E se você se apaixonasse por sua "maior" rival?
Cheryl e Toni não se gostam, isso não é novidade para ninguém.Todo esse ódio muda quando Cheryl decide passar uns dias em São Paulo, obviamente elas não se deram bem de cara,mas depois elas vão percebe...
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CHERYL BLOSSOM
Já fazia alguns dias que eu estava de volta a São Paulo, mas não tinha nada de novidade. Só a minha saudade pela jogadora, pois ela foi embora um dia depois da festa dos meus pais, e a minha saudade só cresceu, mas, uns dias depois, eu já estava de volta em São Paulo.
Naquele fim de tarde, voltei do mercado carregando algumas sacolas e, ao entrar na casa, não precisei nem atravessar o corredor para ouvir a voz de Verônica se exaltando e Betty respondendo com aquela frieza de quem já tinha perdido a paciência. O clima na casa de Betty e Verônica continuava o mesmo: pesado e tenso, com aquelas discussões intermináveis que pareciam crescer a cada dia.
Na semana em que Betty passou mal e Verônica não atendeu suas ligações, Verônica tinha ido passar um tempo longe da cidade e acabou deixando o celular em casa por livre e espontânea vontade. Assim que ela chegou, Betty não teve paciência com ela e foi logo brigando. Só depois que tudo se acalmou, Verônica explicou que precisava de um tempo sozinha para pensar sobre o relacionamento das duas.
— E você acha que é perfeita? Eu só quero um pouco de espaço! – Verônica retrucou, claramente irritada com os braços cruzados.
— Engraçado que você vem com essa história de espaço logo depois de sumir o dia inteiro e me deixar no momento que eu mais precisei.– Betty disparou, os olhos afiados como facas.– sério que você precisou se afastar da cidade só pra pensar isso?
Suspirei, revirando os olhos. Nem a minha própria família costumava brigar tanto; passar por essa situação em uma casa que não era minha não estava sendo nada fácil, até o clima pesa. Estava ansiosa para tirar as compras da mão e relaxar um pouco. Então, fui até a cozinha e coloquei as sacolas na mesa. Honestamente, eu já não tinha paciência para aquelas brigas. Então, ao invés de tentar apartar mais um conflito entre as duas, ignorei completamente a cena e fui direto para o meu quarto. Quando finalmente entrei e acendi a luz, levei um susto tremendo.
— Filha da puta! – Dei um pulo para trás ao ver Toni deitada na cama, rindo da minha reação.
— Surpresa!a melhor pessoa da sua vida está bem aqui.– ela disse, tentando conter o riso. – Você precisa ver a sua cara!
— E você precisa crescer mais, idiota. – Eu ri, enquanto me aproximava e lhe dei um selinho suave. – Quem te deu permissão pra entrar no quarto dos outros, hein, mocinha?
— Queria te pegar. – Ela respondeu, sorrindo daquele jeito irresistível. – De surpresa.
— Nos seus sonhos, né?
— Você sabe que ninguém tá vendo, não é?!
Senti uma onda de carinho me invadir só de olhar para aqueles olhos pidões e o sorriso que sempre iluminava o dia. Toni estava ali, bem ao meu lado, me ajudando a esquecer os problemas. Sem pensar muito, aproximei-me dela e comecei a acariciar seu rosto, passando os dedos delicadamente em sua pele.
