Os dias seguintes foram de tensão crescente. Gustavo sabia que Leonardo estava tramando algo grande, e o fato de Clara estar na mira dos seus inimigos o deixava em alerta constante. Cada passo que ele dava era calculado, cada decisão precisava ser estratégica. Ele havia colocado mais seguranças discretos para monitorar Clara, mas sem que ela percebesse a gravidade da situação.
Naquela manhã, Gustavo estava no escritório da mansão, revisando os últimos relatórios de Fernando. As informações eram escassas, mas o suficiente para confirmar que Leonardo e seu grupo estavam se movimentando rapidamente. Um de seus informantes havia ouvido algo sobre um novo encontro, mas a localização ainda era incerta.
— Temos que fazer mais do que reagir, Fernando — Gustavo disse, sem levantar os olhos dos papéis. — Se continuarmos apenas esperando, eles vão agir primeiro. Precisamos antecipar.
Fernando, parado ao lado da mesa, assentiu. Ele sabia que Gustavo estava certo. A defesa só funcionava até certo ponto, mas eles precisavam de uma ofensiva, algo que pegasse Leonardo de surpresa.
— E sobre Clara? — Fernando perguntou, com cautela. — Ela ainda não tem ideia do que está acontecendo, certo? Gustavo balançou a cabeça.
— Não. E vai continuar assim. Não quero envolvê-la mais do que o necessário. A última coisa que ela precisa é viver com medo.
A conversa foi interrompida pelo som do telefone. Era uma ligação urgente, e Gustavo atendeu imediatamente. Do outro lado da linha, a voz tensa de um de seus seguranças trouxe notícias alarmantes.
— Senhor, algo aconteceu. Um dos carros que monitorava Clara foi atacado. Não temos muitas informações, mas parece que ela está desaparecida.
Por um momento, o mundo de Gustavo pareceu congelar. Ele sentiu o sangue ferver em suas veias, mas manteve a voz controlada.
— Como isso aconteceu? — ele exigiu, apertando o telefone com força.
— Foi uma emboscada. Alguém sabia exatamente onde e quando atacar. Perdemos contato com a equipe.
Fernando, percebendo a gravidade da situação, já estava se movendo rapidamente para coordenar uma resposta, mas Gustavo o interrompeu.
— Eu mesmo vou lidar com isso. Encontre qualquer rastro, qualquer pista de onde eles a levaram.
Fernando hesitou, mas sabia que discutir com Gustavo nesse momento seria inútil. Ele apenas assentiu e saiu da sala, enquanto Gustavo tentava controlar a raiva crescente dentro dele. Clara estava em perigo, e isso era inaceitável.
Na mansão de Leonardo, o ambiente era de vitória. Eles haviam conseguido. Clara estava em poder deles, e agora tudo o que restava era esperar Gustavo morder a isca. Leonardo estava sentado em sua sala de reuniões, observando as câmeras que mostravam Clara em um quarto isolado, ainda desacordada.
— Isso foi mais fácil do que pensei — comentou Vitor, com um sorriso arrogante no rosto. — Gustavo vai enlouquecer quando souber o que fizemos.
— Ele vai, sim — respondeu Leonardo, cruzando os braços. — Mas não podemos nos precipitar. Quero que ele venha até nós, que ele cometa erros. Clara é nossa maior vantagem agora, e não vamos desperdiçá-la.
Maurício, que havia coordenado o ataque, aproximou-se com uma expressão satisfeita.
— Ela está segura, por enquanto. Mas temos que tomar cuidado. Gustavo não vai aceitar isso calado.
Leonardo deu um leve sorriso.
— Não se preocupe. Ele não vai ter escolha a não ser seguir nossas regras.
O plano estava em pleno andamento, e Leonardo sabia que estava em vantagem. Gustavo estava prestes a cair na armadilha, e quando isso acontecesse, tudo o que ele havia construído estaria em ruínas.
De volta à mansão de Gustavo, a atmosfera era de preparação para guerra. Ele não podia mais esperar, e agora, tudo o que importava era encontrar Clara antes que algo pior acontecesse. Ele chamou Fernando e outros aliados de confiança para uma reunião urgente.
— Eles têm Clara — Gustavo começou, sem rodeios. — E vamos trazê-la de volta. Não importa o que for necessário.
Fernando, sempre o estrategista, fez um gesto de concordância.
— Estamos monitorando os movimentos deles, mas ainda não conseguimos localizar exatamente onde a estão mantendo. Precisamos de mais tempo.
— Tempo é algo que não temos — Gustavo retrucou, sua voz firme. — Quero todos os recursos possíveis nisso. Se for preciso, mobilizamos mais gente. Leonardo cometeu o maior erro de sua vida ao tocar em Clara, e eu vou destruir tudo o que ele tem por isso.
A batalha entre Gustavo e Leonardo estava prestes a atingir seu ápice, e ambos os lados sabiam que não havia mais espaço para erros.
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Entre Olhares: Cúmplices de Paixão
RomanceEm Entre Olhares: Cúmplices de Paixão, Clara, uma mulher de espírito livre, cruza o caminho de Gustavo, um empresário poderoso e misterioso, dono de segredos sombrios e uma vida regada a excessos. Em um mundo onde controle e submissão são a regra, C...