cansado

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S/n:
Era mais uma noite comum, e eu estava deitada no sofá, rolando pelo celular, enquanto Rodrick mexia no notebook na mesa da sala. Ele estava meio distante nos últimos dias, ocupado com a banda e outras coisas. No fundo, eu sabia que ele sentia falta de um tempo só nosso, mas nunca dizia nada. Rodrick nunca foi do tipo que fala sobre sentimentos abertamente, mas hoje algo estava diferente.

Eu percebi que ele estava mais quieto que o normal, seus olhos focados na tela, mas com uma expressão meio perdida. Fechei o celular e levantei, caminhando até ele.

— Tudo bem aí? — perguntei, passando as mãos suavemente pelos ombros dele.

Rodrick suspirou, tirando os olhos do notebook e olhando pra mim de lado. — Tô. Só... meio cansado.

Senti que não era só cansaço. Aproximei-me mais, passando os braços ao redor dele por trás da cadeira e deitando a cabeça no ombro dele.

— Certeza que é só isso? — murmurei perto da orelha dele, sentindo-o relaxar sob meu toque.

Ele hesitou por um momento, então largou o notebook de lado e segurou minhas mãos. — Eu só... sei lá. Acho que a banda, as coisas, tem me deixado meio... longe de você.

Sorri, beijando a bochecha dele. — Tá carente, Rodrick?

Ele riu de leve, o típico sorriso de canto que eu tanto amava. — Talvez.

— Vem cá — falei, puxando-o da cadeira, guiando-o até o sofá.

Rodrick se jogou ao meu lado, esticando as pernas e puxando-me para mais perto. Seus braços fortes me envolveram, e logo eu estava aninhada contra o peito dele. Eu sabia que ele não admitiria em voz alta, mas a forma como ele me segurava, apertando-me contra ele como se quisesse me ter ali o tempo todo, dizia tudo.

— Eu senti sua falta também, sabe — sussurrei, meus dedos brincando com os anéis que ele usava. Ele fez um som baixo, quase como um murmúrio, enquanto passava as mãos pelo meu cabelo.

— Desculpa por estar tão... ausente. — Ele me olhou nos olhos, sua voz rouca, sincera.

— Tá tudo bem. Eu entendo — falei suavemente, inclinando-me para beijá-lo. O toque dos lábios dele foi gentil no começo, mas logo ficou mais intenso, quase urgente. Ele segurou minha cintura, me puxando para cima de seu colo, e eu ri contra a boca dele.

— Tá vendo? Era disso que você precisava — provoquei, sentindo o calor do corpo dele debaixo de mim.

Rodrick riu de novo, dessa vez mais alto. — Não é só disso que eu preciso — ele respondeu, com uma pontada de malícia na voz, suas mãos deslizando pelas minhas costas.

Revirei os olhos, mas me ajeitei melhor no colo dele, passando os braços ao redor do pescoço de Rodrick. — Você sabe que pode falar comigo, né? Quando se sentir assim.

Ele assentiu, os olhos escuros me encarando de um jeito que fazia meu coração acelerar. — Eu sei. E eu vou tentar, prometo.

— Melhor — murmurei, antes de beijá-lo de novo, desta vez com mais suavidade, querendo que ele sentisse que, mesmo nos momentos de silêncio, eu estava ali.

Rodrick me apertou mais contra ele, e ficamos assim, abraçados no sofá, o calor e o conforto da proximidade fazendo todo o resto parecer menos importante.

𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔/𝑹𝒐𝒅𝒓𝒊𝒄𝒌 ENCERRADOOnde histórias criam vida. Descubra agora