Pt.33

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Demorou algumas horas até que o avião chegou com Júnior lá dentro. Ele correu até mim e ajudou a pegar algumas coisas que estavam comigo. Corremos pro avião e voltamos pra casa depois de um tempo voando, era quase 7h da noite quando chegamos ao nosso ponto de desembarque. Pegamos o carro e corremos pra casa e em momento algum eu deixava de pensar em Kate, imagino o que ela pode estar passando. DROGA! Eu não deveria ter à deixar sozinha.

Minha mãe me abraçou quando cheguei, estava com os olhos inchados de chorar. Minha irmãzinha estava com Ália na cozinha, sentadas e conversando, dava pra ver a tristeza nos olhos de Ália. Nunca imaginávamos passar por aquilo de novo, eu só queria estar com Kate agora, eu quero saber como ela está e com quem está nesse exato momento. Ela deve estar com muito medo.

– Irmão, entrei em contato com um dos homens que trabalham com Dumont, nenhum deles sabe para onde ele foi. Disseram que ele fugiu. - disse Junior com olhar de decepção

Eu relaxei o olhar e bufei,  meus olhos estavam lacrimejando. Eu vou esmagar a cabeça daquele filho da puta, ele não vai mais tocar em ninguém, minha cabeça só pensava em vingança. Sentei e passei a mão na minha cabeça sem saber o que fazer, suspirei. Aquela foi a noite em que eu me desesperei por completo, meu coração estava tão acelerado que parecia que a qualquer momento sairia da minha boca.

Passei a noite em claro pensando em um plano, e no dia seguinte, mandei os meus melhores capangas de todos os cantos da Itália irem atrás de pistas ou algo do tipo. No outro dia, eles entraram em contato comigo e um deles me trouxe a informação que viram Dumont num carro prata indo em direção ao norte do país. Mandei imediatamente todos os meus capangas irem pro norte e conseguirem mais alguma coisa. Passaram dois dias vasculhando de canto a canto do lugar onde Dumont foi visto pela última vez, mas sem nenhuma pista. Mais dias se passaram e eu já estava perdendo as esperanças de encontrar Kate viva, mas eu não iria desistir de procurá-la.

_9 meses depois_

Eu estava saindo da casa de Júnior depois de ter bebido muito. Voltei pra casa com a ajuda de Samantha, minha nova assistente. Estávamos em uma reunião de negócios, resolvendo coisas da empresa para mais um projeto que estávamos pensando pro fim de ano, ai resolvemos beber para descontrair um pouco. Cheguei em casa e logo tirei meus sapatos e meu casaco com a ajuda de Samantha, ela me levou até a cozinha e me deu água com um pouco de açúcar para ajudar com a bebida. Ela estava sendo muito atenciosa e paciente, contratei ela por esse acaso.

– Se o senhor precisar de mais alguma coisa eu estarei no meu quarto senhor. - disse Samantha se retirando

– Samantha... - falei com voz rouca - Você é uma ótima ajudante. Tenha uma boa noite.

Ela deu um sorriso, que era lindo e alinhado e logo saiu. Baixei a cabeça e de repente veio Katrina na minha mente. Eu lembrei no dia em que recebi a notícia de seu falecimento, todos ficamos desesperados principalmente Ália e Ana. Eu fiquei mais de 1 semana sem conseguir dormir direto imaginando que aquilo fosse apenas um pesadeloe que eu iria acordar logo, mas não era, eu fiquei de luto por 3 meses mas agora superei e estou melhorando. Subi pro meu quarto e pela primeira vez depois de muito tempo, consegui dormir sem ficar acordando várias vezes.

Acordei no dia seguinte e ouvi algumas vozes na parte debaixo da casa, desci as escadas e notei a presença de Júnior e Ália, fiquei surpreso com a visita deles logo cedo mas nao dei tanta importância pois eu gostava de vê-los, eu os cumprimentei e fomos para sala. Ália estava com uma pequena caixa na mão e me entregou a mesma, abri e vi que havia um teste de gravidez e sapatinhos. Eu arregalei os olhos e levantei animado dando um abraço em meu irmão e logo após em Ália.

– EU VOU SER TIO! - gritei

– Não, muito melhor. VOCÊ VAI SER PADRINHO! - disse Junior me abraçando

Aquele dia estava sendo o melhor da minha vida, depois de tanto tempo sem notícias boas finalmente, meu irmão estava esperando um filho e eu iria ser o padrinho! Minha nossa, que noticia!

– Eu tô muito feliz! Qual vai ser o nome? - perguntei animado

– Eu pensei em Matteo, se fosse menino. - disse Junior passando a mão na barriga de Ália

– E se for menina? - perguntei

– Katrina, em homenagem a minha irmã. - Ália respondeu

Ficamos em silêncio por alguns mas logo após voltamos a ficar felizes de novo pois estava vindo um novo integrante para a família Ricci. Eu os levei até a porta e me despedi dos mesmos, eles parecem estar muito feliz. Estou feliz que meu irmão tenha encontrado alguém que ele goste.

– Bom dia chefe... - disse uma voz doce

– Ah, bom dia Samantha. Quero que organize meus papéis por favor, acho que vou tirar o dia pra descansar. - digo me despreguiçando

– Tudo bem. A respeito de ontem a noite... quero me desculpar por ter beijado o senhor. Eu havia agindo por impulso. - disse Samantha com cabeça baixa

– Nós nos beijamos? - perguntei confuso

– Não lembra? Eu sinto muito, com licença. - ela saiu

Fiquei pensativo e tentava lembrar de algo mas minha cabeça estava doendo demais lara pensar. Tomei um remédio e fui até o jardim, o lugar favorito de Kate. Suspirei aquele ar e lembrei do dia em que vi ela com aquele pulguento, o cachorro que ela brincava sem medo de pegar doenças. Ela era a garota mais corajosa que eu já conheci.

Arrumei tudo que eu precisava e fui dar uma caminhada na floresta, ouvi passos leves atrás de mim e parei, olhei em volta mas não havia ninguém. Voltei a caminhar mas os passos continuaram, eu senti que havia alguém atrás de mim me perseguindo. Andei e parei para saber se eu não estava enganado e realmente eu estava sendo seguido. Olhei rápido pra trás e vi que era o pulguento, a droga do cachorro que quase me matou do coração.

– Droga cachorro. Quer me matar do coração? - digo me abaixando até o cão - Acho que ela sente sua falta. - passei a mão na cabeça dele

Fiquei caminhando com o cão até o entardecer que foi quando eu voltei pra casa cansado. Cheguei e Samantha estava fazendo a janta, ela estava com um short muito curto e uma blusa extremamente pequena que marcava o bico dos seus mamilos. Ela se assustou com minha presença, cobriu os mamilos pois percebeu que eu estava olhando igual um cão quando quer um osso. Aquilo me subiu algo que nao consigo explicar, Samantha estava me provocando mas eu não queria nada com ninguém pois sabia que tudo daria errado de novo.

The masked killerOnde histórias criam vida. Descubra agora