7ª Sessão

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Diego POV

Mais uma cerveja e eu estarei pronto. Juro. Porque porra eu estou tão nervoso? Porque eu estou prometendo coisas pra mim mesmo em minha cabeça? Eu normalmente não faço isso. Geralmente, eu sou o cara legal com a jaqueta de couro e tal, mas hoje... Hoje é diferente.

— Já está bêbado o suficiente, Di? Não fique tanto, ou você pode não sentir. — Amaury sorriu maliciosamente, inclinando a garrafa de cerveja para cima, engolindo as últimas gotas.

— É, mas e se eu não sentir mesmo? Que mal isso faria?

— Sei lá, vai que você se machuca, eu teria que levar sua pobre bunda para o hospital — Amaury riu.

— Oh porra, cara... Cancela! Eu não vou fazer isso, mesmo.

Amaury riu de novo, dessa vez mais alto.

— Eu estou aqui! Você não vai se machucar, eu prometo — falou a última parte suavemente, e eu não posso deixar de acreditar nele. Porra, eu acredito em suas promessas, mais do que nas minhas agora. E então ele voltou a ser um idiota pertubado de novo. — Talvez você deva olhar uma certa revista com o modelo mais gostoso da cidade. Talvez ajude — ele falou, batendo no meu colo.

— Quem? — provoquei de volta. — Eu?

Amaury fez uma careta e pegou minha mão pra me levantar do sofá.

— Bem, se você gosta de se olhar no espelho enquanto se masturba, vai na fé, cara. Pelo menos assim a chance de se machucar vai ser menor, já que vai estar olhando.

— Cala a boca! Você está me deixando nervoso! — eu reclamei, deixando ele me guiar até meu próprio banheiro e me empurrar sentado no vaso.

Ele se inclinou para perto, olhando nos meus olhos o mais sério que conseguiu com o álcool correndo em suas veias.

— Não tem nada com o que ficar nervoso. Eu vou estar aqui.

— Você sabe o quão ridículo é isso? Você tem certeza que vale toda essa besteira?

— Oh! — ele levantou as sobrancelhas e me olhou. — Se vale!

Eu suspirei e mandei ele sair. Meu estúpido pinto já está começando a endurecer e eu preciso estar sozinho pra seguir com isso.

— Okay, okay... Espera! — Amaury parou no meio do caminho e se virou pra mim. — Você pegou o lubrificante, né?

Confuso, eu balancei minha cabeça em negação.

— Pra que?

— Oh, pra... Pelo amor de Deus, Diego! — Amaury murmurou algo sob sua respiração e foi fuçar os armários do banheiro.

Eu sei que tem um tubo em algum lugar, perto de alguma coisa, eu comprei há pouco tempo, mas eu fiquei na minha e deixei ele procurar. Sua camisa preta está apertada em seus músculos, e mais folgada em seu abdômen sarado. Ela sobe um pouco e eu consigo ver aquela pele bronzeada quando ele se abaixou pra pegar a pasta de dentes que ele derrubou.

Maldita pele... Eu a vejo o dia todo, por horas até, no estúdio. Eu até tenho que tocá-la e beijá-la e nada é pior do que agora, que eu não posso fazer nada disso. Eu preferia estar trabalhando e então eu poderia tocá-lo do jeito que eu quisesse. Mas não é como se eu realmente quisesse tocá-lo agora, sabe? Não que eu precise, nem nada. É só que é bem legal, de um jeito bem estranho que eu não posso explicar.

— Aqui, idiota — Amaury arremessou o tubo e rolou os olhos. — Não economize.

— Você é um idiota — eu tentei revidar, mas ele já está fechando a porta atrás de si.

Smile For The Camera | DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora