15. Hedonê

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Mental Diary - Jeon Jungkook

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Mental Diary - Jeon Jungkook

Não planejei, mas foi inevitável.

Seu perfume levou meu cérebro a explorar mais daquele cheiro, como uma droga para um viciado, fui buscando mais ao deslizar disfarçadamente o nariz sobre a pele coberta pelo tecido.

Quando me dei conta, já tinha ultrapassado o limite da minha sanidade.

Tive a chance de parar naquele instante, mas tudo tem mudado com tanta frequência, problemas e soluções surgindo em cascata que apenas me permiti.

Comecei beijando seu ombro sobre a malha preta, selos pacientes sentindo a temperatura mais humana de um coração quente envolto em uma casca glacial. Alcancei seu pescoço, devagar, seus batimentos eram notáveis pelos meus lábios, em volume frenético, veloz, combinando com a sua personalidade. Mas seus olhos e a respiração correspondiam ao meu tempo.

Cheguei na linha do seu maxilar, a caminho do seu queixo, sem pressa, a boca hipersalivava um sabor de vontade como uma paixão correspondida e rara, a delicadeza do tempo pedia para aproveitar o todo daquela visão de entrega, uma alma livre, uma mente desarmada, um corpo suscetível e entregue as batidas

Minha pulsação paciente passou a dialogar no mesmo ritmo que a sua quando o perigoso sinal entre o seu queixo e os seus lábios foram alcançados, seus olhos fechados como o próprio coração, o meus completamente abertos porque por nenhum diamante no mundo eu perderia a oportunidade de registrar na minha memória eternizada os beijos do homem que só eu conheci.

Parei.

Recebi um olhar que nunca tive, uma respiração funda em uma aproximação mais perigosa que a minha realidade, meu olhar perdido entre seus olhos e seus lábios, já estava agachado na sua frente, como em uma reza silenciosa para que os céus prolongasse aquele momento. Sentado ao chão, desencostou as costas do móvel que aparava seu peso, tirou uma mecha que acortinava meu olho direito, o caminho da palma sem retorno encontrou a minha nuca e trouxe minha boca a encaixar na sua.

O contato o fez inspirar todo ar que conseguiu. Eu não estava diferente, mas estava concentrado em não perder aquela memória porque, ainda que ela só existisse uma vez, eu a viveria para sempre.

Perdi.

Meus olhos fechados me mostravam que tudo que eu tinha experimentado até hoje foi um ensaio. Estava tendo a língua sugada por um desejo que despia minha alma, me desarmava, sugava minha intelectualidade e limitações.

Não era delicado, não era romântico, não era sutil.

Era intenso, era preciso e era avassalador.

Sentir vergonha por ter uma ereção por tão pouco. Tudo que tinha além do beijo era sua mão direita em um toque bruto no meu pescoço. E eu já estava entregue numa dimensão vergonhosa.

Diamond MindOnde histórias criam vida. Descubra agora