Capítulo 26

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Apolo

Tinha sido um borrão.

Após descermos da roda gigante, depois da queima de fogos, tudo tinha sido um grande borrão para mim. Tudo o que eu me lembrava claramente eram dos toques dela em mim e dos seus beijos, enquanto eu dirigia o carro de volta para minha casa.

O que nos trazia ao agora.

Abri a porta da minha caminhonete, do lado do passageiro onde Lola estava me encarando, seus olhos verdes brilhavam mesmo no escuro e sem pensar, eu apenas a peguei no colo. Ela deu um gritinho e agarrou meu pescoço, se apoiando. Me afastei do carro e empurrei a porta com o pé, a levando pela escada até a porta da minha casa. Palavras não eram necessárias entre nós nesse momento.

Eu sentia isso no ar. Lola sabia o que ia acontecer quando entrássemos, assim como eu. E nós dois estávamos ansiosos, esperando por isso.

Assim que abri a porta e entramos na sala escura da minha casa, ouvi o suspiro dela. O silêncio nos recebeu. Não havia ninguém em casa além de nós dois. Mesmo no breu que era a sala, eu conseguia ver seu rosto e o formato dos seus lábios cheios que pareciam um coração. Lola se moveu no meu colo, mudando sua posição.

Dessa vez, suas pernas estavam ao redor da minha cintura, seu peito tocando no meu e seu rosto apenas alguns centímetros de distância. Suas mãos se apoiaram na minha nuca e as minhas foram para suas coxas, que estavam descobertas já que o vestido tinha subido.

O sorriso que eu conhecia e fazia meu coração bater acelerado surgiu em seus lábios. Era provocante e cheio de promessas que eu estava louco para descobrir.

— Apolo. – ela sussurrou. Se havia algo mais a ser dito, ela não conseguiu porque minha boca cobriu a sua com urgência. Havia tanta necessidade dela dentro de mim que eu não sabia como controlar. Fazia um bom tempo que eu pensava sobre isso. Sobre como seria ter ela em meus braços.

A percepção de que eu estava apaixonado por ela só tornava tudo mais intenso. Eu queria gravar seu cheiro em mim e meu toque em sua pele.

As pernas de Lola apertaram mais ao redor da minha cintura e minhas mãos subiram para sua bunda descoberta e a apertaram. Ela se afastou um pouco, seus olhos verdes escuros e nublados. Sua respiração ofegante e quente batia no meu rosto.

A necessidade e ânsia que eu tinha dela apenas parecia crescer mais e mais. Por isso, eu a puxei de volta e a beijei. Lola gemeu na minha boca, mordendo meu lábio com força e suas mãos se embrenharam pela minha nuca até meus cabelos, onde ela segurou e me puxou mais contra si. Ela também estava tão desesperada por isso quanto eu. Quanto mais eu a beijava, mais intensa Lola ficava e isso estava me deixando duro pra caralho.

Com alguns passos, eu a tive presa entre eu e a parede. As mãos de Lola entraram em minha camisa, arranhando meus ombros. Mordi e chupei seu lábio inferior na minha boca, calando seus gemidos e suas pernas apertaram ao meu redor, me puxando mais contra ela e seus quadris começaram a se mover, esfregando contra a minha ereção.

Meu pau doía e ter Lola se esfregando nele apenas piorou as coisas. Caralho, eu a queria tanto que sentia que poderia morrer. Quando o ar nos faltou, finalmente nos afastamos e Lola caiu para trás se apoiando na parede. De alguma forma, a luz da sala estava acesa. Tínhamos batido no interruptor sem perceber e eu consegui ver seu rosto avermelhado, as pupilas dilatadas e a forma como seu peito subia e descia com a respiração descompassada.

Isso atraiu meu olhar para seus seios e os mamilos endurecidos que apareciam através do tecido do vestido. Não resisti em apertar um dos mamilos entre meus dedos e Lola jogou a cabeça para trás, gemendo baixo e mordendo o lábio inferior em seguida.

As Batidas Do Seu Coração (The Heartbreakers #4)Onde histórias criam vida. Descubra agora