Perspectiva de Mon
Acordei às cinco da manhã com uma sensação estranha. Minha barriga, agora levemente arredondada, me lembrava constantemente que algo novo estava crescendo dentro de mim. Mas naquela madrugada, o que mais me incomodava não era o bebê, e sim uma mistura de náusea e raiva. Sim, raiva. Sem motivo aparente, só uma raiva surda. Talvez eu estivesse me sentindo gorda. Porra, meus seios estavam sensíveis e latejando. Cada movimento era um lembrete doloroso.
Ao meu lado, Sam dormia tranquilamente, esticada na cama, de boca aberta, alheia ao meu sofrimento. O sono dela parecia um insulto ao meu estado. Como ela podia estar tão em paz enquanto eu fervilhava de desconforto e irritação? Sem pensar, dei um soco leve em seu braço, como se isso fosse fazer ela sentir um pouco do que eu estava sentindo.
— Ei... O que foi? O que tá acontecendo? — Sam murmurou, acordando confusa e ainda meio grogue.
— Você estava dormindo! — Respondi, cruzando os braços, sentada na cama, sentindo-me absurdamente irritada com aquela constatação óbvia.
Ela esfregou os olhos e pegou o celular para ver as horas.
— Mon, são cinco da manhã. Claro que eu tava dormindo. — Ela disse, com a voz rouca de sono.
— Mas eu não estou! — Resmunguei, ainda mais irritada.
Sam piscou várias vezes, tentando focar os olhos em mim, lutando contra o sono.
— O que tá acontecendo, Mon? — Ela perguntou, a voz doce, mas visivelmente cansada.
— Estou cansada. — Respondi, aborrecida, sem nem saber do que exatamente.
— Então por que não dorme? — Ela retrucou, como se fosse a coisa mais lógica do mundo.
— Porque não consigo! — Gritei, sentindo uma onda de frustração me dominar. — Estou com azia, estou com fome, e meus peitos estão me matando de dor!
Sam, ainda com os olhos meio fechados, se levantou da cama devagar, abrindo a porta do quarto com dificuldade.
— Aonde você vai? — Perguntei, meu tom ácido.
— Vou pegar algo pra você comer. Você disse que tá com fome. — Ela respondeu bocejando, com a voz arrastada.
— Não quero mais, já passou a fome. — Rebati, virando as costas para ela, cruzando os braços.
— Mon... é muito cedo, eu mal consigo raciocinar. Me diz o que você quer que eu faça, que eu faço. — Ela praticamente implorou, voltando para a cama e se jogando no colchão, exausta.
— Meus peitos doem! — Falei, fazendo uma careta de dor, esperando que ela fizesse algo, qualquer coisa.
Sem dizer nada, Sam me puxou pela cintura e me fez deitar de novo, aconchegando-se atrás de mim. Seus braços me envolveram, e logo senti sua mão deslizando por debaixo da minha blusa. Ela começou a acariciar um dos meus seios com delicadeza.
— O que você tá fazendo? — Perguntei, sem entender direito.
— Shiu... massagem. Relaxa. — Ela murmurou, ainda bocejando, mas com a voz suave e reconfortante.
O toque dela era cuidadoso, e a pressão leve em meu seio começou a me fazer sentir um alívio inesperado. De repente, um gemido suave escapou dos meus lábios, e senti meu corpo reagir de uma forma completamente diferente. Minha calcinha começou a ficar molhada, o desejo me invadindo rapidamente.
— Tá ajudando? — Ela perguntou, agora massageando o outro seio.
Respondi com outro gemido, minha irritação desaparecendo gradualmente, substituída por um calor crescente.
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Mon & Sam - Reencontro Inesperado
FanfictionApós um acidente que fez Mon perder a memória, sua vida mudou drasticamente. Ela acabou se separando de Sam, seu grande amor, e se mudou para a Inglaterra, enquanto Sam permaneceu na Tailândia. Anos depois, uma circunstância faz com que Mon retorne...