Depois que Ália tomou banho, eu fui tomar o meu. Enquanto eu tomava banho, o meu celular começou a vibrar, eu sai do banho e fui verificar o que era. Olhei pela barra de notificações e vi que era mensagens de minha mãe dizendo que infelizmente não iria mais voltar na data combinada já que o voo tinha sido adiado para duas semanas depois. Eu responde com tristeza e avisei a ela que eu estava com Ália.
Terminei meu banho e coloquei meu pijama. Ália estava na cozinha comendo alguns salgados e eu fui acompanhá-la. Passamos a noite quase toda rindo fofocando, e logo reparei na aparência de Ália por alguns segundos, e vi que ela era extremamente bonita e como era bom ter ela por perto sempre. Ália para de rir quando percebe que eu fiquei séria do nada. Nos duas nos encaramos por alguns segundos e por algum motivo fomos aproximando nosso rosto uma da outra, e sem que eu percebesse estávamos nos beijando. Eu me afastei por alguns segundo e Ália me questiona
– Oque foi? Desculpa, foi por impulso, eu não queria - eu a interrompe
– Não Ália, eu também queria é que... você não acha que isso pode estragar nossa amizade?- digo preocupada
– Relaxa - ela se aproxima do meu rosto - é sempre bom fortalecer a amizade, nem que isso precise de um beijo...
Começamos a nos beijar novamente e acariciar a coxa uma da outra. Eu nunca havia ficado ou muito menos beijado a boca de uma mulher na minha vida, pra ser sincera, o beijo de Ália até que é bom e gostoso de sentir.
Estávamos cada vez mais nos aprofundando no beijo quente até que o celular de Ália começa a vibrar. De início ela ignora mas logo se afasta do beijo. Ela olha seu celular com indignação
– Droga! - ela bate em sua testa
– Oque foi? Algum problema? - coloco meu cabelo atrás da orelha
– É Júnior. - ela suspira - Eu havia esquecido do encontro. Que saco!
– Ah, pode ir amiga. Se você quiser, peça pra ele te trazer pra minha casa ou você pode ir direto pra sua depois do encontro. - pego um salgado
– Acho que não. Prefiro passar o tempo com minha amiga, ela sim vai ser pra sempre. - ela ri
– Não vai ser muito incômodo?
– Jamais. Vou ficar - ela come um salgado
Eu e ela começamos a rir e conversar novamente. Eu não sabia se ficava com vergonha de Ália pelo que aconteceu agora pouco, ela pareceu não ter ficado com tanta vergonha assim como eu. Nos duas demos a ideia de ir assistir um filme mas logo mudamos de ideia pois estávamos cansadas, então fomos pro quarto.
Quando fomos deitar, Ália começou a contar do "rolo" que estava tendo com Júnior. Ela explica que eles estavam indo muito bem e que se tudo desse certo, poderiam namorar. Eu super concordo se eles dois começarem a namorar, mas acho que não agora.
– Ália - eu bocejo - estou cansada, vamos dormir?
– Concordo. - ela apaga a luz - Boa noite Kate
– Boa noite Ália.
Dormirmos de conxinha, igual aqueles casais fofos. Adormecemos rápido que nem percebi, quando me espantei já eram 6h da manha e senti falta do abraço de Ália. Desce as escadas rápido e há vi na cozinha preparando o café pra nos duas. Eu ajudo a mesma a fritar os ovos e coloquei a mesa. Eu estava extremamente feliz por estar com ela, minha melhor amiga. Sentamos e tomamos o café enquanto conversávamos, depois, fomos nos banhar e nos arrumar pra ir à faculdade.
No caminho, nos olhamos o carro do professor parado na frente da casa dele. Eu e Ália ficamos escondida em um moita esperando ele aparecer. Logo saiu uma mulher loira, e ela apresentava alguns ematomas no rosto. Eu e Ália saímos do lugar o mais rápido possível já que a loira havia percebido nossa presença. Seguimos o caminho todo nos questionando quem era a moça
– Será que aquela mulher era a esposa dele? - diz Ália
– Acho que não, por que ela estaria com o rosto roxo? Acho que ele não seria capaz de bater nela, né?
– Nunca duvide desse homem, eu também achava que ele era bonzinho. - Ália diz cruzando os braços - não vejo a hora dele se ferrar com alguém. - Ália ri
Noa duas seguimos caminho até chegarmos na universidade. Vemos que na entrada da universidade havia um alvoroço de pessoas e o diretor junto com as pessoas. Ália e eu nos aproximamos e ouvimos um pouco da baderna
– Calmem todos! - o diretor grita - Isso já foi encaminhado pra polícia e eles vão chegar logo!
Perguntei pra alguém da roda oque estava acontecendo e um deles respondeu
– Ontem a noite os nossos armários foram arrombados e levaram algumas coisas. Ninguém sabe quem foi e por incrível que pareça as câmeras não estão funcionando.
– Nossa que absurdo! JUSTO AGORA? Acho que isso tá muito estranho. - Ália diz - por que logo agora as câmeras iriam parar de funcionar?
– Voltem pra casa. Não teremos aula até encontrarmos o culpado. - o diretor se vira - Podem ir.
Alguns alunos começaram gritar com o diretor e dar vaias nele. Ele apenas balança a cabeça e se vira novamente.
–E agora, para onde vamos? - Ália se vira pra mim com os braços cruzados
– Acho que vou dar uma passada no hospital e ver Alex. Quero saber se ele está bem. - digo suspirando
– Ah... então tá bom. Vou pedir uma carona a Júnior. Beijos amiga. - Ália me abraça e sai
Eu não estava tão preocupada com os armários, já que não tinha nada no meu, mas essa história estava bem estranha. Por que justo agora as câmeras iriam parar de funcionar? Sinistro.
Peguei um ônibus em direção ao hospital da cidade e desce. Fui à recepção e perguntei por Alex, logo a enfermeira que estava cuidando dele me direcionou ao seu quarto. Alex estava lendo, com a cama meio inclinada pra cima. Quando Alex me viu ficou espantado. Eu sentei na cadeira que estava ao lado de sua cama e deixei minha bolsa no chão.
– Você aqui? - diz Alex - Eu achava que você me odiava.
– Quer que eu vá embora?
– Não, por favor. Será bom uma companhia.
– Como você está?
– Estou... bem, se assim posso dizer. - ele deita a cabeça na cama - Estou em uma cama de hospital, melhor do que estar em um caixão... não acha?
– Você teve sorte. Todos estao com saudades suas.
– Ate você, Kate? - ele olha em meus olhos
– Se quer saber a verdade, sim. Um pouco. Quem que vai ficar no meu pé agora? - nos rimos - Brincadeiras à parte, eu estou sentindo sua falta sim...
– Eu também senti sua falta, agora que você está aqui, não me sinto mais só. - ele acaricia meu rosto
– Bom... Acho que não posso demorar. Tenho muita coisa pra fazer, já que a universidade está parada.
– Oque? Como assim?
– Bom, houve um assalto ontem pela manhã e ninguém sabe quem foi, as câmeras não estavam funcionando então não temos pistas - pego minha bolsa do chão
– Nossa, sério? Que estranho justo agora as câmeras pararem de funcionar.
– É. Infelizmente nós estudantes que temos que arcar com as consequências. Tchau Alex, quero que tenha uma boa recuperação - dou um abraço nele
Alex segura pela minha nuca e leva ao seu rosto, depositando um beijo leve em minha boca. Nos olhamos por uns segundos, rimos.
– Finalmente pude te beijar de novo... você é linda Katrina... - ele diz com brilho nos olhos
– Tenho que ir... Beijos... - demos mais um beijo
Me viro da sala e saio.
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The masked killer
Novela JuvenilAlguns assassinatos estavam acontecendo em uma cidadezinha chamada "Clover", e a polícia não tinha nenhum rastro do assassino. Uma aluna muito inteligente da universidade, quase prestes a se formar teve a sua vida interrompida por um sequestrador, m...