Capítulo 7

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Aparentemente não pensar no Jake é mais impossível do que pensava, até nos meus sonhos ele aparece. Eu tenho que parar com isso, não vim aqui para procurar por ele, e sim pela Hannah.

Não se esqueça disso, (seu nome).

Depois de me colocar apresentável, arrastei meus pés até a cozinha em busca de algo que sacie minha fome. Passei pelo quarto da Jessy, como de costume estava fechado, aparentemente ela não gosta da ideia de ter alguém perambulando por aí sem sua presença. O que é completamente normal, até para alguém como a Jessy que demonstra ser abertamente. O que há lá para ver? Será que ela possui algum fetiche que tem vergonha de alguém saber? Hum, estereótipo demais.

Eu pensei em encontra-lá na cozinha, mas isso mudou após eu observar o breu que estava. Decidi me colocar um pouco mais confortavelmente e abri as cortinas da sala, assim que a luz passou pelas janelas, me senti revigorante. E assim comecei a minha busca pelos armários ‐ espero que ela não se importe - depois de vasculhar e não encontrar os ingredientes para fazer um breakfast completo, decidi me contentar apenas com ovos e baincons, além de facilitar o processo.

Pode parecer fácil, mas ainda sim eu consegui queimar a maior parte do meu café da manhã, pois eu tive a brilhante ideia de pegar meu celular e colocar alguma música para tocar. Resultado: eu não consegui encontrar minha playlist favorita e para completar, eu perdi meu café da manhã. Ao menos que eu queira ovos e baincons torrados. Coloquei meu café de lado assim que eu avistei uma belíssima fruteira. Não é a melhor coisa, mas pelo menos isso vai fazer com que eu não saia por aí parecendo uma morta viva.

Bom, peguei um pouco pesado no morta viva, mas por hoje eu deixo passar.

Após me deliciar, Jessy chegou e a primeira coisa que eu notei foi na sua expressão horrível que ela fez ao avistar o meu café da manhã — Bom dia, (seu nome) — ela se aproximou se apoiando no balcão e pegou meu café.— As suas habilidades culinárias são impressionantes.

Gargalhei. — Bom dia, se você gosta de carvão, pode aproveitar que é toda sua — alcancei a geladeira para fazer um suco de uva.

— Deixa que eu preparo algo para a gente comer — ela se adiantou pegando a frigideira e colocou algumas panquequas para fritar.

— Eu juro que vasculhei o armário inteiro e não encontrei isto. — ela me lançou um olhar questionador. — Hum, se me permite perguntar, onde você estava tão cedo?

— Oh, Eu fui...— ela pareceu pensar em uma resposta plausível. — Visitar a oficina do pai do Richy, saber se precisavam de alguma ajuda, e depois passei no Phil para ver como ele estava — ela se concentrou nas panquecas as tirando do fogo e colocou na mesa.

— Oh, obrigada Jessy — lancei um beijo para ela no ar. — Não sei o que faria apenas com uma banana no estômago — coloquei o primeiro garfo na boca, sentindo o sabor — Espero que ocorreu tudo bem por lá. — Nesse instante, o telefone da Jessy começou a tocar descontroladamente, a mesma atendeu e logo sua expressão mudou para chocada e triste. — O que aconteceu, Jessy?

— O Dan... — ela tentava segurar as lágrimas. — Alguém tentou matar ele ontem no hospital.

■□■

Chegando no hospital, encontramos todo o pessoal reunido esperando alguma notícia do Dan. Jessy tentou entrar no local que infelizmente foi barrado por um médico.

— Calma Jessy — sentei a em um banco, logo entregando um copo de água para a mesma — Tome isso. — ela murmurou obrigada baixo. — Alguém tem alguma notícia do que realmente aconteceu?

— Infelizmente o médico não veio falar conosco ainda. — Cleo foi a primeira a se pronunciar. — Chegamos a poucos minutos.

Como se fosse coisa do destino, o médico apareceu: — Vocês são amigos de Daniel Anderson? — falamos que sim, ansiosos. — Bem, felizmente o mesmo se recuperou do susto, esse ocorrido não alterou nada do quadro dele, mas decidimos aplicar em sua veio para o mesmo descansar. Vocês querem vê-lo agora? — murmuramos que sim. — Queiram me acompanhar. — seguimos o médico pelo longo corredor branco, finalmente parando na porta do quarto do Dan.

Assim que entramos, encontramos o Dan acordado apenas com um soro em sua veia. Jessy correu em sua direção o abraçando. — Que susto você nos deu — ela disse logo ao se afastar. — Que bom que você está bem. — Todos assentimos.

— Você pode nos dizer como aconteceu? — perguntei falando alto para verificar que o mesmo ouviu.

— É claro — ele se ajeitou na cama para prosseguir. — Eu estava dormindo, acredito que ocorreu por volta da madrugada, quando eu senti alguém me sufocar com um travesseiro, obviamente tentei gritar, mas sem sucesso. — ele suspirou pesadamente. — Mas, então, alguém ligou a luz e essa pessoa conseguiu escapar. Eu não consegui ver quem era, visto que a iluminação não é uma das melhores.

— Você notou alguma coisa?

— Não, nada — Ele olhou para todos nós ao prosseguir. — Fiquei sabendo que o Phil foi solto e um dia depois alguém tenta me matar. Coincidência, né?

— É claro que não — Jessy se opôs. — Ele nunca faria uma coisa dessas.

— Diga por si mesma — Dan falou convincente.— Aliás, estranho ele não estar presente, não é?

— Eu não vou ficar aqui ouvindo acusações contra o Phil novamente — Jessy saiu pisando forte.

— Não se preocupe com ela... Deve estar sendo difícil — pronunciei. — Mas eu sei como vamos conseguir saber, pelo menos a fisionomia da pessoa.

— Como? — perguntaram em uníssono.

—Câmeras de segurança — pisquei para eles saindo do quarto.

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