Capítulo 14: Confissões e Emergências

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Jade e Max estavam caminhando juntos, aproveitando o ar fresco da manhã seguinte ao aniversário. Max parecia pensativo, enquanto Jade, despreocupada, se divertia com as memórias da festa.

— Jade, você sabe o que fez ontem, né? — perguntou Max, olhando de lado para ela com um leve sorriso.

Jade, inocente, franziu a testa e respondeu com uma risada: — Além de derrubar o bolo e causar aquela bagunça? Nada demais! Por quê?

Max parou e olhou diretamente para ela, tentando esconder o riso: — Você disse que a gente vai casar.

Jade arregalou os olhos e soltou uma gargalhada: — Mentira, Max! Eu nunca diria isso!

Max riu junto com ela, balançando a cabeça: — Ah, mas disse sim! E o mais engraçado é que todo mundo ouviu. O pessoal ficou em choque. Meu pai, por exemplo, mudou de cor umas dez vezes. Primeiro vermelho, depois verde... Achei que ele ia virar o Hulk de tão nervoso! — Ele riu de novo, enquanto Jade colocava as mãos na boca, surpresa e envergonhada.

— Não acredito! E o que mais aconteceu? — perguntou Jade, ainda rindo, mas agora curiosa.

Max continuou: — Bem, parece que a Nina ficou impressionada com a novidade. E seus pais? Perguntaram alguma coisa pra você?

Jade balançou a cabeça: — Não, eles não disseram nada. Mas está tudo bem, né? — perguntou ela, meio hesitante, agora um pouco mais séria.

Max olhou para ela com carinho e, sorrindo, deu um beijo suave em sua bochecha: — Está tudo bem sim, Jade.

Antes que pudessem continuar a conversa, um dos funcionários da fazenda, correndo aflito, se aproximou com urgência.

— Max! Jade! O Liberdade... algo está errado. Ela começou o trabalho de parto, mas não está conseguindo ter o potro! Parece que não tem forças.

O rosto de Jade ficou branco. Liberdade era a égua que ela mais amava, e a ideia de algo dar errado no parto a deixou angustiada.

— Não! — exclamou Jade, já começando a correr em direção ao estábulo.

Max foi logo atrás, com o coração acelerado. Quando chegaram ao local, Liberdade estava deitada no chão, visivelmente exausta e em dor. Os trabalhadores da fazenda estavam ao redor, sem saber exatamente como ajudar. O ar estava pesado de preocupação.

— Max... o que a gente faz? — Jade perguntou com a voz trêmula, tentando segurar as lágrimas que ameaçavam cair.

Max, percebendo a gravidade da situação, se aproximou de Liberdade, examinando rapidamente o estado da égua.

— O potro está virado... precisamos ajudar, senão ela não vai conseguir sozinha. — Max disse com calma, mas sua voz carregava a tensão da situação.

Jade se ajoelhou ao lado de Liberdade, acariciando a cabeça da égua com carinho. Ela sussurrava palavras suaves, tentando acalmá-la, enquanto Max se preparava para intervir. Os outros funcionários se afastaram, dando espaço para ele trabalhar.

— Vai ficar tudo bem, Liberdade... — Jade repetia, sua voz trêmula mas determinada.

Max olhou para Jade com seriedade, e disse: — Eu vou precisar que você me ajude, Jade. Não vai ser fácil, mas se fizermos isso juntos, ela vai ficar bem.

Jade respirou fundo, tentando conter o nervosismo, e assentiu com firmeza.

Max, com habilidade e precisão, começou a orientar Jade e os demais sobre como posicionar Liberdade. Era um procedimento delicado, mas Max estava confiante, embora o peso da responsabilidade estivesse sobre seus ombros.

O tempo parecia se arrastar, cada segundo mais angustiante. A cada comando de Max, Jade seguia com atenção, apesar do medo em seu peito. Liberdade continuava a gemer de dor, enquanto o potro lutava para nascer.

Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, o esforço de todos foi recompensado. Max, com habilidade e determinação, conseguiu reposicionar o potro, permitindo que Liberdade fizesse o resto.

— Agora... vamos, garota, você consegue... — Max sussurrou, encorajando a égua.

Com um último esforço, Liberdade deu à luz um potro saudável. Jade mal conseguia acreditar no que via — o pequeno cavalo, ainda molhado e tremendo, tentava se levantar.

— Conseguimos! — Jade exclamou, suas lágrimas agora de alívio. Ela se ajoelhou ao lado de Liberdade, acariciando a mãe e o recém-nascido. — Você conseguiu, Max! Você salvou eles!

Max, suado e exausto, sorriu para Jade. Sua voz saiu suave e emocionada: — A gente fez isso juntos.

O grupo ao redor suspirou aliviado, enquanto Max e Jade ficavam lado a lado, admirando o pequeno milagre diante deles. O vínculo entre os dois parecia ainda mais forte, como se o momento de tensão e superação os tivesse unido de uma forma que nenhum dos dois poderia prever.

Max, então, olhou para Jade com um sorriso, agora mais leve: — Acho que essa foi a confissão de amor mais emocionante que já fiz, não?

Jade sorriu, ainda emocionada, mas brincou: — Ah, você ainda me deve uma proposta de verdade!

Ambos riram, aliviados, enquanto observavam o potro dar seus primeiros passos. Aquele dia, marcado pela preocupação e pelo milagre do nascimento, seria lembrado como um dos momentos mais importantes da vida de Jade e Max — não só por salvar a vida de Liberdade e seu potro, mas por perceberem que o que sentiam um pelo outro estava crescendo de forma inesperada.

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