Perverso Jantar

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Vanessa recepcionou Allan com um sorriso no rosto, convidando-o para entrar. Allan imediatamente deu uma leve conferida no ambiente à sua volta, notando que Yan estava na cozinha, fazendo algum tipo de iguaria. Lastimável, estava longe demais para se livrar de Anna.


A loira se levantou, caminhando em sua direção. Vestia um vestido branco com alguns babados, que terminava na metade das suas coxas. Mesmo tão magra, aquele vestido lhe acentuava suas curvaturas. Parecia um anjo andando para o inferno. Caramba, que menina burra. Ela, então, pegou em sua mão, e, meu Deus... desde quando ela tinha permissão para lhe tocar?


_ Vai ficar parado aí? _ Perguntou a loira, sinalizando para o sofá._ Vamos, temos que ajudar eles a preparar o jantar.


Allan não queria andar perto dela, ainda mais quando ela vinha com esse sorriso fingindo que nada tinha acontecido. Como aquela garota idiota tinha a coragem de andar ao lado dele, mesmo após conhecê-lo do pior jeito? Só tinha uma resposta, era burra demais.


Sentaram-se no sofá e Vanessa se levantou. Ela vestia um vestido preto solto longo, dando-lhe um total aspecto de elegância. Seus cabelos, em leves ondas, dançavam em seu corpo. Levava consigo uma bandeja com os principais ingredientes para preparar o sushi, caminhando até a cozinha para que Yan a ajudasse na dura tarefa de enrolá-los. Enquanto isso, os dois estariam encarregados pelos acompanhamentos.


Na mesa em frente ao sofá, Anna mexia em uma tigela com pedaços de abacate e pepino, tentando iniciar uma conversa com ele a cada momento de silêncio. Eles haviam sido encarregados de preparar os ingredientes frescos para os acompanhamentos do sushi _uma tarefa que normalmente seria rápida, mas ali, o tempo parecia se arrastar.


_ Você mora aqui? _ Ela perguntou, tentando não olhar demais para aquele homem ao seu lado, mas era praticamente impossível. Como não admirar aquele conjunto de músculos que faziam uma roupa simples ficar tão sexy? Surreal, queria morar ali.


Allan suspirou. Não queria responder, não queria conversar com ela, não queria estar perto dela, não queria ter que cortar salmão enquanto sorria falsamente. Ele só queria ir embora. Em sua mente, só pensava o quanto ela era chata e insuportável.


_ Você gosta de jogar tênis? Podíamos marcar algum dia. _ Insistiu, embora o silêncio fosse maior.


Mas, à essa altura, Allan já estava com uma raiva gigantesca.


_ Você já pode parar de fingir. _ Respondeu, curto e grosso._ Caramba, se vai contar para sua amiga e Yan, então que fale de uma vez.


Anna jogou um pedaço de pepino no chão, sentindo-se completamente insultada pelos ataque do homem que tanto admirava. Com raiva, respondeu:


_ Eu não me importo com os seus problemas! A vida é sua!


_ Uau... _ Allan riu, em tom sarcástico e esnobe. Virou-se para ela, aproximando-se mais_ que legal, você é uma menina incrível. Agora, vamos, me conte o que quer de mim logo. Não tenho tempo para falação desnecessária.


_ Inacreditável! _ Anna balançou a cabeça, em negação._ Você acha que sou do tipo de pessoa que chantageia?

O Rei TiranoOnde histórias criam vida. Descubra agora