Acordei meio tonta e com muita dor de cabeça. Olhei em volta e percebo que não estou em casa, e que eu estava em lugar diferente. Levantei e me segurei ma escrivaninha que estava do lado da cama e fui em direção a janela e vi que eu estava sim na minha cidade mas não na minha casa. Aos poucos fui tendo flash backs da noite passada. Lembro que eu saí sozinha da casa de Gaby e eu estava um pouco alterada, encontrei um carro e aí eu já não lembro mais de nada.
Procuro algo na escrivaninha mas só havia papéis com umas coisas escritas mas como eu ainda estava com dor de cabeça as palavras estavam embaraçadas. Ando em direção a porta e ouço passos pesados vindo em direção a porta. Volto correndo pra cama e finjo que estou dormindo, a porta abre e ouço uma voz grossa e familiar
– Bom dia garota. Eu sei que você tá acordada - eu me viro - você e eu precisamos ir pra universidade.
Era o meu professor? Oque diabos eu estaria fazendo na casa do meu professor? Olho pro relógio digital acima da escrivaninha e percebo que já são 7h, droga! Eu estava realmente muito atrasada. Pego meus sapatos no chão e vou correndo pra porta, mas o professor me para e fica olhando no meu olho por alguns segundos antes de pegar pelo meu braço e me puxar pelas escadas.
Quando descemos, ele me leva em direção a cozinha e ele me senta na cadeira. Ele se vira pra pia e eu fico o observando por um tempo. Suas costas eram bem musculosas e grandes, eu estava impressionada com o quão grande ele era comparado a mim.
– Você ronca bastante né? - ele diz ainda virado - Eu não estava conseguindo dormir.
– Nos dormimos juntos? Meu Deus me desculpa professor!
– Me chame de Sebastian, por favor, professor só dentro de sala. - ele se vira pra mim - E não, nos não dormimos juntos, eu dormi no sofá. Acordei de madrugada achando que tinha algum bixo na minha casa mas era você roncando.
Baixo a cabeça constrangida e deito minha cabeça na mesa. Ele vem até mim e me dá uma xícara de café com uma torrada e uma maçã e me diz pra comer.
– Você só vai sair daqui se comer, agora come. - diz ordenando
– Você tá mandando em mim? Eu só queria ir pra casa, não queria estar aqui. - Digo cruzando os braços pro mesmo
– Se for assim, nem eu e nem você vamos pra universidade hoje.
– Não, isso não. Tá, eu tomo sim.
Eu fico olhando pro café na xícara enquanto Sebastian encosta na mesa e cruza os braços. Eu dou um gole e uma mordida na torrada, estava gostoso como os que eu como na padaria. Enquanto eu comia, o professor pega uma xícara e começa a beber, e ele começa a olhar pra mim enquanto bebe.
– Seu nome é Kate? - ele diz dando gole no café
– Não. Meu nome é Katrina, mas meus amigos me chamam de Kate.
– Entendo. Posso te fazer uma pergunta?
Eu engulo seco e aceno com a cabeça que sim
– Aquele cara, é seu namorado?
– O Alex? Deus que me livre. Eu odeio ele.
– Então por que você ficou com ele? Já que não gosta dele como você disse.
Eu fico com o rosto corado enquanto olho pra baixo, e logo depois volto meu olhar pro Sebastian. Ele parece estar esperando minha resposta mas vê que eu não conseguia responder
– Desculpa, não precisa responder. Vamos, preciso te levar pra casa, acho que nos dois temos mais coisas pra fazer. - ele se vira colocando a xícara na pia
– Ah não, não precisa me levar, acho que estou perto de casa.
– Eu faço questão, Katrina. - ele ri - Vem.
Eu apenas aceno com a cabeça e nos dois vamos em direção a porta. Ele sai e eu vou logo em seguida. Enquanto nós dois andávamos pela rua, percebo alguns olhares de alguns homens pra Sebastian e outros virados a mim
– Por que estão olhando tanto pra gente?
– Acho que nunca viram gente bonita na vida deles, com todo respeito Kate. - ele olha pra mim e eu dou um sorriso.
Andamos uns 3 quarteirões até chegar em minha casa. Eu paro na frente da minha casa e me viro pra Sebastian esperando ele falar alguma coisa mas ele faz o mesmo que eu
– Sebastian, eu acho que te devo uma. Obrigado por cuidar de mim essa noite. - eu dou um pequeno sorriso
– Não há de que. Você parecia realmente precisar de ajuda. Seus amigos são bons hein.
Ele ri e eu devolvo o sorriso. Quando eu abro a porta um gato sai de dentro da minha casa e eu pulo pra perto do professor, e ele pareceu surpreso.
– Oque tá fazendo aqui Guto?
– Esse gato é seu? Ele estava aqui a duas noites atrás, e ele estava no lixo.
– Acho que ele se perdeu. Somos bem novos aqui na cidade. - ele acaricia o gato - Bom, preciso ir. Nos vemos na universidade Kate, até mais. - ele se vira e sai.
Eu fico o admirando enquanto ele anda, meu Deus que homem! Minha sorte que ele não é um louco, se não eu teria acordado numa banheira de gelo. Eu entro com presa pra dentro de casa e tomo um banho e me arrumo bem rápido e vou logo em direção da universidade.
Chegando lá entro com presa na minha sala e todos olham pra mim
– Bom dia Katrina, atrasada pela primeira vez? Estou surpreso. Entra e sente-se no seu lugar, agora.
Aquele era o professor de álgebra, o pior da escola toda. Ele era super chato e pegava muito no meu pé e na sua visão eu deveria sempre ser a "certinha" da sala e não poderia errar nunca. E também, ele olhava meio diferente pras meninas da escola, um olhar pervertido na verdade.
Enquanto ele da a aula, eu percebo que ele estava me olhando com um olhar de fúria o tempo todo, mesmo estando de "bom humor". Oque será que ele vai falar dessa vez?
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The masked killer
Novela JuvenilAlguns assassinatos estavam acontecendo em uma cidadezinha chamada "Clover", e a polícia não tinha nenhum rastro do assassino. Uma aluna muito inteligente da universidade, quase prestes a se formar teve a sua vida interrompida por um sequestrador, m...