e saí em direção à casa da minha mãe. Cheguei à casa e, assim que estacionei, vi minha mãe na porta, com aquele sorriso acolhedor que sempre me fazia sentir em casa.
— Oi, meu bebê! — ela disse, abrindo os braços para me abraçar.
Eu odiava quando minha mãe me chamava de bebê, e ela sabia disso muito bem, mas nunca parava.
— Oi, mãe! – sorri, me afundando no abraço dela. – Estava com saudades.
Ela me soltou e me conduziu para dentro da casa. O cheiro familiar de bolo caseiro de Ester preenchia o ar.
— Como foi a viagem? – ela perguntou, enquanto se sentava ao meu lado na sala.
— Foi ótima, mas cansativa – suspirei, me jogando no sofá.– E você? Como estão as coisas por aqui?
Minha mãe começou a me contar sobre tudo que aconteceu enquanto eu estava fora: as novas fofocas dos vizinhos, a reforma que ela ainda estava planejando fazer na cozinha, e claro, como Antonella estava indo bem na escola.
— E a Antonella? Está por aí? – perguntei, já ansiosa para entregar o presente.
— Ela deve estar chegando da escola a qualquer momento – minha mãe disse, olhando para o relógio.
— Que ótimo! Quero logo dar esse presente que a Toni deu para ela. Certeza que ela vai amar.
— Hum, você e a Toni, hein?! – minha mãe perguntou, querendo saber mais. – E não me diga que ela é só uma amiga. Eu te conheço muito bem, além de toda a internet já desconfiar.
