Voight para o carro em frente a uma casa e quando Erin estava indo descer, ele a para.
— Não, você fica aqui...
— O que?
— Você fica aqui — ele repete e estava indo sair quando ela o para.
— Só pode ser brincadeira não é?
— Não, é uma ordem — Erin revira os olhos, ela já estava de saco cheio dele falando que era uma ordem.
— Você está querendo me punir, apenas por eu falar o que eu penso?
— Não, eu te conheço e já espero isso de você. Te trouxe porque precisaremos ir a um lugar depois e também porque eu gosto de trabalhar com minha filha. Você pode parar de reclamar por um segundo? — Enquanto Erin estava irritada, Voight se mostrava tranquilo.
— Só quando você parar de esconder as coisas...
— Eu já disse que dou a vocês as informações necessárias e é o suficiente. Agora fique aqui — ele desce e ela bate a cabeça no banco bufando. Seria um longo dia.
Mesmo não podendo descer, Erin observou a situação pela janela. Ela viu seu pai trocando ideia com alguns homens que ela nunca viu na vida, mas o que chamou a atenção dela foi um homem entregando um maço de notas para Hank. Ele não parecia feliz e o rosto de Voight parecia ameaçador, como sempre.
Erin decidiu não lutar mais uma batalha com seu pai, ela já estava cansada de discutir então não questionou o porque ele recebeu dinheiro daquele homem, mas aquilo estava na sua mente.
E Voight finalmente a levou para fazer algum trabalho.
Eles voltaram ao local do crime, Erin dessa vez pulou do carro e nem esperou por Hank. Dessa vez ela caminhou para dentro do galpão com olhos mais treinados, pensando se agora com a luz do dia, ela não notaria algo que não notaram durante a noite.
Quando entraram no galpão, Erin fez uma careta com o cheiro, ela tinha se esquecido como era forte, o cheiro de ferrugem e mofo, misturado com um cheiro de morte. Ela cumprimentou algumas pessoas que viu pela frente. A equipe forense estava trabalhando no local, tirando fotos e colhendo evidências.
— Parece que ele resistiu bastante - comentou Erin, abaixando-se ao lado de uma poça de sangue seco, examinando o padrão das marcas no chão. — Talvez estivesse esperando alguém.
— Ou fugindo de alguém — Hank completou, o tom seco.
Erin bufou, mas decidiu se conter. O caso deveria vir em primeiro lugar.
Eles não conseguiram muito mais, apenas foram informados que tinham uma hora da morte e encontraram uma digital no corpo e em um cigarro que já havia sido enviado para analise, mas que não era muito, pois era um galpão abandonado, o cigarro poderia não levar a pista nenhuma.
...
Halstead, Atwater e Dawson voltaram ao distrito após algumas horas batendo de porta em porta nas redondezas. A expressão de Jay não era das melhores. Ele já sabia o que Dawson tinha antecipado — ninguém viu nada, ninguém falou nada. Era sempre a mesma história nesses bairros controlados por gangues.
— Nada. Nenhuma alma quer abrir a boca — disse Jay, balançando a cabeça, sua frustração clara. — Baldwin podia ter sido executado bem no meio da rua que ninguém teria visto nada — Jay diz assim que chega no bullpen.
— O silêncio fala muito às vezes — Erin retrucou, erguendo os olhos para ele. — Sabemos que tem algo grande acontecendo aqui, mas eles estão com medo.
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Linstead - Um novo começo
FanfictionJay Halstead era um homem que estava recomeçando sua vida em Chicago, um ex Ranger com muitos traumas do passado, com a família destruída por um assassinato. Erin Lindsay Benson Voight também estava recomeçando, após muitas mudanças em sua vida ela...