𝟎𝟖

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𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐎𝐙

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𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐎𝐙

Eu sempre soube que a praia era o meu refúgio, mas também o meu palco

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Eu sempre soube que a praia era o meu refúgio, mas também o meu palco. O lugar onde eu podia ser eu mesma, forte, no controle de tudo, sem deixar espaço para ninguém atravessar minhas barreiras. Estava acostumada a ter o poder nas mãos, e hoje não seria diferente, mesmo com Chico ao meu lado, tentando entender o que se passava por trás do meu sorriso.

— Você vem muito pra cá? — ele perguntou, casual, mas eu sabia que ele estava querendo me conhecer mais. Todos querem, mas nem todos conseguem.

Olhei para o mar, sentindo a brisa refrescante. Aqui, eu podia ser mais livre, mas ainda assim, minha liberdade era só minha.

— Sempre que posso — respondi, mantendo o tom leve. — A praia me traz paz, sabe? Mas também gosto de estar onde eu me sinto no controle.

Chico riu baixinho, e eu sabia que ele tinha pegado a indireta. Ele estava aprendendo, pelo menos.

— E você sempre tá no controle, né? — Ele tentou me provocar, achando que podia me fazer ceder de alguma forma.

Virei o rosto, encarando-o com um meio sorriso. Homens acham que podem mudar isso em mim. Nunca entendem que eu não deito pra ninguém.

— Sempre. E você? — perguntei, devolvendo o olhar. — Tá acostumado a ter tudo nas mãos?

Ele riu de novo, mas dessa vez parecia um pouco mais sem jeito.

— Na verdade, não. Mas com você, parece que tá sempre um passo à frente.

Era engraçado como eles sempre tentavam achar um jeito de entrar, de quebrar essa barreira que eu ergui com tanto cuidado. Mas, por mais que eu quisesse relaxar, o controle ainda era meu.

O silêncio se instalou por um tempo, mas não era desconfortável. Talvez ele estivesse pensando no próximo movimento, talvez estivesse esperando que eu baixasse a guarda. Mas isso não ia acontecer.

— Quer entrar na água? — ele perguntou, como se estivesse oferecendo algo simples.

Olhei pra ele de cima a baixo, me divertindo com a tentativa de descontração. Ele não sabia que, mesmo nas coisas pequenas, eu sempre tinha a última palavra.

— Só se você conseguir me acompanhar. — Respondi, desafiadora, sem dar tempo para ele responder. Levantei-me e segui direto em direção ao mar, deixando claro que, mais uma vez, eu estava no comando.

Senti o olhar dele nas minhas costas enquanto caminhava. Era sempre assim. Eles olhavam, tentavam entender, mas no final, eu continuava sendo um mistério. E eu gostava disso.


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⏰ Última atualização: 18 hours ago ⏰

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𝐈𝐍𝐅𝐑𝐀𝐍𝐆𝐈𝐋𝐈𝐁𝐄- 𝐂𝐇𝐈𝐂𝐎 𝐌𝐎𝐄𝐃𝐀𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora