𝐑𝐀𝐂𝐇𝐄𝐋 𝐁𝐑𝐎𝐖𝐍
nova york, costa leste.2002
— Um cara quebra a restrição e vocês estão me dizendo que não vão fazer nada? — Mark gritava no telefone ao meu lado. Bufo e deitei minha cabeça em uma das almofadas do meu sofá.
Mark me trouxe para casa antes que eu quebrasse o meu escritório em um ataque de raiva. Podia ser um exagero, mas eu estava tão puta ao ver aquele homem. Meu pai era simplesmente o ser mais repugnante que esse país já tinha visto. Ele já tinha tentado contato comigo antes, mas isso aconteceu em 1998 e resultou em uma briga pública na rua, delegacia e uma possível acusação de agressão.
— Ótimo, obrigado por não fazer a droga do seu trabalho. — Mark gritou com o telefone, desligando ele rapidamente e o colocando no sofá.
Lê-se jogando.
Eu não tinha sinais dele há anos e eu acreditava estar bem protegida pela a lei. Mas pelo o que aparentava, ser mulher em um mundo como aquele estava ficando cada vez mais difícil e minha imagem ficava cada vez mais estragada nos tablóides. Não era isso que eu queria passar no início, mas por que me dar o trabalho de negar, sendo que eles vão continuar com essa merda?
— Isso deve ser um pesadelo e eu vou acordar já. — Resmungo, levando uma das mãos até os meus olhos. Eu estava com dor de cabeça, sem um pingo de sono, mesmo meu corpo gritando por descanso e eu não podia mais me entupir de carboidratos.
— Racy, vai ficar tudo bem, tá? — Mark começa, colocando a mão no meu tornozelo e eu resmungo. — Esse cara é maluco, sem ofensas.
— Pode ofender o quanto você quiser. Esse imbecil fudeu com a minha vida. — Grunho. No mesmo instante, eu escuto meu telefone tocar e o pego de cima da mesinha de centro da sala.
Estiquei a mão e peguei o telefone, atendendo a ligação assim que abri o celular e coloquei na orelha.
— Seja quem for, fala rápido. — Pedi, coçando o meio entre as minhas sobrancelhas. Mark me olhou curioso e dei de ombros. — Alô?
— Rachel, é a Ellie. — Me sentei rapidamente ao escutar a voz de minha irmã do outro lado da linha. A adolescente parecia extremamente nervosa, a voz embargada. — É a mamãe, Rach. Ela passou mal.
A vida que me colocou lá em cima, também me jogou lá em baixo.
( ★ )
Eu nunca corri tanto como corri pelo os corredores daquele hospital. Era possível ver as pessoas perguntando o que podia ter acontecido, mas não surpresas. Hospital era um lugar imprevisível e muito mórbido, sempre com pessoas nascendo e pessoas morrendo no mesmo instante. Sinistro.
Eu fui torturada por paparazzis na porta do hospital, pelo visto, a história que a mãe de uma das maiores estrelas do momento havia tido uma overdose, já tinha sido divulgada por todos os cantos. Não era a primeira vez, provavelmente não seria a última, mas esse tinha sido o meu ápice.
— Rach! — Eu vi minha irmã vestida com o uniforme da escola, os cabelos desarrumados e o olhar de choro. Ela estava sentada na cadeira de espera do lado de fora, já que era menor de idade e não podia ficar na área da UTI. Ela correu em minha direção e abraçou a minha cintura. — Eu devia te visto, devia ter te ligado quando vi ela com a bebida. Me desculpa, eu deveria ter...
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐂𝐇𝐄𝐑𝐑𝐘 𝐂𝐎𝐋𝐀 | EMINEM
Hayran Kurgu★ | Quando uma cantora em ascenção acaba se esbarrando (novamente) com a presença infame de um dos rappers mais temidos de Hollywood. Entre a loucura da fama, tablóides e desencontros. as duas estrelas procuram uma forma de ficar juntos.