Somebody To Love | Duskwood

Capítulo 32

Jake

*Tive um dia complicado hoje, mas conversar com você e o que me mantem forte para enfrentar tudo isso... as questões da universidade da minha família. Desculpe se isto esta te enchendo, mas e que eu me acostumei a falar com você. Mesmo sabendo tão pouco...

*Eu não cheguei a ir a universidade...

*por que não?

*Eu não tive tempo... tenho que correr atras de minha própria sobrevivência.

*Ainda não entendo....

Apenas algumas pessoas, questões do meu passado... mas eu simplesmente não consigo deixa-las. Não sei como deixa-las sem que isso...

*Ah só queria estar ao seu lado... sabe estar realmente ao seu lado... você tem alguma coisa que- não sei o que faz comigo, não sei o que e isso

*Ah não, não... sinto muito, sinto muito... eu.

Jake offline.

A realidade angustiante dilacera minha carne. Eu falhei há muito tempo, quando não consegui lidar com tudo sozinho. Eu a procurei quando estava me sentindo abandonado em meu próprio corpo apenas para compreender o verdadeiro sentimento familiar... tudo isso e nefasto. Eu mereço essa dor que esta correndo meus ossos, latente e alucinante para tentar esquecer que sou a própria falha mediante a situação que me encontro... A quem mais eu posso culpar senão a mim mesmo? Eu não seria covarde de tal forma de negar meus próprios erros, mas a pressão e maior quando se chega no ápice da perfeição que não consigo admitir eu as coisas saíram do controle. Que eu não estou no controle. Não podia ser mais irônico porque fui eu que procurei tudo isso, como se estivesse desafiando as leis da minha própria vida. Klaus e um indolente de merda, se divertindo com tudo isso, se divertindo da minha dor. Apenas fecho os olhos, mas a realidade não desaparece... continua imolando minha carne viva.

— Não pense que eu esqueci de você... porque temos muitos sistemas para invadir.

Klaus é a encarnação do que eu mais temo. Cada vez que o vejo, sinto um nó se formar no meu estômago, uma mistura de desprezo e pavor que não consigo ignorar. Seus olhos verdes são como lâminas afiadas, penetrantes e frios, capazes de despir qualquer defesa que eu tenha. É como se ele estivesse sempre analisando cada fraqueza, cada insegurança, com um sorriso que nunca chega a ser genuíno. Quando ele se move, é como se o ar ao nosso redor se tornasse mais denso. Há uma confiança na maneira como se aproxima, como se o mundo inteiro girasse em torno dele. Ele se inclina levemente, e eu sinto meu coração acelerar, um instinto primitivo de que estou prestes a ser devorado. O lábio ferido, resultado de um soco que dei em um momento de desespero, não parece diminuir sua aura; ao contrário, parece intensificar sua crueldade, como se ele estivesse se divertindo com a dor que isso representa.

-- Por que precisa de mim? — Sussurrei. — você tem tanto conhecimento quanto eu.

— Eu sou um hacker... um dos melhores! E por isso que tenho essa organização, não foi preciso realmente dar o meu sangue  —Ele estava se vangloriando. — Mas você e um gênio do sistema, não vou negar. Mas do que vale todo esse conhecimento se não a usa em seu benefício? Olha tudo que eu posso conquistar se você apenas entrar com uma mínima brecha!

 —Eu não sou como você — Pronunciei, cansado. — Invadir o governo foi um erro... eu realmente deveria ter analisado todas as normas quando era adolescente, mas você sempre tinha aquelas palavras bonitas que...

 —Um erro?— Ele riu. — Agora temos informações sobre tudo e todos! E quando ela me trazer... Ah eu realmente devia ponderar muito no que deveria fazer com você quando tudo isso acabar... com ela... ela realmente vale meu tempo... você sabe o que quero dizer...