Já vou pedindo desculpas pela demora, ok?
Estarei publicando dois capítulos para compensar essa demora, ok?
Também vou retomar as publicações frequentes dos caps, prometo
Vivienne Barbieri
— Olha se não é a pequena traidora. Está fazendo o que aqui, hein? Roubando alguma bebida?
Assustei-me com a voz atrás de mim.
Era Gringo.
Ela tinha acabado de entrar no bar. Eu já não o via há uma semana.
— Estava com saudades também — eu disse sarcasticamente enquanto me voltava para minha tarefa. Ouvi seus passos se aproximando.
— Pois é. Aparentemente você está com um treinador novo. Estou ofendido por ter sido trocado.
— Pensei que ficaria aliviado de se ver longe de mim. Você não vai nem um pouco com a minha cara.
Ele soltou um riso.
— Não vou mesmo. Mas, de alguma maneira, quase consegui me apegar a você — disse, e senti que parou a uma curta distância de mim. — Agora me diz, você não parece estar enchendo a cara. Então... o que está fazendo aqui?
Eu tinha vindo até a casa de Haziel pelo quarto dia consecutivo para treinarmos. O treino não tinha durado muito daquela vez, ele estava com pressa para alguma reunião com empresários que tinha postergado em prol dos problemas que ainda continuavam em sua comunidade. Após Haziel ter me deixado, eu acabei subindo para o bar para ajeitar alguns ítens que continuavam uma bagunça desde o tiroteio. O garoto tinha comentado que o lugar voltaria a abrir no dia seguinte.
Não sabia ao certo porque estava fazendo aquilo, nem mesmo porque ainda não tinha encostado um líquido de álcool na boca. Ao menos, meus pensamentos vagavam com alguma criatividade sombria da qual eu precisava enquanto minhas mãos ágeis, livres do efeito alcoólico, se concentravam em arrumar garrafas e copos.
Quando não respondi Gringo, ele disse:
— Por um acaso, você está tentando ajudar Haziel ajeitando as coisas do bar dele?
— Vá por mim, nada do que um dia eu farei é movido por um altruísmo ao seu alfa. Eu odeio ele.
Ele riu.
— Por que você me parece tão na defensiva? Eu já sei disso, estava apenas brincando — murmurou, e, incontrolavelmente, lhe dei um olhar feio, o que apenas provocou mais curiosidade no ruivo. — O que aconteceu entre vocês dois dessa vez, hein?
Engoli em seco, e ele franziu o cenho observando o movimento da minha garganta.
— E tinha alguma coisa para acontecer? — desconversei, inevitavelmente desviando o olhar.
— Ah, merda. Merda. Mas que merda, Vivienne — ele soprou, mais sério. — Vocês transaram, não foi?
— O quê? Claro que não. Eu nunca daria para um cara como seu amiguinho.
O ruivo levou as mãos às têmporas, nitidamente não acreditando em minhas palavras. Geralmente, eu era uma boa mentirosa. Não sabia porque tinha deixado minha tensão tão explícita em minha resposta súbita demais.
— Vocês realmente se meteram em uma confusão de merda, não foi? — Gringo se sentou à mesa atrás de si, encarando-me. Suspirei e deixei minha tarefa de lado para me virar para ele. — Como isso vai terminar, garotinha?
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Criaturas Brutais
RomanceVivienne Barbieri está enfrentando o Inferno. Jordan Barbieri, importante político de Belo Horizonte que a adotara aos dezesseis anos, falecera em uma operação que buscava encerrar atividades ilegais de rixas de comunidades. Com dívidas para cuidar...