Capítulo 30

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Lola

Sexo era algo natural para mim. Quando perdi minha virgindade aos quinze, eu tinha decidido que transaria apenas com caras que eu gostasse. E fiz isso por um tempo. Ao chegar na faculdade descobri outra coisa que me levava a querer transar: tesão.

Como uma garota do interior que cresceu numa cidade relativamente pequena, ir para Kennesaw State e encontrar aquele monte de homem bonito mexeu com os meus hormônios. Era diferente. A maioria dos caras com quem eu transei no meu ano de calouro eram mais experientes que os garotos da minha cidade. O toque era diferente e eu sempre ansiava por mais dele.

Sexo se tornou mais do que uma demonstração de amor entre duas pessoas. Se tornou uma fonte de prazer e relaxamento inigualável. Claro, eu tive minha cota de transas ruins. Mas de maneira geral, eram quase todas boas.

E havia a transa espetacular. A melhor transa da minha vida. Justamente com quem não deveria.

Antes de Apolo, minha melhor transa era com Salvatore. Não porque eu o amava ou porque ele era meu namorado, mas Salvatore sabia ler meu corpo como ninguém tinha feito antes. Era por isso que eu sempre estava suscetível a cair nos seus encantos e ter recaídas.

Agora, Apolo Sinclair ocupava esse cargo.

E diferente de Salvatore, Apolo nem precisava me tocar para que eu ficasse excitada. Por mais safada que eu fosse, sempre foi preciso pelo menos um beijo pra me deixar animada. Mas Apolo só precisava me olhar.

Era uma maldição ou uma benção? Talvez um pouco dos dois.

Empurrei Apolo contra a porta do meu escritório. Nesse horário, todos estavam na aula e eu tinha tirado um tempo para rever alguns vídeos de jogos dos times que íamos enfrentar, até Shelley me ligar e me distrair. Deletei esse pensamento da minha mente, quando suas mãos seguraram meus quadris.

Cacete, eu já podia sentir a umidade na minha calcinha e ele nem tinha feito nada! Tantos anos sendo sexualmente ativa para me derreter desse jeito sem ganhar sequer um beijo.

Mas sendo sincera, quem precisava de um beijo olhando para o rosto do Apolo? Hoje havia um leve sombra de pelos dourados em sua mandíbula, ele usava uma camiseta branca que ficava meio justa em seu peito e calças jeans. Ah, e as botas que ele usava para trabalhar também me excitavam. Um dia, eu o convenceria a me foder no celeiro. Cobrindo seus cabelos dourados, estava o chapéu Stetson branco que ele sempre usava para trabalhar.

Sexy para caralho.

Eu não sabia o que eu tinha feito de certo para ter tirado a sorte grande de atrair Apolo, mas eu iria aproveitar enquanto pudesse.

Sorrindo, eu deixei minhas mãos entrarem por dentro da sua camisa.

Eu o estava distraindo com sexo? Sim. Ele sabia disso? Sim.

Então, estava tudo bem.

Aproximei meu rosto do seu pescoço, sentindo o leve cheiro do perfume que ele usava. Nunca fui boa em identificar perfumes, mas eu gostava do cheiro dele. Era algo amadeirado e isso era tudo o que eu reconhecia. Seja lá qual fosse a fragrância, para mim era apenas o cheiro do Apolo.

O que eu deveria fazer com ele? Eu tinha muitas ideias e fantasias a serem realizadas. Por qual eu deveria começar?

— Não vou ganhar nem um beijo primeiro? – sua voz me tirou do transe e eu o encarei. Seus olhos azuis estavam escuros. Ele me queria.

— Boa ideia. – falei e lhe dei meu melhor sorriso sacana. Apolo tinha acabado de decidir qual fantasia eu realizaria primeiro. Então, sem dar tempo para ele reagir, eu me ajoelhei na sua frente.

As Batidas Do Seu Coração (The Heartbreakers #4)Onde histórias criam vida. Descubra agora