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SELINE SANCHES
8:30 pm
Estava quase adormecendo naquela poltrona e me assusto ao escutar o meu celular tocar, pego e vejo que era o Jobe, atendo bocejando.
— Amor? — Jobe diz me acordado pra vida — Onde você está?
— Oi, estou no hospital com a minha mãe, ela não está bem...— respondo
— Que hospital princesa? — Jobe suspirou e eu passei o endereço por mensagem — Eu tô indo ai tá?
— Tá bom lindo, obrigada! — digo e em seguida a ligação foi encarada.
Vejo umas massagens da Amanda e da Chloe, respondo minha irmã primeiro dizendo que minha mãe ainda estava dormindo e nenhuma novidade, preferi não falar do meu pai. Respondo a minha assistente apenas concordado com a notícia que ela me deu sobre a empresa, estava tudo em ordem, mas precisava ir fazer a entrevista pra revista que tenho prazo pra publicar.
Era tanta coisa ao mesmo tempo que parecia que minha cabeça ia explodi, extremamente sobrecarregada e só queria me minha mãe acordasse logo, estava me esforçando pra não chorar e perder a fé, era tudo que me restava, a fé.
Ouço batidas na porta me tirando dos meus pensamentos. Achando que era o Jobe, corri para abrir a porta e o vejo com a figurinha de visitante na sua blusa branca.
Ele nota minha cara detonada e me abraça me fazendo retribuir. Era o que eu precisava, um apoio pra sincero, cada vez mais o abraçava forte.
Depois de alguns minutos naquele abraço, saímos pra fora do quarto fechando a porta em seguida. Jobe segura minha mão firme.
— Me explica melhor o que aconteceu? — Jobe falou me encarando sério.
— Tá — suspiro fundo e começo — Aquele mostro que eu tenho nojo de chamar de pai, bateu nela hoje de manhã...Jobe ela mau pude se defender e agora está em coma! — digo sentindo as lágrimas descendo
Jobe se surpreende ao saber e fecha os olhos tracado seu maxilar e em seguida abre os olhos e é nítida sua raiva.
— Ele foi preso? — O mesmo perguntou
— Não, como aconteceu tudo hoje, não pude ir na delegacia ainda — respondo
— Tudo bem, quero que preste atenção no que vou dizer...— Ele fala acariciando meu rosto e eu balacei a cabeça positivamente — Você não está sozinha e não precisa carregar esse peso nas costas sozinha, precisa ser forte pela sua mãe para quando ela acordar e ver que sua filha está bem, tudo bem?
— Sim...tudo bem, obrigada amor.— digo e em seguida o abraço novamente sentindo suas mãos apertar meu corpo me confortado.
A gente se sentou e conversávamos mais sobre o que aconteceu, expliquei também que ele veio aqui para ver ela.
— Eu posso colocar seguranças pra vigiar sua mãe, até pelo menos ele ser preso se quiser — Jobe falou me fazendo esboçar um pequeno sorriso
— Isso seria ótimo, e preciso falar com as enfermeiras que ele não pode entrar aqui, elas não viram na ficha da minha mãe que ela foi agredida pelo seu ex marido? mesmo assim, ele entrou?! — digo indignada
— Deixa que eu resolvo isso, hoje mesmo sua mãe estará em segurança. Você só precisa se preocupar com a melhora dela, tudo bem? — ele disse e eu assenti com a cabeça
— Você já comeu? — Jobe perguntou e pela minha resposta, ele me daria uma bronca
— Só um bolinho...
— Seline! — ele diz indignado — não pode cuida da sua mãe estando doente.
— Eu sei amor, eu vou me alimentar — digo — estava muito frustrada pra pensar em mim mesma.
— Eu entendo princesa, desce pra comer enquanto eu chamo os seguranças e converso com a diretora do hospital e nem vem me enrolar — ele disse me fazendo revirar os olhos e dou uma risada
— Tá bom, eu vou — digo me levantando e jobe me dá um selinho e em seguida vou em direção ao elevador
Agora que Jobe está me ajudando, as coisas parecem ter ficando menos complicada e era muito grata a ele por tudo que estava fazendo. Nunca iria esquecer.
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Em minutos, os seguranças chegaram e o Jobe conversou com a diretora do hospital. Ela aceitou tudo numa tranquilidade, deve ser porque também saiu ganhando.
Estava mais tranquila sabendo que aquele mostro não entraria mais aqui e avisei pra Amanda dos seguranças pra ela não se assustar quando vier amanhã.
Me despeço da minha mãe e em seguida fomos embora, amanhã voltaria e todos os dias com esperança dela abrir os olhos.
Jobe me levou pra casa, tomei banho e usei minha roupa de dormir indo pro quarto onde Jobe estava sentado na cama, subo indo até ele.
— Como se sente ? — O mais novo perguntou acariciando minha coxa
— Menos angustiada — respondi fechando os olhos — Eu quero dormir na sua casa amanhã, lá é tão tranquilo que me faz esquecer das coisas.
— Sempre que quiser, é sua casa também princesa — ele diz pegando o celular dele no seu bolso da calça
O apartamento do Jobe ficava em um bairro do outro lado da cidade, era mais isolado. A primeira vez que fui lá me apaixonei pois não tinha tanto barulho de carros e nem tantas luzes, parecia que até o ar era mais limpo.
Assim como ele tem uma chave do meu apartamento, eu também tenho do apartamento dele e amava ir lá por ser calmo.
Jobe me cobre e fica fazendo cafuné no meu cabelo até eu cair no sono.
