11ª Sessão

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Amaury POV

— Amaury...

— Maury, seu celular está tocando...

— Amaury.

— Amaury!

Não. Ainda é cedo. Eu não quero levantar. Por favor não me faça levantar. Deus. Eu estou tão confortável. Eu não quero nem me mexer.

— Amaury!! — ouvi, dessa vez em um grito.

— Hã? — grunhi e rolei para o outro lado, apertando os olhos enquanto bocejava e notei que Diego está completamente do outro lado da cama, quase caindo. Ele está lançando um olhar furioso em minha direção.

— Telefone!

— Oh, merda! Desculpa — eu tateei pra encontrar minha mochila que estava jogada no chão e procurei o bolso.

Porra, muito barulho.

Apertei o pequeno botão com força então o alarme parou e eu me joguei na cama, esfregando minha mão pra cima e pra baixo no meu rosto tentando me acordar. Que porra de horas são? Porque meu celular estava gritando? Eu acho que não tenho nada... Sim, eu tenho alguma coisa pra fazer hoje. Foi por isso que eu ativei meu... Porra.

— Porra!

— Você realmente é barulhento assim toda manhã? — Diego reclamou e se mexeu pro meio da cama. — Porque eu não acho que posso aguentar isso.

Eu nem tive tempo de ouvi-lo porque eu estou voando do quarto dele indo pro banheiro tão rápido que eu quase tropeço nos meus próprios pés. Quase. Eu me levantei e acelerei pro chuveiro, nem me importando em fechar a porta ou ligar a luz. A água estava fria quando eu entrei e me arrepiou desde a espinha até o dedinho no pé. Dando um passo pra trás, eu esperei esquentar e respirei fundo.

Eu fiquei em pânico quando vi o relógio, mas eu tenho uns bons quarenta e cinco minutos pra chegar no estúdio onde Samuel vai estar esperando para aprovar as fotos que forem tiradas. É meio irritante, mas o que eu posso dizer? Ele é um bom agente.

A água continuava caindo e molhando apenas meus pés. O box de Diego é menor que o meu, mas o chuveiro é novo e bom. Eu fechei meus olhos e meus pensamentos vagaram para a noite de ontem e como tudo aconteceu... Incrível. A melhor noite, na verdade. E eu penso que eu provavelmente deveria estar me sentindo péssimo pelo que aconteceu, mas eu não estou. Talvez depois que eu acordar e assimilar realmente o que aconteceu entre nós, aí sim eu vou pirar. Mas por agora, a água está morna e eu ainda tenho trinta minutos para acordar completamente e tentar deixar meus olhos abertos de novo.

E sabe o que é mágico? A porta do box abrir e a voz de Diego surgir, completamente doce e baixa, enquanto ele coloca a cabeça pra dentro.

— Eu fiquei sozinho — ele disse, e então fez um bico enquanto piscava aqueles grandes olhos dourados pra mim, e se inclinava na parede.

— Então, vem cá — eu sorri, escorregando minha mão sobre seu quadril e trazendo ele pra debaixo d'água. — Eu disse que ia te fazer tomar banho comigo.

Diego riu suavemente e seus olhos ainda estavam sonolentos quando ele pressionou sua testa no meu ombro. Nós ficamos assim um tempo, com meus braços ao redor de sua cintura e seu corpo apoiado no meu. Nós estávamos quietos, a água estava morna e o vapor começava a aparecer rapidamente.

Ele levantou os braços e posicionou suas mãos nos meus quadris, suspirando e olhando para mim.

— Porque você tem que ir tão rápido?

Sua pergunta me fez sorrir.

— Lembra, eu te disse ontem. Eu tenho essa sessão de fotos de rosto e se eu me atrasar meu agente me mata.

Smile For The Camera | DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora