Gustavo e Clara se aproximaram do grupo que estava causando problemas na festa, o clima tenso pairando no ar como uma tempestade prestes a desabar. O grupo, composto por alguns homens e mulheres, parecia ignorar completamente as regras e os limites que deveriam ser respeitados.
— O que está acontecendo aqui? — Gustavo interveio, sua voz firme e autoritária. Ele se posicionou de maneira a bloquear a passagem, com Clara logo ao seu lado, observando atentamente cada movimento.
— Relaxa, Gustavo. Estamos apenas nos divertindo — um dos homens, um sujeito alto e robusto chamado Marcos, respondeu, com um sorriso desdenhoso. — Não precisa ser tão rígido.
— O que não precisa ser rígido é você e seus amigos fazendo bagunça. Essa é uma festa privada, e vocês estão se comportando como se estivessem em um bar qualquer — Gustavo retrucou, seus olhos lançando um olhar ameaçador.
Marcos deu um passo à frente, desafiador. O clima estava prestes a esquentar.
— E quem vai me impedir? Você? — A provocação era clara, e Clara podia sentir a tensão elétrica entre os dois.
— Não quero que isso termine em violência, mas se você não se retirar agora, terei que chamar a segurança — Gustavo respondeu, sua voz controlada, mas carregada de autoridade.
Clara sentiu um frio na barriga, mas também uma onda de adrenalina. Era impressionante ver Gustavo se afirmar daquela maneira, mas o ambiente estava se tornando perigoso rapidamente.
— Você pode tentar, mas eu não tenho medo de você — Marcos disse, dando uma risada alta. Ele se virou para os amigos, como se estivesse buscando apoio.
Nesse momento, um dos amigos de Marcos, um cara de cabelo descolorido, começou a empurrar os convidados próximos, rindo e fazendo brincadeiras pesadas. Clara percebeu que a situação estava prestes a explodir.
— Gustavo, precisamos agir! — Clara sussurrou, tentando manter a calma.
Sem esperar uma resposta, ela deu um passo à frente, enfrentando o grupo.
— Escutem! Se não se comportarem, serão convidados a sair da festa, e não será de uma maneira gentil — sua voz era firme e determinada.
Marcos olhou para ela, surpreso, mas sua expressão logo se transformou em desdém.
— Olha só, quem é essa? A nova namorada do chefe? — Ele riu, provocando Clara.
Gustavo se colocou na frente dela, o olhar firme.
— Saia da frente, Marcos. Isso não é um jogo — ele avisou, mas sua voz não conseguiu disfarçar o nervosismo que começava a surgir.
— Quem você pensa que é? — Marcos avançou, encarando Gustavo de frente.
Antes que a situação pudesse se agravar, um barulho ensurdecedor ecoou. Clara virou-se rapidamente e viu um dos seguranças sendo empurrado para o lado. O grupo de Marcos começou a se dispersar, rindo e gritando, enquanto as coisas pareciam desandar.
— Não! Espera! — Gustavo gritou, tentando recuperar o controle da situação.
Os convidados começaram a se afastar, e os olhares se voltaram para o tumulto. Era um caos total. Clara se sentiu perdida, o coração acelerando enquanto os gritos e risadas se misturavam.
— Precisamos sair daqui! — ela disse, puxando Gustavo para longe do grupo problemático.
Gustavo hesitou, mas a determinação nos olhos dela o fez seguir. Enquanto se afastavam, um barulho alto surgiu de trás deles — um dos homens do grupo havia quebrado uma mesa de vidro ao tentar se mostrar mais forte.
— Isso não pode acabar assim! — Clara gritou, o pânico começando a se instalar.
Gustavo puxou-a para mais perto enquanto olhava por cima do ombro, percebendo que a segurança estava se aproximando, mas também que Marcos e seus amigos não estavam prontos para desistir.
— A festa acabou, e você não será mais bem-vindo aqui! — ele gritou, mas seu tom de voz foi coberto por um novo grito.
Marcos avançou, uma garrafa quebrada na mão, parecendo um homem desesperado. Clara e Gustavo rapidamente se colocaram em posição defensiva, o coração disparado.
— Você não pode me expulsar! — Marcos gritou, furioso.
— É melhor você se afastar — Gustavo ameaçou, seu corpo preparado para agir.
Mas antes que a situação se agravasse, a segurança finalmente chegou, agindo rápido. Dois seguranças se posicionaram entre Gustavo e Marcos, segurando os braços do homem que estava prestes a atacar.
— Você precisa ir embora agora — um dos seguranças disse, firme, enquanto os outros começavam a afastar o resto do grupo descontrolado.
Gustavo respirou fundo, sua postura relaxando um pouco, mas Clara ainda estava tensa ao seu lado.
— Você está bem? — ele perguntou, olhando para ela.
— Sim, mas o que foi isso? — Clara respondeu, ainda sem acreditar que a festa havia se transformado em um campo de batalha.
— Apenas uma demonstração de que nem todos estão prontos para se comportar como adultos — Gustavo disse, seu olhar pesado com uma mistura de preocupação e frustração.
Clara não pôde deixar de sentir que aquela cena não era apenas sobre a festa. Era uma revelação sobre o mundo em que Gustavo estava inserido. Um mundo repleto de poder, controle, e, agora, a possibilidade de perigos reais.
Enquanto os seguranças finalmente levavam Marcos e seu grupo para fora da mansão, Gustavo se virou para Clara, seus olhos encontrando os dela.
— Desculpe por isso. Eu não esperava que a festa tomasse esse rumo — ele disse, sua voz mais suave, embora a tensão ainda estivesse presente.
— Você tem que me contar mais sobre isso. Sobre você, sobre tudo — Clara insistiu, a curiosidade agora ofuscando o medo que sentira.
A noite, que começou como um jogo de poder, agora se transformava em um terreno de incertezas. Ambos estavam prontos para descobrir não apenas os segredos um do outro, mas também o que o futuro reservava para eles, em meio ao caos que começava a se desenrolar.
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Entre Olhares: Cúmplices de Paixão
RomanceEm Entre Olhares: Cúmplices de Paixão, Clara, uma mulher de espírito livre, cruza o caminho de Gustavo, um empresário poderoso e misterioso, dono de segredos sombrios e uma vida regada a excessos. Em um mundo onde controle e submissão são a regra, C...