Pt.8

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Meu amigos estavam conversando sobre todos nós irmos juntos ao hospital visitar Alex e todos estavam concordando, mas eu ainda estava com receio já que eu dizia para todos que eu não gostava mais dele e não queria ver ele nem se estivesse pintado de ouro. Eu disse que eu não iria, e todos começaram a insistir.

– Aí gente, eu não sei não. Eu sempre disse que não gostava dele aí do nada eu apareço lá com cara de coitadinha? Ainda por cima, Geórgia havia dito que a culpa dele estar assim poderia ser minha.

– Isso não importa, de um jeito ou de outro vocês são amigos. Acho meio impossível a Geórgia te expulsar com todos nós lá. - disse Junior - além do mais, vocês já foram um casal.

– A gente nunca namorou Junior, para de falar besteira. - digo empurrando o mesmo com o ombro - Eu não sei não, vou pensar.

Todos ficam me olhando enquanto eu falo. Logo após, o diretor entra no refeitório

– Todos pra quadra, agora. - ele sai

Todos nós se levantamos e vamos em direção a quadra, chegamos e logo nos sentamos. Não pude deixar de notar que o Sebastian e o professor de álgebra não estavam presentes e eu achei aquilo no mínimo esquisito. O diretor começa a dar uma palestra sobre oque tinha acontecido com Alex e também disse que isso tudo pode estar ligado ao assassino mascarado.

Depois de algumas palavras do diretor, o Sebastian aparece na quadra com o semblante sério e se senta nas cadeiras da frente. O diretor pede pra ficarmos em pé e também pra que nos fizéssemos uma oração pedindo a cura de Alex

– Senhor Deus, cure nosso estudante e nosso amigo. Que ele possa voltar o mais forte possível e que possa estar conosco novamente. E que nenhum dos nossos estudantes passem pelo mesmo e fiquem seguros em tuas mãos, amém. - todos aplaudimos.

Durante as palmas nos ouvimos gritos vindo do lado de fora da quadra.

– SOCORRO! ALGUEM AJUDA! - diz a zeladora - O PROFESSOR ESTA MORTO!

Todos correm em direção ao corredor e identificam que era o professor de álgebra. Todos ficam apavorados e correm em direção a saída da universidade, principalmente meus amigos. Ficamos todos no gramado da escola chorando e desesperados, alguns ligam pra polícia, outros gravam e muitos desmaiam. Eu ainda sem acreditar e paralisada, fico imaginando oque deve ter acontecido e por que o professor tinha sido assassinado. No momentos só me veio Sebastian na cabeça e lembro que ele foi o último a estar com ele antes de sua morte, ele era um suspeito.

Eu não contei pra ninguém mas aquilo tava martelando minha cabeça e não me convencia que Sebastian não havia o matado. Quando a polícia e os médicos chegaram, nosso diretor deu aviso

– Não teremos aula durante uma semana, não saiam de casa e nem saiam após o toque de recolher. Fiquem seguros e não entrem em pânico - ele diz nervoso

Todos se olham e saem. Eu e meus amigos fomos juntos pra casa e não tocamos muito no assunto de Alex. Fui a última a chegar em casa e logo fui tomar um suco de maracujá pra acalmar os nervos e relaxar, estava tudo muito confuso e parecia que eu iria explodir de tanta informação em um dia só.

Liguei a TV e só tinha notícias sobre o assassinato que havia ocorrido hoje. Eu queria falar pra alguém sobre Sebastian e também avisar que ele era um suspeito, mas eu poderia estar enganada e que isso poderia apenas ser uma mera coincidência. O noticiário foi interrompido por uma reportagem ao vivo da TV

Foi preso agora pouco o assassino que matou o professor Taylor Rubens hoje pela manhã. Seu nome é Gareth Stuart, o zelador da universidade. Ele confessou o crime e disse que Taylor havia abusado de sua filha quando ela ainda era aluna da escola onde ele ensinava. Ele está sendo encaminhado pra delegacia e irá responder por homicídio doloroso. Para mais informações entre em nosso site. Boa tarde.

Meu deus, o zelador? Ele era um dos poucos que passava pela minha cabeça. O professor não era tão bom assim, mas também não justifica ele ter sido morto, ele era velho mas ainda tinha vida pela frente. Enfim, que bom que acharam o culpado por isso, menos problemas pra minha cabeça, e eu aqui julgando o coitado do Sebastian, nossa que terrível.

Lavei o copo e subi pro meu quarto pra fazer algumas tarefas da universidade. Mesmo eu ficando uma semana em casa não vou deixar minhas atividades de lado. Ouvi baterem na porta e desci correndo pra ver quem era, olhei pelo olho mágico e vi que era o... Sebastian? Oque diabos ele estava fazendo na minha casa? Abri a porta e me cumprimenta.

– Oi Kate. - ele ri

– Oi prof- Sebastian. Oque faz por aqui? - eu saio pra fora

– Vim lhe fazer um convite.

– Convite? Pra que? - digo confusa

– É que... como não podemos sair após o toque de recolher, não posso sair pra jantar no restaurante, então vou ter que fazer um jantar, e vim lhe convidar pra jantar comigo... oque acha? - ele coloca as mãos pra trás

– Nossa professor... você não acha que seria estranho? Sou sua aluna e sei lá...

– Katrina, vai ser somente um jantar. Eu não vou fazer nada com você. Mas se você não quiser tudo bem- eu o interrompo

– Eu aceito. Também não tenho nada pra fazer, um jantar não faz mal né? - digo olhando pro mesmo

– Certo! - ele dá um largo sorriso - eu venho te buscar as 7h20 ok?

– Tá certo, até mais Sebastian. - dou um sorriso largo.

– Até, Kate. - ele sai

AI MEU DEUS, EU IRIA JANTAR COM MEU PROFESSOR? O homem mais gato que eu já vi estava convidando pra jantar? Nossa. Meu Deus.

Eu entro com um sorriso de ponta a ponta e começo a pular. Mesmo sabendo que poderia ser uma má ideia, eu aceitei já que no meu ponto de vista ele não estava com malícia comigo em momento nenhum. Eu estava surtando por dentro.

The masked killerOnde histórias criam vida. Descubra agora