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Finalmente. Finalmente eu tinha pego Elena para mim. Depois de quatro anos esperando, eu consegui. Tê-la em meus braços era satisfatório, era a realização de um sonho. Ela estava ali a minha mercê, ao meu lado, ela estava comigo e somente comigo. Ela finalmente estaria comigo. Desde que a vi naquele campo á quatro anos atrás, me tornei obcecado por ela. Eu não conseguia pensar em outra mulher. Ela era apenas uma menina e eu não iria tocá-la enquanto ela permanecesse criança. Eu prometi a mim mesmo que só iria tocá-la quando fizesse dezoito anos e o aniversário dela já estava chegando.
Depois de uma longa perseguição pela floresta, eu a levei para minha cabana á poucos quilômetros da floresta. Era bem afastada e perfeita para passar cada dia ao lado da minha Elena. Ela estava toda suja e molhada, então dei um banho quente nela e vesti um pijama meu nela e a coloquei na cama. Tive que amarrar seus braços para que não tentasse escapar.
Acendi a lareira e fiquei bebendo uma dose de whisky no sofá, enquanto ela dormia profundamente. Algumas horas depois, ouvi seus gritos no andar de cima e subi para ver o que tinha acontecido. Quando entrei no quarto, ela estava se debatendo na cama e chutando tudo.
- Não se assuste, meu amor. Eu não vou te machucar.
- Você. É você. Você é o homem que estava me perseguindo. Aonde eu estou? Eu quero sair daqui, me deixe sair daqui!
- Não posso fazer isso. Passei os últimos quatro anos atrás de você e agora que finalmente está comigo, não vou deixar que saia daqui. Você é minha, Elena.
- Olha, eu não sei quem é você e nem o que quer, então por favor é só me soltar. Eu prometo que não irei chamar a polícia, eu saio daqui, mas não te denuncio! Por favor, eu só quero sair daqui.
- Não pode sair daqui, Elena. Aqui é a sua casa agora. Nossa casa.
- É a sua casa, não minha!
- Será a nossa casa. Será aonde iremos construir várias memórias juntos e viver como eu sempre quis.
- Você é louco ou doente?
- Os dois, meu amor.
- Eu não vou ficar aqui. Na primeira oportunidade, eu fujo e chamo a polícia pra te prenderem e te levarem para um hospital psiquiátrico, seu maluco psicopata!
- Continue falando assim e irá ganhar umas belas palmadas, bonequinha.
- Por favor, só me deixe ir embora! O que foi que eu te fiz, seu desgraçado?
- Você cruzou o meu caminho e assim que eu te vi, eu sabia que iria ser minha, Elena. Agora, descanse um pouco e durma. Amanhã nós iremos sentar e conversar sobre tudo isso.
- Eu não vou conversar com você.
- Tudo bem então. Faça quantas birras quiser, não irá mudar nada. Vou dormir na sala hoje e amanhã virei pra cá. Boa noite, Elena.
- Vai á merda!
- Durma bem, querida.
Tranquei a porta do quarto e desci para dormir na sala e deixá-la mais confortável. Adormeci logo em seguida devido ao cansaço.
