E se você se apaixonasse por sua "maior" rival?
Cheryl e Toni não se gostam, isso não é novidade para ninguém.Todo esse ódio muda quando Cheryl decide passar uns dias em São Paulo, obviamente elas não se deram bem de cara,mas depois elas vão percebe...
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CHERYL BLOSSOM
Estávamos na academia, eu e Thalia, e o assunto acabou indo naturalmente para a família. Fazia um tempo desde a última vez que eu via Thalia tão aberta para conversar, e a conversa fluiu enquanto fazíamos os exercícios.
A certa altura, comentei sobre o que ainda estava me incomodando: a briga recente que tive com a mãe dela. Eu tentava entender o que realmente tinha acontecido, mas a lembrança ainda me causava desconforto.
— Thalia, me diz... sua mãe sempre foi tão rígida assim? – perguntei, com um suspiro, tentando manter a expressão leve, mas ainda sentindo o peso da discussão. – Ela me deu uma bronca como se eu tivesse feito a pior coisa do mundo.
Thalia soltou um leve sorriso, mas seu olhar era compreensivo.
— Olha, Cheryl, pra ser sincera, não. Minha mãe nunca foi de fazer esse tipo de showzinho, não. Foi uma surpresa até pra mim. – Ela faz uma pausa. – Mas a minha mãe é assim, muito protetora. E, quando se trata da Toni, ela pode ser bem intensa. Ela deve estar tentando te "testar", sabe? Ver até onde você é capaz de ir por ela.
— Ela quer me deixar louca, isso sim. – Dei risada.
— Não deixe a dona Margot fazer a sua cabeça, Cheryl! A minha mãe já viveu a vida dela, já namorou quem ela quis. Agora tá na hora dela deixar a filha dela fazer isso também.
— Sabe, eu entendo o instinto de proteção, mas ela me disse coisas que... bom, doeram de verdade. E tudo porque ela acha que eu não sou boa o bastante pra Toni.
Thalia parou por um momento, refletindo, e depois respondeu com sinceridade.
— Minha mãe teve uma vida difícil. Ela sempre cuidou de nós sozinha, então aprendeu a ser meio "casca grossa", a ver o mundo como um lugar cheio de ameaças. A Toni, pra ela, é como o maior tesouro dela... e qualquer pessoa que se aproxima precisa provar que vale a pena.
— Ela precisa entender que a Toni não é mais uma criancinha, Toni sabe muito bem o que está fazendo.
— Pra mamãe, a Toni sempre vai ser a criancinha dela, não tem jeito.
— Mas, se eu namorasse a Toni, ela teria que entender rapidinho. Toni seria mais minha do que dela! Com todo respeito, mas é isso que eu penso.
— Então pensa em namorar a minha irmã? Seria muito bom te ter como cunhada.
— Foi só uma hipótese, calma. – Dei risada. – Mas só por birra eu namoraria a Toni pra irritar sua mãe.
— Aham, sei.
— Mas obrigada por me escutar. Eu sentia que precisava desabafar com alguém, sem ser a Toni. – Sorri.
— Por nada. Agora, vamos embora. Toni deve estar lá dormindo ainda, coitada. – Ela sorriu de volta, empurrando meu ombro de leve, num gesto amigável.