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Ser Humano ou Anjo - Matheus & Kauan ▶️ (Não revisado**)

"Parece não ser desse mundo
Por que você sabe de tudo

Não sei, se é ser humano ou se é um anjo
Exagero é falar de você
Passo meu tempo te admirando
Só queria saber
Se é ser humano ou se é um anjo"

Narradora POV

As malas estavam no porta-malas do carro, e a sensação de partida preenchia o peito de S/n. Ela já havia se despedido de várias pessoas, já tinha deixado para trás suas expectativas e decepções, e agora o mundo estava diante dela.

Seu próximo destino, depois da Itália, era a Grécia.Assim que chegou, o calor do Mediterrâneo a envolveu. Caminhar pelas ruas estreitas de Atenas, entre colinas e monumentos históricos, era como voltar no tempo. O vento suave que vinha do mar trazia o cheiro de sal e a promessa de liberdade. S/n se apaixonou imediatamente pelas cores vibrantes da arquitetura, pelas tabernas escondidas e pelos olhares curiosos dos moradores.

Ela passava as tardes sentada em cafés, observando as pessoas, ouvindo conversas em grego, tentando absorver cada momento. Não foi só a comida que a conquistou – o azeite de oliva fresco, o queijo feta salgado, e as porções generosas de moussaka – mas também a generosidade das pessoas. Sempre havia um sorriso, uma mão estendida, e uma palavra de encorajamento.

Após dias em Atenas, S/n viajou para Santorini, onde o azul do mar se encontrava com o branco das casas, e as tardes pareciam se arrastar sob o sol dourado. Nas longas caminhadas pela costa, ela se permitia refletir sobre tudo: Júlia, o que havia deixado para trás e o que esperava encontrar. Mas logo as reflexões eram substituídas pela imensidão ao redor, pelas cores e pela energia da Grécia.

Turquia

Deixando a Grécia, S/n seguiu para a Turquia. A chegada em Antalya foi como ser recebida por uma mistura vibrante de culturas. O azul profundo do Mar Mediterrâneo refletia o calor do lugar. As montanhas ao fundo e as praias intocadas davam a sensação de que o mundo era mais vasto do que S/n jamais poderia imaginar.

Mas foi em Istambul que ela se perdeu de verdade, e talvez, onde se encontrou mais profundamente. A cidade, dividida entre o Oriente e o Ocidente, ressoava com uma energia única. O chamado para a oração, vindo das mesquitas, se misturava ao som dos vendedores ambulantes nas ruas, criando uma melodia que S/n nunca havia ouvido antes.

Ela visitou o Grand Bazaar, onde as cores das especiarias e os tecidos brilhantes tomavam conta de seus sentidos. Comprou pequenas lembranças, uma pulseira aqui, um tapete pequeno ali, para lembrar daqueles momentos.

Em Ancara, ela conheceu um grupo de estudantes que a convidou para um café. A conversa fluía entre inglês e turco, e S/n aprendeu algumas palavras. "Merhaba", "Teşekkürler", e outras frases que se tornaram essenciais para ela. A cultura turca fascinava S/n, e a ideia de aprender mais sobre o povo e suas tradições a fez se apaixonar ainda mais pelo país.

França

Ao sair da Turquia, S/n se viu no coração da França. Paris era como sempre imaginou: romântica, artística e vibrante. O ar parecia carregar a beleza dos séculos, e cada esquina trazia uma nova descoberta. Ela passava horas nos museus, especialmente no Louvre, onde perdeu a noção do tempo diante de obras que sempre quis ver de perto. As pinturas a tocavam de uma forma diferente agora. Talvez fosse a viagem, talvez fosse o momento, mas tudo parecia mais profundo.

Em uma das noites, ela foi a uma balada em Montmartre, onde a música francesa a fez sentir que estava dançando em outro ritmo, um que a vida havia criado especialmente para ela. O som dos acordeões, misturado com o ritmo eletrônico moderno, a transportava para uma versão de si mesma que não tinha medo de se perder e de ser livre.

Mirrors - Júlia Kudiess|S/n DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora