Baile Fatal

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Catarina arrumava-se para o baile em Hollywood. Já era noite, aproximando-se das 20hrs, quando ela terminava de fechar o zíper do seu vestido vermelho. Estava formidavelmente encorpada com um vestido de seda vermelho, justo ao corpo e que possuía uma enorme fenda na lateral de sua coxa. Suas costas foram trançadas por fitas do vestido, dando-lhe um aspecto atemporal e sedutor. Seu cabelo estava devidamente preso em um coque baixo, porque... bem, facilitaria as coisas quando fosse colocar a peruca.


Sua maquiagem estava básica, em tons rosados, uma vez que não mostraria seu rosto por tanto tempo. É claro que sua máscara preta rendada lhe deixaria irreconhecível, juntamente com a peruca que utilizaria. Se fosse para atacá-lo, essa seria a oportunidade perfeita. Em um baile onde o código de vestimenta eram trajes feitos de seda, ternos elegantes para os homens e máscaras decoradas. Um estilo inspirado em bailes venezianos no século XVII.


Esse baile seria perfeito para o seu contra-ataque. Só não poderia deixar que ele a veja sem a máscara e a peruca castanha. Seu disfarce estava impecável. Amarrou com faixas uma faca em sua coxa, para lhe possibilitar melhor resultado em sua tentativa. Certamente ele não escaparia.


A porta bateu em seu quarto, logo depois entrando a visita. Era Allan.


Ele não estava arrumado para ir ao baile, vestindo apenas uma calça jeans preta e uma camisa na mesma tonalidade. Parecia estressado com alguma coisa. Notou a pistola que carregava em sua mão, mas não deu importância para tal. Parecia que tinha completado uma de suas missões. Agora só faltava ela.


De repente, sentiu uma dor aguda em sua cabeça, deixando-a tontear e cair no chão. Allan imediatamente correu em sua direção, segurando-a para lhe equilibrar e voltar a ficar em pé. Ela inspirou profundamente, concentrando-se em ignorar a dor.


_ Você está bem? _ Perguntou Allan, mantendo-a em equilíbrio com a ajuda de seus braços.


_ É só... a dor de cabeça.


Ela esforçou-se para desvencilhar-se de seus braços, praguejando pela sua postura anterior. Allan suspirou, sabia o quanto ela era tão reservada e queria parecer forte. Ele era apaixonado por essa sua atitude, ao mesmo tempo que se irritava com tamanha irresponsabilidade.


_ Suas dores estão mais frequentes. _Ele comenta.


Catarina ri.


_ Não seja tolo. Eu estou bem.


_ Vamos ao médico, Catarina. _ Estava sério. Largou a arma e estendeu sua mão.


Ela ignorou.


_ Vou ao baile. _ Diz, caminhando para a porta.


_ Catarina...


Antes que ele sequer pensasse em ir em sua direção, ela retira uma adaga de seu armário e atira próximo a ele, fincando-a ao lado de sua orelha. Allan cala-se.


_ Se você pensar em vir atrás de mim, eu corto seu pescoço. _ Ela ameaça.


O Rei TiranoOnde histórias criam vida. Descubra agora