E se você se apaixonasse por sua "maior" rival?
Cheryl e Toni não se gostam, isso não é novidade para ninguém.Todo esse ódio muda quando Cheryl decide passar uns dias em São Paulo, obviamente elas não se deram bem de cara,mas depois elas vão percebe...
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CHERYL BLOSSOM
Enquanto Toni se recuperava do acidente, passei por momentos que jamais imaginei. Foram meses ao lado dela, vendo-a lutar e se fortalecer. Ver o quanto ela se dedicou a melhorar me encheu de orgulho e me fez perceber o quanto eu amava estar ao lado dela, em todos os momentos, bons e ruins. No começo, não foi fácil. Teve a dor, as dificuldades dela em se movimentar, e todas as frustrações que surgiram, mas eu sabia que estar ali significava muito mais do que só fazer companhia.
Foi nessa jornada que a gente se aproximou ainda mais. Cada dia que passava, cada melhora, cada sorriso que ela me dava mesmo em meio a toda aquela tempestade, eu sentia que nosso vínculo ficava ainda mais forte. E ali, do lado dela, eu também aprendi mais sobre o que significava amar alguém de verdade.
Agora, meses depois, Toni estava finalmente recuperada. Ela parecia mais animada e cheia de energia, como se quisesse compensar o tempo perdido. E foi exatamente num desses dias, quando eu achava que ia ser apenas mais uma saída comum, que ela surgiu com uma surpresa misteriosa. Eu estava sentada no sofá de sua casa quando ela apareceu com um sorriso malicioso e um tapa-olho nas mãos.
— Isso aqui é pra você. – disse, estendendo o tapa-olho em minha direção.
— Um tapa-olho? – perguntei, arqueando uma sobrancelha, já desconfiada. – O que você tá planejando, Toni?
Ela riu, aquele riso travesso que eu adorava, e colocou o tapa-olho no meu rosto, me deixando completamente às cegas.
— Isso é um sequestro? – brinquei, fingindo um ar de desespero enquanto ela me guiava para fora de casa.
— Talvez seja – ela respondeu, rindo. – Ou talvez eu só esteja te levando para o melhor lugar do mundo.
Ri também, mas a curiosidade só aumentava a cada passo. Durante todo o caminho, ela foi segurando minha mão e falando comigo,me deixando escolher a playlist do caminho. A cada minuto, ela estava deixando cada vez mais ansiosa e sem saber o que esperar. Eu confiava nela de olhos fechados (literalmente), mas estava explodindo de vontade de saber onde ela estava me levando.
— Se for um sequestro, já aviso que tô muito bem vestida. – falei, com um sorriso provocador.
Eu estava com um vestido curto e colado, um daqueles que Toni sempre adorava quando eu usava. Me preparei para a ocasião sem nem imaginar o que ela tinha em mente, e agora, estava me sentindo mais curiosa do que nunca.
— Acredite, você está exatamente como eu queria. – disse ela, com uma voz carregada de segundas intenções que me fez arrepiar.
Após alguns minutos de suspense, o carro parou e senti que estávamos andando num lugar amplo, mas ainda não tinha ideia do que me esperava. Finalmente, senti as mãos de Toni nos lados do meu rosto, e o tapa-olho foi retirado. Pisquei algumas vezes para ajustar a visão, e quando meus olhos se acostumaram à luz, percebi onde estava. Meu queixo caiu.
