-4

0 0 0
                                    

Entrei em casa e vi minha mãe chorando, fui até ela e a abracei, ela estava pálida e com a respiração ofegante.

-Sra.K: Onde você estava?
-NJ: Estava com a Lili, o que houve?
-Sra.K: O seu pai Namjoon ele teve um ataque cardíaco enquanto estava na loja.
-NJ: Como assim? onde ele está?
-Sra.K: Está ali.

Apontou para a ambulância.
Eu corri até lá mas não me deixaram chegar perto, pude ver meu pai por dentro de um saco prateado e um policial me afastando para que os paramédicos pudessem levá-lo até o hospital.
Pude sentir o gosto salgado das minhas lágrimas e meu nariz entupir na mesma hora, eu precisava ser forte, a partir desse momento éramos apenas eu e minha mãe, uma mãe que recém havia se despedido do filho para guerra e que acabara de perder o marido.
Eu fui até minha mãe e a abracei com força enquanto sentia minhas pernas fracas e dor pelo corpo inteiro.

-NJ: Mamãe: eu cuidarei de tudo, assumirei a responsabilidade da nossa casa e cuidarei do velório.

-Elizabeth

Quando o Namjoon foi embora, meu pai me arrastou para dentro de casa e ele estava nervoso mas me abraçou.

-Lili: Papai, o que houve?

Ele demorou a responder.

-Sr.P: Querida o Kim, pai do Namjoon faleceu hoje mais cedo, ele teve uma parada cardíaca enquanto limpava algumas câmeras na loja.
-Lili: O que? O senhor não está falando sério.
-Sr.P: Eu jamais brincaria com isso querida.
-Lili: Papai, me leve na casa dos Kim.
-Sr.P: Eu vou pedir para o motorista ligar o carro, pegue um casaco.

Entramos no carro e fomos em direção à casa dos Kim, tocamos a campainha e a empregada atendeu, pedimos para que ela chamasse o Namu, ele desceu as escadas lentamente e bastante abatido,.

-NJ: Querida, o que faz aqui?
Corri para abraçá-lo
-Lili: Eu vim assim que soube, como sua mãe está?
-NJ: Ela está no quarto, a enfermeira deu alguns remédios para ela dormir.
-Lili: Papai, posso ficar aqui?
-Sr.P: promete não voltar tarde?
-NJ: Cuidarei dela senhor.

Então o homem saiu pela porta.
Lili sentou-se no sofá e eu fui pegar alguns biscoitos para ela, quando voltei ela estava olhando nosso álbum de fotografias de infância, me sentei ao seu lado e olhamos todas as fotos, eu as olhava com os olhos lacrimejando, não teria mais meu pai comigo.
Passamos a tarde conversando e era a melhor sensação estar com a garota que eu amava mas estava ficando tarde e então resolvi levá-la até sua casa.
Quando voltei, foi quando a ficha começou a cair, eu não teria mais pra quem contar sobre meu dia, não teria mais meu pai para me ensinar coisas de homem e não teria mais o abraço do meu pai, a partir dali seríamos eu e minha mãe, em breve eu faria 18 anos e teria que me apresentar ao exército, teria responsabilidades de homem adulto e me perguntava se era justo com a Elizabeth, era justo dividir meus problemas com ela?

Comandante Kim.Onde histórias criam vida. Descubra agora