Brincadeiras do Destino

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Charles arrumava-se para um baile que aconteceria naquela noite. Vestia um terno vinho clássico, de marca que ele nem imaginava existir, mas sabia que, pelo tecido, valia a pena os milhares que pagou por ele. O terno deixava-lhe em seu mais belo aspecto; acentuando a musculatura bem visível de seu torso e membros superiores, na medida em que não ficasse tão apertado. Ademais, a cor escolhida ressaltava mais a sua tonalidade de pele, agora, mais bronzeada.


Assim que pronto, saiu na companhia de John, seu capacho, pelo elevador do prédio. Do lado de fora da companhia agrícola havia um hall de entrada, onde vinham carros e vans transportar passageiros e mercadorias; lá, esperaram pela condução.


Charles logo olhou para John desentendido.


_ John! _ Chamou por seu capacho_ Essas carruagens não estão um pouco... estranhas?


_ Meu senhor.... _ John suspirou, passando a mão pelo seu rosto_ fornecedores normalmente não consomem seus produtos.


Charles começou a achar que John desconfiava que ele era um completo dopado. Ficou preocupado do seu capacho achar tão vulgar a sua índole, mas, ao mesmo tempo, não ligou muito para isso. Sabia que precisava entender esse mundo o mais rápido possível, para que não houvessem mais desconfianças.


_ E a nossa carruagem, John?


_ Vai chegar... vai chegar, chefe...


Alguns minutos depois, uma limousine preta estacionou em frente ao Hall de entrada do prédio, na espera deles. Charles achou mágico o quanto uma carruagem daquele mundo era tão diferente do seu. O que ele ficou mais encantado foi o fato de não necessitarem de cavalos para serem guiadas; entendeu que aquele mundo era espetacular.


Dentro da limousine, tentava não parecer tão perplexo com o quão rápida ela era; oras, cavalos não corriam em tais velocidades.


_ John.


_ Diga, meu senhor. _ Respondeu no assento à frente, ao lado do motorista.


_ John, em que reino nós estamos?


O motorista olhou para o secretário John, esperando que ele explicasse o motivo de tamanha estranheza do seu chefe. Queria rir, mas sabia que se curvasse minimamente seus lábios, seu pescoço seria curvado em inversa proporção.


_ O chefe tem se dopado... desde ontem. _ Sussurrou John para o motorista, que apenas assentiu com a cabeça. _ Chefe. _ Falou alto, agora, para Charles ouvir_ Acredito que... Estados Unidos? Bom, e é aqui que acontecerá o encontro de diversos líderes de companhias bem sucedidas do mundo inteiro.


_ Interessante. _ Falou Charles, contente com a paisagem que as janelas da limousine lhes proporcionava.


Não demorou muito para chegar ao grande salão do baile elite. A limousine parou no meio de uma passarela que Charles ficou encantado: Possuía um tapete vermelho, que se estendia metros e metros até as portas da entrada. Além disso, incontáveis fotógrafos e papparazzis aguardavam ansiosamente pela entrada do rei. Charles encantou-se pelo fato de fazerem fila para vê-lo, uma vez que em seu mundo as pessoas faziam filas para saírem de sua linha de visão.

O Rei TiranoOnde histórias criam vida. Descubra agora