The Ceo's Son

/ - XXXII

A última vez que me senti tão ansioso assim estava indo ao aeroporto tentar impedir alguém de ir embora, aliás, porque infernos eu estava lembrando disso logo agora

_ Pode sentar senhor Tanapon...

O CEO apontou a cadeira em sua frente e eu me sentei, aquele pirralho ao invés de ficar do meu lado estava em pé ao lado do pai com um sorriso enorme no rosto, espero que ele não apronte nada

_ Sabe o motivo de ter sido convocado aqui hoje?

Balancei a cabeça em negativo

_ Por que está tão tenso senhor Tanapon?

_ Eu... - respirei fundo - estou bem senhor!

_ Papai...

Santa sussurrou e o CEO acabou rindo

_ Não vou tomar muito o tempo de vocês dois...

Droga Santa... o que você aprontou.

_ Só quero que saiba senhor Tanapon que não tenho nada contra seja lá o que for que esteja acontecendo entre você e esse moleque aqui...

_ Papai!

Santa repreendeu o pai e eu deixei um sorriso de canto escapar

_ Continuando... eu não tenho nada contra, sempre soube e respeitei o que Santa fizesse da vida pessoal dele, desde que estude e tenha conhecimento suficiente para cuidar dos negócios daqui muitos anos! - ele olhou pra Santa que sorriu - muitos mais anos do que ele pensa...

_ O senhor ainda vai viver muito senhor CEO... - o pirralho olhou pra mim e abriu um sorriso enorme - precisa conhecer seus netos ainda!

Shia! Que porra ele está falando agora!

_ Santa, eu...

_ Olha senhor Tanapon, eu realmente não sei o que um rapaz tão bonito e educado como você viu nesse moleque mimado! - ele olhou pro filho e balançou a cabeça em reprovação - sei que dinheiro não foi, já que sua família não é pobre, beleza talvez já que ele é tão bonito quanto a mãe...

Santa passou a mão nos cabelos fazendo ar de superioridade e levou um safanão do pai

_ Bom, vamos deixar de enrolar! - o CEO estendeu alguns papéis na minha direção e eu peguei

_ Não se preocupe que ainda não é a nossa certidão de casamento P'!

O CEO riu e eu não sabia onde enfiar minha cara

_ Deixe esse moleque de lado. - ele me estendeu uma caneta - esse é o seu contrato com a empresa, deixando assim de ser um estagiário e se tornando funcionário fixo...

Comecei a ler os papéis

_ A sua presença durante a construção daquele projeto do seu amigo é primordial, mas não é só por isso que estamos formalizando esse contrato, você já mostrou conhecimento suficiente para assumir qualquer projeto que a empresa venha receber. - ele fez uma pausa - e me surpreendeu, que mesmo com essa cara de poucos amigos, seus colegas não mediram esforços para rasgar elogios a você...

Parei de ler por um instante e levantei o olhar

_ Bom, espero que goste da nossa proposta inicial... - ele apontou para os papéis - o salário ainda não é como um sênior, não pense que namorar meu filho irá te trazer privilégios, porque não vai...

Engoli seco e pisquei rápido algumas vezes, desde quando eu estava namorando e não sabia?

_ Estou brincando senhor Tanapon!

Ele se endireitou na cadeira

_ Realmente você tem um grande potencial na empresa e espero que possamos contar com você durante muito tempo.

_ Papai, não era pro Rh está fazendo isso?

Eu levantei a cabeça e encarei o pirralho, ele realmente estava certo

_ Eu não posso dar boas vindas ao meu futuro genro?

_ Claro que sim papai!

Porra Santa!

Eu só queria sumir naquele momento, meu rosto estava quente e minhas mãos suadas

_ Senhor... - respirei fundo - agradeço a oportunidade, vou dar o meu melhor todos os dias e fazer valer a confiança que está depositando em mim...

Até pensei em rebater sobre  a questão do genro, namoro, mas não era o momento apropriado, assinei os papéis e devolvi ao CEO que sorriu orgulhoso

_ Agora! - ele levantou da cadeira - vamos almoçar!

Olhei para o relógio um pouco mais acima e não passavam das dez ainda

_ Ah, sim está cedo! - ele sorriu e eu me assustei - mas até chegarmos em casa, vai demorar um pouco!

Casa?

_ Santa, você não contou a ele? - o CEO encarou o filho que estava com um enorme sorriso

_ Achei que você que ia contar...

Os dois se viraram pra mim e eu já estava entendendo o rumo que aquilo iria tomar

_ Temos que ir para...

O CEO balançou a cabeça em negativa e eu me calei

_ Garoto, eu disse que você não iria ter privilégios se namorasse meu filho... - ele colocou a mão no ombro do pirralho - mas se eu não levar você para almoçar em casa hoje, a mãe dele vai me matar!

Droga Santa, você deveria ao menos ter me avisado!

Eu sorri de canto e levantei concordando, ainda não sei como aquele pirralho atravessou a mesa tão rápido e grudou os braços no meu pescoço, eu olhei pro CEO envergonhado e ele fez de conta que nada via enquanto falava com alguém ao telefone

_ Você vai enfim conhecer minha casa P'...

Ele disse empolgado enquanto entrávamos no carro

_ Porque seu pai não veio conosco?

Estávamos somente nós dois e o motorista no carro

_ Ah, ele tem o motorista dele... - o pirralho aproximou a cabeça do meu rosto - e acho que ele quis nos dar privacidade...

Balancei a cabeça a empurrei o corpo dele para o lado

_ Poderia ter me avisado antes... - coloquei o cinto - afinal, como você planejou tudo isso tão rápido?!

Olhei pra ele que sorria, um sorriso enorme e um par de olhos pequenos escondidos atrás do cabelo

_ Ai meu P'Perth... você ainda precisa descobrir algumas coisas sobre mim...

Ele afrouxou o cinto e apoiou a cabeça no meu ombro quando o carro enfim deu partida, respirei fundo e aceitei o contato

_ Você é mesmo um moleque mimado como o seu pai disse!

Ele esfregou a cabeça no meu ombro e puxou minha mão pra cima da sua perna

_ Eu não sou P'... - ele beijou minha mão - é só que eu realmente gosto muito de você e quero que saiba até onde sou capaz de ir pra te ver feliz e confortável...

Senti uma coisa estranha no meu peito

Ele tirou a cabeça do meu ombro e procurou meu olhos

_ Eu não estou brincando quando digo que gosto de você P'Perth! - nossos olhares pareciam conectados - e de uma forma ou de outra, vou fazer você se apaixonar por mim!

Ele abriu aquele sorriso enorme e eu me senti atraído como um ímã, nossas mãos ainda estavam unidas, nossos olhares conectados, ele sorria de uma forma tão leve, tão sublime, tão... apaixonante.