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Sexta feira, 21:30 PM

Estela caminhava de volta para a sua casa após um dia cansativo de trabalho, a mesma trabalha em um restaurante como garçonete há apenas dois meses, dois meses de pura exaustão devido a correria do dia a dia.

Após perder o ônibus que parava diretamente na rua da sua casa devido as horas extras que tinha feito naquele dia, Estela caminhava rápido o suficiente para chegar em casa logo e poder tomar um banho revigorante, mas a rapidez de suas pernas diminuíram ao ver uma mulher correndo, vindo de uma rua deserta onde não tinha mais ninguém.

Conforme à mulher se aproximava, Estela conseguia ver suas características físicas, os cabelos tingidos em um vermelho sangue, seu olho verde se encontra vermelho devido ao choro e seu rosto se encontra pálido.

Ela passou direto por Estela, mas parou 3 metros à frente se agachando e enfiando suas mãos no rosto para chorar.

Estela pensou: "Vou embora, sigo meu caminho ou tento ajudar ela de alguma forma?"

Também a curiosidade aguçada da Estela não ajudou muito, seu espírito fofoqueira queria saber o motivo do choro da mulher.

"Foi traída?"

"Lhe agrediram?"

"Está grávida e a família lhe expulsou de casa?"

Muitos questionamentos.

Por fim, Estela se aproximou da mulher que estava usando um vestido tubinho curto e estava descalça.

"Viu o namorado pegando outra e saiu correndo sem pensar?"

-Moça? Você precisa de ajuda?

A mulher ficou em pé de imediato e virou-se para Estela com o olhar assustado.

"Foi agredida?"

E essa teoria ficou muito mais clara ao ver a marca de dedos em seu rosto.

-Eu estou desolada... Descobri que estou grávida e quando fui atrás do meu namorado para contar, vi ele beijando outra garota, fui pedir amparo para os meus pais e meu pai me esbofeteou quando eu contei da gravidez, e agora estou aqui perdida... Sem rumo.- Desabafou a ruiva.

"Caraca, fofoca completa."

-Olha... Minha casa ainda está um pouco longe se não eu te chamaria para ir comigo até se acalmar pelo menos... posso te ajudar de alguma outra forma?

-Por favor, vamos comigo até a casa dos meus pais, estou com muito medo e preciso buscar meu celular e às chaves do meu carro, se fizer isso por mim te dou uma carona ate a sua casa!- Pediu a ruiva em tom de súplica.

-Tudo bem, eu vou com você, e nem é pela carona viu!?- Estela falou de uma maneira divertida tirando um sorriso do rosto da moça.

A casa dos pais dela é no final da rua que ela veio correndo e a Estela agradeceu mentalmente, afinal ela já havia andado bastante e suas pernas já estavam doendo.

Chegando na casa do final da rua, havia um carro preto em frente e a Estela deduziu que aquele carro era da ruiva.

Antes de entrar na casa a ruiva deu um olhar para a Estela demonstrando seu medo.

Salva-meOnde histórias criam vida. Descubra agora