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Gustavo's Pov
Observo de longe minha esposa deitada no sofá. Ela permaneceu desmaiada por cerca de 15 minutos e posso dizer que pareceram horas. A sensação de não ter o que fazer é horrível.
- Gu? - a voz baixa de Ana Flávia chega em meus ouvidos.
Caminho até ela, ficando agachado em sua frente.
- Como você se sente agora, princesa? - pergunto, acariciando sua bochecha.
- Ainda um pouco enjoada - ela dá um sorrisinho - os paramédicos disseram que como eu não comi quase nada por conta do enjoo, minha pressão baixou e aí por isso o desmaio. Mas eu to bem.
- Que alívio ouvir isso, amor - respondo, sentindo um peso sair do meu peito.
A preocupação me consumia, e ver Ana Flávia ali, mesmo que um pouco debilitada, é melhor do que o cenário que imaginei quando ela desmaiou.
- O que foi? - ela pergunta, percebendo a expressão no meu rosto.
- Nada, só estava pensando em como sou sortudo por ter você - digo, tentando manter o clima leve.
Ana ri suavemente, a luz de seus olhos voltando aos poucos.
- Você sempre sabe o que dizer para me acalmar - ela murmura, pegando a minha mão. Sinto uma onda de calor percorrer meu corpo com esse gesto simples - me ajuda a sentar? Cansei de ficar deitada.
Ajudo Ana e permaneço ao seu lado. Percebo seu olhar perdido, acho que sei no que ela está pensando.
- Tá tudo bem com o bebê - digo e ela olha para mim - foi a primeira coisa que os paramédicos checaram, antes mesmo de você acordar. Também mandei mensagem para a doutora Magnólia, ela disse que isso é comum de acontecer, mas que você tem que tentar se alimentar bem.
Ana Flávia respira fundo, tentando absorver a informação. Seus olhos brilham com uma mistura de alívio e preocupação.
- E você? Como está se sentindo com tudo isso? - ela pergunta, sua voz suave, mas cheia de preocupação.
- Eu? Estou bem, só preocupado com você e o bebê - confesso, olhando nos olhos dela. - Mas agora que você está acordada, isso é o que importa. Podemos enfrentar tudo juntos.
Ela sorri, mas logo sua expressão se torna séria.
- Como é que está lá fora? Vamos conseguir sair?
- Bruna tá tentando resolver, tá cheio de jornalistas querendo saber o que aconteceu, melhor esperar amenizar, assim vamos conseguir ir embora - digo
- Eu não queria que isso virasse um espetáculo, Gu - Ana Flávia diz, apertando minha mão com força - Eu só queria aproveitar essa fase de maneira tranquila, longe da pressão da mídia.
- Eu sei, amor, eu também queria isso. Mas você sabe como as coisas são, agora vão cair em cima de nós querendo descobrir o que aconteceu. Seja o que acontecer, nós vamos enfrentar isso juntos.
Ana sorri e junta nossos lábios em um selinho rápido.
No momento seguinte, Bruna entra no camarim com uma expressão animada.
- Ótimas notícias! Consegui mandar todos os jornalistas embora, agora vocês vão poder chegar até o hotel em paz.
———x———
Saio do banheiro e encontro Ana deitada na cama mexendo no celular. Coloco uma roupa e me junto a ela.
- Já tão falando sobre o show - Ana me mostra seu Instagram - Léo Dias, Choquei e várias outras páginas. Muitas inclusive estão falando de gravidez.
- Minha mãe me falou que até saiu no jornal.
Ana desliga o celular e se aproxima, deitando em meu peito.
- O que a gente vai fazer?
- Bom, por agora você pode postar um story falando que foi só uma queda de pressão mas que já está tudo bem - digo, acariciando seu cabelo. A sensação de tê-la ali, tão perto, me traz um conforto que eu nem sabia que precisava.
Ana levanta a cabeça e me encara.
- Vou fazer isso, mas e depois? Esperamos até que esqueçam disso?
- Isso não vai acabar tão cedo. O que podemos fazer é na próxima consulta com a obstetra, perguntarmos se é seguro para o bebê anunciarmos a gravidez.
Ana Flávia grava o story, garantindo aos fãs que está bem. Nos ajeitamos na cama e, enquanto a luz do sol começa a nascer, uma sensação de tranquilidade nos envolve. O dia foi tumultuado, mas agora, juntos, conseguimos encontrar um momento de paz.
- Você sabe que isso não vai ser fácil, né? - ela diz, olhando para mim com um misto de preocupação e determinação.
- Eu sei, mas estamos juntos nessa. E quando o bebê chegar, todo esse barulho vai parecer distante. Vamos focar no que realmente importa: a nossa família - respondo, dando um beijo na sua testa.
Ana solta um suspiro profundo e se aconchega ainda mais em mim. O silêncio é confortável e nos permite refletir sobre tudo o que aconteceu.
- Eu só espero que as pessoas entendam que precisamos de privacidade - ela murmura.
- Vamos ter que ser firmes com isso. Se precisarmos, podemos limitar ainda mais o que compartilhamos nas redes sociais - sugiro.
Ela sorri levemente, mas logo sua expressão se torna séria novamente.
- E quanto à música? E os shows? Você vai conseguir lidar com tudo isso enquanto cuida de mim e do bebê?
- Eu vou fazer o que for preciso. A música é importante, mas nada se compara ao que estamos construindo juntos. Podemos dar uma pausa nos shows se for necessário - digo com sinceridade.
Ana me olha com gratidão nos olhos.
- Você é incrível, sabia? - ela sussurra.
Fico feliz em ouvir isso. Às vezes, eu me pergunto se estou fazendo o suficiente. .
Aproveitamos que não estávamos com sono para assistir a um filme leve e rir juntos. Quando o filme termina, Ana já está quase dormindo em meu braço.
- Amor? - sussurro suavemente.
Ela levanta a cabeça lentamente, com os olhos sonolentos.
- Humm?
- Você está bem mesmo? Está tudo certo com você e o bebê? - pergunto novamente.
Ela sorri e dá uma leve batidinha na minha mão.
- Estou sim, Gu. Estou aqui com você e isso já me faz sentir melhor.
Nos acomodamos sob as cobertas e logo adormecemos, envolvidos em nossos pensamentos sobre o futuro e as incertezas que ele traz. Mas uma coisa era certa: juntos enfrentaríamos qualquer desafio que viesse pela frente.