13- Machucada

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Elena

Sabe a sensação de estar suja e sentir repulsa do próprio corpo depois de ser abusada? Era isso que eu sentia. Mesmo tendo ficado embaixo do chuveiro, eu ainda me sentia suja, imunda, violada. Foi apenas um sexo oral, mas mesmo assim eu me senti suja. Ele era um monstro. Ele era difícil de entender. Eu nunca conseguiria me entender com ele.

Depois do que houve, eu me deitei na cama e chorei durante um tempo enquanto olhava para a janela. Estava chovendo bastante e o som da chuva me deixou mais calma. Ele havia saído desde aquela hora e não tinha voltado mais. Já estava anoitecendo e eu fiquei com medo por estar trancada e sozinha naquela casa enorme.

Algum tempo depois, eu ouvi o barulho da porta e ele subiu as escadas até entrar no quarto cheio de sangue nas roupas e no rosto. Eu rapidamente me assustei e ele olhou pra mim com um olhar vazio e obscuro.

- Gosta do que vê?

- Por que está todo ensanguentado?

- Fui apenas me divertir.

- Se divertir significa chegar em casa ensanguentado?

- A culpa disso é sua, merda!

- Minha? Por que minha?

- Se não tivesse me estressado, eu não teria saído de casa pra matar alguém, caralho. Eu teria ficado com você e teríamos tido um momento bem gostoso, mas você insiste em me provocar, Elena!

- Eu provoco? O louco doente que me sequestrou foi você! Você me perseguiu, me sequestrou e agora me mantém trancada aqui na esperança que algum dia que eu seja sua. Mas olha só pra você. Quem amaria um monstro como você? Um monstro que não sabe lidar com a própria raiva e que pune os outros por isso?

- Cala a boca!

- O quê foi, Dimitri? Feri o seu ego por dizer a verdade? Seja homem e assuma seus problemas. A verdade é que você mata os outros pra aliviar a raiva que você não sabe lidar e depois se sente um Deus por decidir quem vive e quem morre.

- Se não ficar quieta agora, não irei me responsabilizar pelo o que vai acontecer.

- Não, eu vou falar e você vai engolir! Você é um psicopata louco que sente prazer em matar, porque é nas suas vítimas que você projeta a sua raiva. Agora, quer que eu seja sua e não aceita o fato de eu nem sequer sentir algum afeto por você!

- Vadia desgraçada!

Dimitri agarrou meu pescoço e me encostou contra a parede me sufocando. Eu tossi pela falta de ar e tentei tirá-lo de mim, mas ele apertou mais e disse:

- Não chore, boneca. Guarde as lágrimas pro final.

Ele me jogou no chão e arrancou minha blusa num só puxão, me deixando exposta. Sua mão deferiu um tapa no meu rosto que fez minha boca sangrar. Ele pegou um chicote de couro numa gaveta do armário e começou a usá-lo em mim. O couro batendo na minha pele ardia muito. Parecia que estavam jogando álcool numa ferida. Minhas costas estavam ardendo muito por causa do couro duro. Eu chorava sem parar, soluçando de dor.

Ele me puxou pelos cabelos e me jogou na parede, me fazendo bater a cabeça e ficar tonta. Tentei correr até a porta, mas ele agarrou minha cintura e me jogou no chão de novo.

- Vai! Me fala! Cadê a garotinha ousada e corajosa que feriu meu ego? Hein? Cadê, porra?

- Por favor, Dimitri, para. Por favor, para.

- Parar por quê?

- Dimitri, está doendo.

Ele veio em minha direção novamente, mas eu o chutei na perna e ele se contorceu pela dor. Eu tentei correr até a porta novamente e cheguei no corredor, mas ao chegar perto da escada ele tentou puxar meu braço e eu o puxei de volta. Foi aí que eu perdi o equilíbrio e caí rolando as escadas abaixo. Senti minha barriga doer, minha boca estava com gosto de sangue e eu sucumbi a dor até que desmaiei.

Meu Stalker Possessivo 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora