As Batidas Do Seu Coração (The Heartbreakers #4)

Capítulo 33

Apolo

Segurei a mão da Lola, ajudando ela a descer do cavalo. Assim que seus pés tocaram o chão, ela olhou ao redor do pequeno morro que tínhamos subido e sorriu largamente.

Era uma visão linda. Ela era linda.

Os olhos verdes brilhavam enquanto ela assistia a paisagem. Daqui dava para ver a minha casa, quilômetros de pasto verde e o celeiro que ficava ao lado da casa. A fábrica e o escritório ficavam um pouco mais abaixo e dessa colina não dava para vê-los. Ainda estava cedo, mal passava das sete da manhã mas o sol estava fazendo seu trabalho, por isso eu tirei meu chapéu Stetson branco e o coloquei sobre a cabeça de Lola.

— Pra quê isso? – ela me perguntou, ajeitando o chapéu na cabeça e eu sorri. Ela ficava linda de qualquer jeito. Hoje ela estava usando um short jeans, uma camiseta branca que parecia grande demais para ela e as botas texanas que ela adorava.

— Te proteger do sol.

— E você? – eu dei de ombros e apontei para mim mesmo.

— Acho que um pouco de sol não vai me afetar muito. – eu tinha passado muitos anos trabalhando sob o sol, minha pele tinha perdido a cor natural dela a muito tempo e agora eu apenas tinha o bronzeado que me acompanhava desde que eu comecei a trabalhar na fazenda. — Você se saiu bem para a primeira vez andando a cavalo.

— Levamos quase uma hora para vir da sua casa até aqui, Apolo. – ela disse rindo. Era verdade. Eu não levaria mais do que dez minutos para chegar aqui, mas decidi vir no ritmo dela porque não queria que Lola se machucasse ao tentar me acompanhar. — Mas valeu a pena.

— Gosto de vir aqui. É meu lugar favorito na fazenda.

— Sério? – eu apenas assenti. — E por que me trouxe aqui?

— Porque você é minha pessoa favorita, coração. Pareceu certo. – eu disse sem hesitar e Lola desviou os olhos. Um rubor leve coloriu suas bochechas.

Lola não poderia evitar a verdade por muito tempo. Eu estava apaixonado por ela. Em algum momento, ela teria de reconhecer isso.

— Você também é minha pessoa favorita, Apolo. – ela murmurou, tão baixo que eu quase não ouvi. Meus olhos foram direto para ela e Lola me encarou. — Por que você me chama de coração?

Eu tinha muitas respostas para essa pergunta. Mas não achava que Lola estava pronta para nenhuma delas.

Como eu diria que a chamava assim porque meu coração voltou a bater por ela? Ou que meu coração era dela?

— É segredo. – foi o que eu respondi e isso me rendeu uma careta. — Há mais lugares que eu quero te mostrar.

— Em que momento você vai me mostrar a sua cama?

— Você só pensa nisso?

— Quando eu tô com você? Sim.

— Não sei se fico ofendido ou lisonjeado.

— Você escolhe, eu ganho de qualquer jeito. – ela deu de ombros e se aproximou de mim. Seus braços foram ao redor da minha cintura, me abraçando. — Vi um vídeo um tempo atrás que falava que havia uma regra para o chapéu de um cowboy.

— Que regra? – perguntei confuso e ela me deu um sorriso malicioso. Seja lá o que fosse sair daquela boca gostosa, seria algo que me chocaria.

— Quem usa o chapéu, monta o cowboy.

— De onde você tira essas coisas? – respondi, balançando a cabeça sem esconder meu sorriso.

— Essa foi da internet. – ela piscou para mim e se afastou um pouco. — É engraçado como uma paisagem tão verde pode me trazer tanta paz.