E se você se apaixonasse por sua "maior" rival?
Cheryl e Toni não se gostam, isso não é novidade para ninguém.Todo esse ódio muda quando Cheryl decide passar uns dias em São Paulo, obviamente elas não se deram bem de cara,mas depois elas vão percebe...
❝A Margot provavelmente quer me matar só por eu estar aqui.❞
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CHERYL BLOSSOM
O caminho até o hospital foi um borrão. A noite silenciosa era cortada apenas pelo som do choro de Verônica, abafado pelas tentativas de Betty em consolá-la. Eu olhava pela janela do carro. Na minha cabeça, um milhão de pensamentos giravam e se entrelaçavam, todos levando à mesma conclusão amarga: se algo acontecesse com Toni, eu jamais me perdoaria.
Quando chegamos ao hospital, o relógio marcava 3:35 da manhã. As luzes brancas e frias do saguão me fizeram sentir ainda mais exposta. Respirei fundo e entrei, pronta para enfrentar o que viesse.
Assim que passei pela porta, me deparei com Margot. Sua expressão se fechou ao me ver e, antes que eu pudesse sequer abrir a boca, ela começou a despejar palavras duras:
— Claro, você aqui, depois de tudo. É fácil aparecer agora, não é, Cheryl? – disse ela, a voz carregada de desprezo. – Essa sua proximidade nunca trouxe nada de bom pra Toni.
Engoli seco, sentindo o peso das palavras dela. Sabia que não ia ser fácil, mas a forma como ela me olhava era como uma facada no peito. Margot deu um passo à frente, a voz carregada de amargura:
— Justo você… depois de tudo o que fez com a minha filha. Agora que algo sério acontece, você aparece? Pra quê? Pra alimentar sua culpa? – continuou ela.
Tentei manter a calma, mas as palavras dela me atingiam como tapas. Abri a boca para tentar responder, mas ela não me deu chance.
Minha respiração ficou pesada, e eu tentava segurar as lágrimas. Antes que eu pudesse rebater, Thalia se aproximou, segurando o braço da mãe.
— Mãe, já chega! – disse Thalia, a voz firme e decidida. – Isso não vai resolver nada. Ficar jogando a culpa na Cheryl agora só vai piorar as coisas.
Margot olhou para Thalia, surpresa, e soltou um suspiro exasperado.
— Piorar as coisas? – retrucou ela, quase indignada. – Você viu o estado da sua irmã? Você sabe o que ela passou nessas últimas semanas por causa dessa mulher?
— Eu sei, mãe, mas a culpa não é só da Cheryl! – respondeu Thalia, sem hesitar. – E se você está mais preocupada em brigar com ela do que em dar força pra Toni, então talvez quem precise de ajuda aqui é você.
Margot pareceu desconcertada, mas Thalia continuou:
— Cheryl tem o direito de estar aqui, mãe. Ela se importa com a Toni. Você pode até não gostar dela, mas não vai resolver nada ficar a tratando assim.
Por um instante, Margot pareceu hesitar, mas logo lançou um último olhar frio na minha direção. Ela se afastou, deixando Thalia comigo, e, mesmo com o apoio dela, ainda me sentia culpada. Sabia que as palavras de Margot vinham do amor que ela tinha pela filha, mas isso não tornava mais fácil ouvir tudo aquilo.