Capítulo 4

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Apesar de não conhecer nada sobre Duskwood, aquela pequena excursão da Jessy ajudou a me orientar na cidade, consegui localizar a delegacia rapidamente pois guardei todo o caminho em minha memória. Duskwood é uma cidade incrível que revela tanto sua arquitetura história quanto moderna que me faz ficar admirada. Não é pelo homem sem rosto que recebem tantos turísticos por ano, passei pelo bar Aurora que infelizmente suas portas estavam fechadas. Prontamente me ocorreu um pensamento que em menos de duas semanas do Jake me proibir, eu já estaria em frente ao bar só- e mais uma vez minha mente deliberada me pregando peças.

Não só faltava ter um cara que consideravelmente não existe nesta realidade, agora tenho um cara que me deu dois foras. É difícil descrever qual dos dois é pior. Jake... é difícil colocar ele em rótulos, ainda mais pra mim que sei muito pouco sobre ele, e nem sequer cheguei ver seu rosto. A única coisa verdadeira que pode se sair daquelas palavras meticulosamente calculadas é o quanto a Hannah importa para ele... Sua querida irmãzinha, sua família. Então a realidade me mostra mais uma vez que só estou aqui unicamente para encontrá-la.

A delegacia me lembrou novamente o que estou prestes a fazer, eu só espero que o Jake esteja com todo o documento salvo e desista daquelas baboseiras. Caminho pela recepção e espero o delegado Alan me chamar para resolvermos todas essas questões.

— ( seu nome) entre! É muito bom vê-la aqui — Alan fecha a porta enquanto vou em direção para uma das cadeiras na sua mesa. — Devo dizer que você pensou muito bem em minha proposta, e viu que a única maneira de tirar o o Phil rápido é aceitando. — Ele organizou uma papelada e digitou algo em seu computador.

— Bem, se houvesse outra saída, com certeza eu não estaria aqui. — Encaro os seus olhos profundamentes o fazendo parar de digitar. — Aqui está tudo o que conseguimos, e algumas informações preciosas do hacker. Mas antes, eu quero o Phil solto hoje mesmo.

— Muito bem ( seu nome). Eu retiro o que disse sobre você ontem, todavia alguma coisa aconteceu para você mudar de ideia tão rapidamente — Ele olhou para meu pulso e fez menção de alcançar o arquivo.

— Primeiro o Phil — Eu não sei se estou fazendo a coisa certa, mas nesta altura remediar a minha decisão seria tarde demais. Então Alan comunicou um policial para conseguir a soltura de um detento o mais rápido possível. Enquanto esperamos Alan contínuou digitando em seu computador. — Seria pedir demais ao perguntar o que você está pesquisando?

— Apenas verificando o estado de outros detentos e analisando provas antigas — Ele me encarou de volta me analisando. — Seria muito imtrometimento ao querer saber por que seu pulso está assim?

— Acidente na cozinha. — Sorri ao pensar que apenas omiti alguns fatos.

— Você é muito esperta, ( seu nome). Adoraria tê-la como colega.

— Eu vou considerar — Um policial fardado avisou que o Phil já está liberado para ir pra casa. — Parece que acabamos aqui. — Estendi o arquivo para ele — Faça um bom uso disso. Até mais.

Finalmente sem um peso nas costas, caminhei livremente em direção a saída pensando em como seria vê-lo pessoalmente. Quando o avistei em sua camisa branca, jaquetas jeans meu coração acelerou. Talvez por pura emoção de ontem. — Phil — Finalmente minha voz saiu, não como eu gostaria mas o suficiente para ele se virar.

— Hey ( Seu nome)! Eu sabia que você ia conseguir me tirar daqui. — Ele me abraçou. — Não era assim que eu esperava receber uma celebridade, mas eu espero ter outra oportunidade. — Uma risada genuína escapou de meus lábios.

— Seu galanteador.... agora eu preciso saber. Qual é sua conexão com Macheal Hanson?

— Bom, eu sempre fui próximo da família dele, alguns anos atrás eu costumava frequentar o bar e ajudar em algumas bebidas... Eu acabei me aproximando muito da Jennifer, nós éramos amigos, nada além disso. Mas então a notícia de sua morte veio e abalou a todos, principalmente o Michael que eventualmente abandonou a cidade deixando seu bar... e a pulseira da Jenifer comigo. Mas eu tive que empeiorar a mesma visto que o lucro do bar aurora era baixo.

— Você acha que ele continua vivo?

— Eu não sei, há rumores que ele faleceu algum tempo, e há outros que ele já foi preso acusado de matar a própria filha. Mas sinceramente, eu nunca o vi na cadeia todo o tempo em que estive lá.

— Mas então por que o Alan me pediria as provas se há esses rumores? — Eu me aproximei dele novamente não conseguindo conter as lágrimas e escondendo meu rosto em seu peito.

— Eu não...— Ele me analisou. — O que aconteceu ( seu nome)? Hey não chora, fofa. Por que seu pulso está assim?— Ele me tocou levemente com as pontas dos dedos.

— Não é nada, está tudo bem — Me afastei — Eu vou para a casa da Cleo, de uma passada lá quando estiver de roupas limpas — Antes de entrar no táxi, olhei de relance para o garoto de tatuagem, o mesmo colocou um sorriso de canto nos lábios.

Somebody To Love | DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora