Pt.14

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Depois da ligação, eu fiquei muito assustada e comecei a ter uma crise de pânico, eu estava me tremendo e só pensei em coisas ruins. Procurei uma boa roupa e arrumei o resto das coisas que eu iria levar. Desce as escadas e escutei alguns barulhos vindo da cozinha, eu cogitei em ir mas fui. Eu estava chegando cada vez mais perto do barulho e meu coração parecia que iria saltar da minha boca de tão acelerado que estava. Deixei minha bolsa no chão da sala, e continuei andando até a cozinha. Quando cheguei, fiquei espantada, pois tinha um homem muito alto com uma máscara e uma faca na mão sentado na pia de frente para mim.

– Q- quem é você? - gaguejei -  QUEM É VOCE?

– Você sabe quem sou eu - diz enquanto alisa a faca - Então... pronta pra ir comigo?

– Eu não vou a lugar algum!

Eu saio correndo em direção a porta, mas ela estava trancada. Vou à porta dos fundos mas está também estava trancada.

– Que bobo da sua parte. Você sabe que não tem saída a não ser se entregar há mim, Kate. - ele dá passos até mim

– Sebastian, eu sei que você não vai fazer isso. Por favor me deixe em paz. - digo em meio de choro

– Infelizmente princesa, as coisas não são assim. Ou você se entrega, ou vou pegar você a força.

Eu pego um objeto e jogo no mesmo, eu saio correndo pelas escadas e ele começa a me seguir. Ele consegue me agarrar por trás e me joga na cama, eu começo a me debater mas a força de Sebastian era maior que a minha. Ele tapa minha boca com um pano e eu apago imediatamente.

Aos poucos vou acordando depois de alguns minutos ou horas. Percebo que ainda estou em casa. Eu estava numa cadeira com os pés e mão amarradas na mesma. Sebastian aparece no local com uma faca e meu celular na sua mão.

– Eu quero que diga a Ália que está bem e que irá dormir em casa. Invente uma desculpa, nada de gracinhas.

Ele leva o telefone até minha boca, me fazendo chorar e não conseguir falar. Ele puxa meu cabelo pra trás me fazendo inclinar a cabeça para seu rosto.

– Acho melhor engolir o choro e começar a falar. - ele aperta meu cabelo com mais força - Se não quiser que algo pior aconteça.

– Tá bom. Eu falo, não faz nada por favor - eu choramingo

Começo a mandar um áudio para Ália dizendo que estava tudo bem e que eu iria dormir em casa mesmo. Depois de uns dois minutos a Ália responde com uma mensagem dizendo "tudo bem, se você quer assim. Se cuida irmã, eu te amo."

– Boa garota, gosto de meninas obedientes. Agora, vou te desamarrar e você vai ficar caladinha... entendeu?

Eu começo a chorar descontroladamente. Tudo aquilo parecia um pesadelo e eu torcia que talvez eu iria acordar a qualquer momento. 

– Me solte, por favor... - choramingo

– Acho que não, quero você pra mim durante um tempo. Você vai ser útil. - diz enquanto senta-se a minha frente

– Oque eu fiz pra você? Ainda é sobre aquela noite? Me perdoa por favor, eu só quero paz.

– Não. - ele diz friamente - Você será toda pra mim, você vai gostar.

– Eu não quero passar pelo mesmo que Tânia.

Antes que eu percebesse, Sebastian deposita um tapa na minha cara e começa a arder no mesmo instante.

– Nunca fale o nome dessa vadia aqui, entendeu? - diz segurando minhas bochechas

Eu apenas aceno com a cabeça que sim e ele solta minhas bochechas. Ele sai da cozinha e logo eu procuro algo para me soltar. Ele volta depois de uns minutos e verifica minhas mãos, percebendo que elas estavam vermelhas pois eu havia colocado força, ele resolveu soltá-las.

– Pegue sua bolsa, nos vamos sair. - ele joga a bolsa na minha frente

– Para onde vamos?

– Não interessa, só pega a bolsa e solta seus pés.

– Eu não quero ir Sebastian, estou com medo. Me deixe aqui por favor.

– Ah - ele suspira - Tô vendo que vou ter que usar minha força de novo.

Ele retira um pano de seu bolso e o coloca no meu rosto, daí eu apago novamente.

—Quebra de tempo—

Acordei e quase gritei em desespero. Eu estava dentro de um avião, mas ele nao era daqueles grandes, parecia ser um particular. Antes que pudesse fazer algo, Sebastian segura minha mão com força enquanto olha o jornal que estava em sua outra mão. Eu tento separar sua mão da minha, mas parece inútil pois ele era muito forte. Perguntei pro mesmo para onde estávamos indo e ele responde que estávamos indo para a Itália.

– O que, Itália? - pergunto alterada

– Tem como falar baixo? Obrigada. E sim, estamos indo para a Itália, qual o problema?

– Qual o problema? Você literalmente me sequestrou e agora está me forçando a ir a um lugar que eu não quero.

– Quer saltar do avião? - ele pergunta irônico

– Qualquer lugar é melhor do que estar aqui contigo. Na verdade, eu prefiro a morte.

– Eu apostaria meu coração se você se jogasse. - ele ri

– Ah, é?

Me levanto e ando em direção a parte da frente do avião. Logo percebo a presença de vários homens armados e encapuzados. Todos olharam para mim e começam a rir. Eu volto para onde estava Sebastian e começo a olhar ao redor. Tudo era bem arrumado e cheiroso. Uma moça aparece onde nos estávamos e oferece café para Sebastian e ele recusa dizendo que preferiria tomar um suco

– Não vai me oferecer também? - eu pergunto olhando pra mesma

– Não. Damos preferência apenas para o senhor Sebastian. - a moça diz com cara de deboche - Suas prostitutas não recebem nada.

– Acho melhor você medir suas palavras senhorita - Sebastian olha pra mesma- estamos no ar e eu posso muito bem jogar você daqui de cima. Trate de tratar minha mulher bem, se não quiser morrer claro. - ele diz friamente

– Desculpe senhor. - ela se vira a mim - Oque a senhorita vai querer?

– Você pode me trazer uma salada de frutas? Estou com muita fome.

– Claro, com licença. - ela sai

Eu dou um pequeno sorriso de deboche. Me viro para Sebastian e ele parece estar com um ar de curiosidade.

– Posso te fazer uma pergunta?

– Se não for inútil, pode.

– Por que me sequestrou? E por que trata tão mal as mulheres? E por que me chamou de "sua mulher" na frente dela?

– Você disse que só era uma pergunta, Kate. - ele suspira - Bom, se quer mesmo saber, acho que eu vi algo especial em você que eu não sei explicar. Segundo, esse tipo de mulher não merece meu respeito. E terceiro, você agora é minha, então posso te chamar como eu quiser. Satisfeita?

– Sim. E por que você me trata "bem" diferente do que você faz com as outras?

– Acho que você já fez perguntas demais. Faltam apenas 30 minutos para chegarmos até a Itália, por que não descansa? - ele diz se aconchegando - vou tirar um cochilo.

The masked killerOnde histórias criam vida. Descubra agora