Perigosa Atração

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_ É cliente do Hotel Imperial? _ Perguntou Anna, que, embora estivesse direcionando sua pergunta à Allan, não parava de olhar para aquela ruiva.


_ Anna...


A ruiva sorriu, levantou sua xícara de chá e tomou um pequeno gole. Ao colocar sobre a mesa, olhou para Anna de cima à baixo.


_ Na verdade, eu é quem sou a cliente. _ Explicou.


_ Ah... _ Anna sentiu-se encurralada pela pressão exorbitante da elegância daquela mulher_ Allan, você tem um tempo para-


_ É a sua ex? _ Perguntou a ruiva para Allan, fazendo pouco caso da presença de Anna naquele recinto.


_ Não, ela não é. _ Respondeu com rapidez, convicção e veracidade.


Anna sentiu-se ruborizar. Seu coração acelerou em palpitações dolorosas e cruéis. Sabia que não podia criar expectativas com uma pessoa que mal conhecera, mas acreditava em amor à primeira vista. A loira tinha uma paixão crucial por finais felizes, mas sempre pensou que o seu estava longe de acontecer. Até encontrar Allan.


Mas aquilo parecia tão distante... tão distante da realidade em que vivia. Seu coração era um tolo.


_ Catarina. _ Apresentou-se a ruiva, com um sorriso encantador_ Sou parceira de negócios do Allan, se é isso que quer saber.


Um pouco intimidador, Anna achou, mas não deu para trás. Se já estava ali, deveria reunir toda a coragem que tinha para sair daquela situação. Afinal, quem era essa Catarina de verdade? Como é parceira de negócios de um cara que é secretário do noivo da sua melhor amiga?


_ Prazer em conhecê-la! _ Disse, sorrindo de maneira simpática como só ela podia fazer_ Se importa de eu roubar Allan por um tempo?


_ Temos pressa. Espero que seja rápida.


_ Bem... _ Virou-se para trás, com um olhar sugestivo para que Allan a acompanhasse. Allan assim o fez, levantou-se e a seguiu, mantendo certa distância da garota.


Os dois caminharam até outra parte do hall de convivência do hotel, onde dispunha de um ambiente completamente aberto e arborizado, com mesas redondas e bancos para se sentar e apreciar a vista tão natural e elegante.


Sentaram em um banco. Anna escolheu de forma inteligente um banco, para que conseguisse ficar mais perto dele. No entanto, ele tomou todo o cuidado do mundo para sentar-se no outro extremo do banco, tão longe possível dela. Mesmo ao lado de belas árvores e plantações dentro das próprias dependências do hotel, Allan não parecia tão confortável.


_ Ela é sua namorada? _ Resolveu ser direta. Allan deu de ombros.


_ Veio até aqui para perguntar sobre isso?


_ Não, eu... _ Olhou de um lado para o outro. Agora estava mais nervosa. Juntou suas duas mãos e respirou profundamente_ acho que vou ser direta. Eu gosto de você!

O Rei TiranoOnde histórias criam vida. Descubra agora