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𝐂𝐇𝐈𝐂𝐎 𝐌𝐎𝐄𝐃𝐀𝐒
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Eu estava sentado no sofá da sala, mexendo no celular sem muito foco, quando a notificação chegou. Era da Maya. Por um momento, meu coração acelerou. Eu sabia que ela tinha visto minha mensagem, mas não sabia se ia responder.
"Mais ou menos. Desculpa por ontem, tá?"
Franzi o cenho, tentando entender o que ela queria dizer. Eu sabia que a balada tinha dado o que falar, mas não era isso que me importava.
"Não precisa se desculpar. Tá tudo bem mesmo?" —
Respondi rápido, porque eu precisava que ela soubesse que não estava julgando nada.
A resposta demorou um pouco. Quando chegou, parecia que ela estava escolhendo cada palavra com cuidado.
"Não sei como explicar... eu não sou uma pessoa que confia fácil, sabe? Relação, pra mim, é complicado. Acho que é por causa dos meus pais. Eles me deixaram com umas cicatrizes que até hoje eu não consegui superar totalmente."
Li aquilo algumas vezes, sentindo o peso do que ela estava me contando. Não era fácil pra ela se abrir, dava pra perceber. Eu respirei fundo antes de responder, porque queria que ela soubesse que eu estava ali pra ela.
"Eu entendo, Maya. De verdade. E quero que saiba que não precisa ser diferente pra mim. Eu quero te conhecer, sabe? Com tudo isso que você carrega, com seus traumas, com o que te faz quem você é. Não importa como. Eu quero você."
A resposta dela não veio imediatamente, mas eu não me incomodei. Sabia que ela precisava do tempo dela. Fiquei imaginando como ela estava se sentindo. Era difícil abrir essas portas, eu sabia bem disso.
Quando finalmente o celular vibrou de novo, foi com uma mensagem curta:
"Obrigada, Chico."
Sorri de leve. Eu sabia que ela ainda tinha muito o que enfrentar, mas, pelo menos, eu estava começando a ganhar a confiança dela.