Jeff Satur.
22:10 PM.
— Você é um idiota — Declaro, mostrando o dedo do meio para Mile, no instante em que abro o embrulho colorido que ele havia me dado. Este sendo apenas o primeiro, dos três presentes que eu receberia, segundo a programação que fizeram para minha despedida de solteiro — Porra... — O babaca ri alto, pressionando a palma no peito quando o faz até perder o ar — Qual o seu maldito problema? — Tirando a cueca vermelha de dentro do pacote, indago.
Com desgosto, encaro a frontal no formato do rosto de um elefante, com direito a uma tromba para encaixar o... Certo, isso é ridículo em tantos níveis!
— O que foi? Eu diria que é sexy. Barcode irá adorar — Ele ironiza, franzindo a testa em cinismo, enquanto levava seu copo à boca e me encarava sobre a borda deste. Seus olhos astutos brilham em divertimento.
— Esse seu nível, tão elevado na arte da filha da putagem, acredite em mim, me comove imensamente — Reviro os olhos, guardando a cueca dentro do pacote novamente e o deixando de lado. Que coisa ridícula.
— Está me magoando. Eu escolhi esse presente com muito carinho, e está desdenhando dele — Meu primo dramatiza, como se estivesse realmente chateado. Ele obviamente não está.
— Fecha a boca, cara — Resmungo, fazendo-o levar a mão livre ao ar, em sinal de rendição.
— Esse aqui é meu — Max empurra uma caixa de porte médio por cima da mesa. Pego-a rapidamente e a abro sem cerimônias.
Solto uma tosse alta, me engasgando com minha própria saliva, quando começo a tirar item por item de dentro da caixa, me assustando com a escolha.
O que ele está insinuando?
— Camisinhas, óleo corporal, velas sexuais, e também aromáticas, e...? — Tensionando o maxilar, envolvo a caneta em mãos. Ao menos, me parece uma — Como se usa isso? — Analisando a base, percebo três pequenos botões ao longo dela.
— Não vou ensiná-lo a usar. Eu também não sei — Max afirma. Curioso, torço a parte superior da caneta; a parte inferior se solta, no instante seguinte, e uma pequena bolinha se faz visível na ponta — O que sei, é que é um vibrador. Dizem que é prazeroso durante o sexo.
— A gente ainda não transou, Barcode e eu. Por que eu precisaria disso? — Nego rapidamente, guardando-o.
— Não? — Mark, o fotógrafo, e também colega de trabalho e namorado de Neo, exclama sua pergunta.
— Não — Respondo, indiferente.
— Como não? — É a vez de Mile me questionar.
— Não aconteceu, é simples. E nem sei se vai, para falar a verdade — Dou de ombros — Eu não pensei muito sobre isso, sendo bem honesto.
— Vocês praticamente se comeram no palco, na festa do seu pai, não consigo acreditar que não tenha acontecido nada depois — Max pontua, desacreditado em sua fala.
— Não aconteceu. Por que é tão difícil de acreditar? Nem todo mundo tem a necessidade de sair fodendo por aí — Elevo meu tom, desconfortável com o teor desse assunto. Não deveria ser da conta de ninguém, afinal.
— Mais alguém prestou atenção na parte do "ainda"? — Mile faz questão de dizer, e eu dou um tapa forte na parte de trás da sua cabeça.
— É jeito de falar, seu idiota — Me defendo, me sentindo constrangido pra caralho.
— Claro que é, sabemos disso — Meu primo desdenha, mas, desta vez, eu opto por ignorá-lo completamente. Não vale a pena, nem a saliva gasta.
Me concentro unicamente em abrir o presente de Mark que, segundo ele, é a peça chave para um outro que receberei mais tarde. Ou, melhor dizendo, que terei que ir buscar.
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𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀𝐂𝐓 || 𝐉𝐄𝐅𝐅𝐁𝐀𝐑𝐂𝐎𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍
Fanfiction𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀𝐂𝐓 | +18 | 𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎, em algum momento que foi incrivelmente, e inesperadamente preservado pela minha memória, - ao longo dos meus vinte e três anos - eu escutei de alguém que: "às vezes, nossa vida não é controlada por nós m...