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Oie, eu tive um problema na hora de postar o capítulo 24! Não sei porque mas não esta na ordem, então na hora de ler, tome cuidado para não ficar fora de ordem .

🩷

O despertador soou, anunciando o início de mais um dia, mas Mariana não se sentia exatamente preparada. Após a noite passada, o cansaço e a confusão ainda pairavam sobre ela. Ela se levantou, tentando afastar os pensamentos de Daemon e o que havia acontecido entre eles.

Depois de se arrumar rapidamente, desceu e saiu de casa, encontrando Will encostado no carro, esperando por ela com aquele sorriso despreocupado que sempre a fazia se sentir segura. Ela abriu um sorriso em resposta, sentindo uma mistura de alívio e culpa.

"Bom dia, gatinha ," ele a cumprimentou, destravando o carro para que ela entrasse.

No caminho, a conversa foi leve e casual. Will contava sobre as aventuras do final de semana enquanto a garota  ria, mas ele não pôde deixar de notar algo em seu pescoço — um hematoma quase imperceptível, mas que, para ele, era evidente o suficiente. O sorriso dele diminuiu, e suas mãos apertaram o volante com força, enquanto desviava o olhar, tentando manter o tom descontraído.

A morena  percebeu a mudança sutil de humor, mas não comentou, achando que talvez fosse impressão sua. Apenas continuaram a conversa, até ele deixá-la na entrada da escola.

Ao entrar na escola, Mari sentia os olhares curiosos de alguns alunos, mas preferiu ignorá-los e seguiu diretamente para a sala de aula. Ao se sentar ao lado de Claire, ouviu a amiga soltar uma risadinha baixa enquanto observava seu rosto atentamente.

"Você tá com uma cara de quem dormiu pouco, hein?" A loira  brincou, empurrando levemente o braço da Crist.

"Não é nada, Claire. Eu só... tive uma noite complicada," respondeu a morena, hesitando em compartilhar detalhes.

Enquanto conversavam, o professor de literatura entrou, e a sala logo se acalmou. Ele iniciou a aula falando sobre os temas principais da leitura daquela semana. Mariana tentou focar, mas seus pensamentos ainda estavam em Daemon e no peso das emoções da noite passada. Ela se perdeu em suas próprias reflexões até o momento em que o professor chamou seu nome.

"Senhorita Crist? Gostaria de compartilhar sua opinião sobre o simbolismo da obra?" perguntou o professor, olhando diretamente para ela.

Ela  ficou em silêncio por um segundo, surpreendida pela pergunta, mas depois respondeu com uma análise que impressionou não só o professor, mas também a amiga, que a observava com um sorriso de admiração.

"Olha só, a garota distraída é uma filósofa escondida," Claire cochichou, rindo.

A aula seguiu, mas não demorou para que a loira , sempre curiosa, começasse a fazer perguntas durante as pausas, claramente notando que Mari estava ainda mais pensativa que o normal. "Então, vai me contar o que tá te deixando assim?"

Mariana soltou uma risada nervosa. "É complicado, Claire... Digamos que recebi mais uma rosa."

A expressão da amiga mudou de brincalhona para preocupada. "Isso não está me parecendo nada bom, Mari. Esses bilhetes... eles me dão calafrios."

A morena tentou sorrir, para acalmar a amiga. "Eu sei. Mas não se preocupa, eu consigo lidar com isso."

No fundo, ela desejava poder compartilhar tudo, mas sabia que, por enquanto, esse era um segredo que teria de carregar sozinha.

Mais tarde ela entra em casa, encontrando sua mãe tomando vinho relaxada no sofá.
"Como foi seu dia, querida?" a mãe perguntou, tomando um gole do vinho e observando a filha com um olhar atento.

A morena sorriu e se sentou. "Foi bom. Nada muito fora do normal," respondeu, tentando manter a conversa leve.

A mãe a observou por um momento, com um olhar que misturava curiosidade e compreensão. "Você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa, não sabe?"

Ela assentiu, sentindo uma pontada de culpa. "Sim, mãe. Eu sei."

Depois de alguns minutos de conversa tranquila, Mariana subiu para o quarto, sentindo-se um pouco mais em paz. Mas essa paz duraria pouco.

Ao abrir a porta do quarto, um perfume familiar invadiu o espaço. Sobre o travesseiro, repousava uma rosa branca, o símbolo sombrio de seu admirador misterioso. Ao lado, um bilhete curto com a caligrafia que já lhe era tão conhecida:

"Minha pequena corça, você não pode escapar de mim."

A morena ficou imóvel, sentindo o misto de medo e fascínio crescer. Daemon estivera ali, invadindo seu espaço mais íntimo. Ela sabia que precisava confrontá-lo para ter qualquer chance de entender o que estava acontecendo. Sem hesitar, pegou um casaco e saiu para encontrá-lo.

No beco onde sabia que ele poderia estar, avistou Daemon encostado na parede, com um sorriso enigmático que sempre a fazia sentir uma mistura de excitação e apreensão.

"Eu sabia que você viria, minha pequena corça," ele disse, em um tom baixo e provocativo, avançando lentamente em sua direção.

"Por que está fazendo isso, Daemon? Por que não me deixa em paz?" Mari perguntou, tentando manter a voz firme, embora seu coração estivesse disparado.

Daemon deu um passo à frente, os olhos intensos fixos nela, e a tensão entre eles parecia palpável. "Porque você não quer que eu te deixe em paz. E você sabe disso," respondeu ele, a voz carregada de um desejo quase predatório.

Ela sentiu o rosto corar, mas não podia negar a verdade nas palavras dele. A lembrança da noite anterior a invadiu, e a garota lutou para manter o controle. "Isso não é certo. Você sabe que eu... eu não posso fazer isso."

"Mas você já fez, não é?" Ele sorriu, uma expressão que misturava arrogância e charme. "Você gostou, Mariana. Eu vi em seus olhos."

A morena engoliu em seco, seu corpo tremendo entre a vontade de se afastar e o desejo de se aproximar. "Isso não é só sobre nós. Você me assusta, Daemon. E, mesmo assim..." ela hesitou, a voz falhando ao tentar se convencer de que não deveria querer isso.

Daemon se aproximou ainda mais, os rostos a poucos centímetros de distância. "Você é minha, querida. Desde o momento em que te vi. E eu não vou deixar você ir."

Ela olhou para ele, perdendo-se nos olhos escuros e intensos que a hipnotizavam. O mundo ao redor parecia desaparecer, deixando apenas eles dois, envoltos em um jogo perigoso que ela não sabia se queria ou não jogar. As palavras estavam na ponta da língua, mas não saíam, pois a verdade era que, de alguma forma, ela queria ser dele.

"Daemon..." Ela começou, mas ele silenciou-a com um gesto, aproximando-se ainda mais.

"Você não precisa dizer nada, pequena corça. Eu só quero que você sinta." E com isso, ele a puxou para mais perto, seus lábios finalmente se encontrando em um beijo que misturava possessividade e uma sensação de lar que a deixou confusa e excitada ao mesmo tempo.

OBSSESION - Damon Torrance e Will GraysonOnde histórias criam vida. Descubra agora