A Infeliz Dos Mafiosos

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Nicolle Narrando

Sem saber o que fazer fiquei de pé,esperando ele fechar a porta. Comecei a suar frio quando ele chegou perto de mim,suas mãos seguravam firme a minha cintura enquanto seus olhos acompanhavam os meus. Seus lábios foram se aproximando enquanto eu reprimia a vontade de vomitar.

Ele me beijou com voracidade,seus lábios procurando passagem entre os meus de forma ríspida,nada carinhoso como meu Cezar. Comecei a me sentir desconfortável quando vi que ele tinha ficado de pau duro. Era só o que me faltava!

_Pedro..._Sussurrei.

_Quieta_ Ele foi me empurrando para cama,a qual eu caí de costas,enquanto ele estava em cima de mim,beijando meu pescoço. Reprimi a vontade de chorar,me lembrando do por que eu estava aqui de verdade e que eu sabia dos riscos.

Alguem bateu na porta,fazendo com que ele resmungasse ao largar meu corpo na cama.

_Oque é insolente?!

_D-desculpe atrapalhar o senhor...es-estao te chamando lá embaixo._ Antes que eu piscasse,Pedro dá um tapa no garoto,fazendo com que ele caísse. Parecia ser apenas um pouco mais velho que eu. Me senti triste por ele,o que ele estava fazendo trabalhando num lugar como esse?

_Isso é o que se ganha por me atrapalhar num momento tão importante. De joelhos_Sua voz saía gritante.

_M-mas senhor...

_AGORA!_ Me assustei,quase pulando da cama. O único barulho que se ouvia era o choro do jovem e o zíper da calça de Pedro sendo aberto.

O pânico subiu ainda mais sob minha garganta. Aquela cena me deixou com medo,nervosa e o problema é que eu não conseguia desviar o olhar,eu só podia pensar que poderia ser eu ali ao invés do garoto. Os soluços se misturavam com engasgo enquanto Pedro soltava gemidos nogentos.

Comecei a tremer. Por que aquilo continuava? Por que eu estava olhando para aquilo?

Pedro terminou,batendo no garoto mais uma vez antes de fechar a porta. Mas meus olhos não conseguiam se desviar. Ele tocou no meu ombro,me fazendo recuar assustada.

_Fica calma_ Ele sorriu_Eu jamais  machucaria você.

Assenti,o choque fechará minha garganta.

_Nao vamos poder brincar agora,eu já estou me sentindo aliviado. Me desculpe.

Assenti de novo.

_Precisamos descer,precisam de mim  lá embaixo. Vou te mostrar o meu lugar favorito_Ele sorriu,animado.

_Certo._ Mal sai da cama e suas mãos já estavam na minha cintura.

Ele abriu a porta novamente e logo já estávamos atravessando aquele longo corredor. Seguimos em silêncio mesmo no elevador,o qual ele selecionou o botão da garagem.

Ele queria me mostrar carros? O que tinha lá embaixo? Por que ele estava me levando junto?

_Oque tem lá embaixo?

_Uma coisa que eu adoro.

_Vai me mostrar sua coleção de carros esportivos?_ Ele riu,com ótimo humor.

_Não. Não sei se você vai gostar,mas eu gosto.

_Ah...

Por fim chegamos,parecia normal,apenas uma garagem comum de condomínio.

_Vem_ Ele me puxou,me levando para o fundo que estava cada vez mais escuro e sem carros. _ Por aqui_ Ele indicou uma porta pouco regular,tive que me abaixar um pouco pra passar por ela. Ele me seguiu,um corredor pequeno estava a frente e já era possível ver uma porta mais alta.

_Oque tem aí?_ Perguntei enquanto ele destranvlcva a porta. Já era possível ouvir um barulho.

_Veja._ Assim que ele abriu a porta fiquei surda e sega por breves segundos; uma festa! Leds piscando na velocidade da luz e música alta tocavam enquanto várias pessoas se beijavam,outras dançavam e poucas estavam no bar. Me lembrei da vez em que Pedro me levou para uma porcaria dessas,e quando Cezar me salvou... Lembrar dele apertou minha garganta,ele não estaria aqui pra me salvar agora...

_Eu não gosto disso.

_Eu já imaginava. Eu gosto por que...bom,eu vejo as pessoas fazendo o que elas querem fazer,e eu faço com elas.

_Hum..._ Entramos,então ele fechou a porta atrás de sim me senti presa e sem saída. A preocupação me inundou quando ele tomou minha cintura de novo e me levou para uma mesa onde vários homens estavam jogando cartas.

_Demorou hein cara_Um deles disse. Todos tinham mulheres em seus colos,então Pedro fez o mesmo comigo. Continuei incomodada.

_Tive uns problemas com aquele novato.

_Acabou com a boca dele né seu safado? Eu vi ele passando por aqui,tacha chateadinho.

_Ele devia era ficar feliz,poucos tem o privilégio de ter o meu pau em sua boca.

Eles riram e eu revirei os olhos. Que papo idiota. Eles continuaram falando porcarias,então desliguei os ouvidos,me concentrando mais no ambiente em que eu estava: haviam mais mesas além da nossa,todos ocupadas por homens que seguravam as mulheres e jogavam cartas. Haviam almofadas espalhadas em um canto onde algumas pessoas estavam transando.

A ausência do DJ era quase imperceptível,pois a música continuava alegre e segura continuamente. Provavelmente uma playlist planejada.

_...Cezar também está atrapalhando demais..._ Parei de observar para ouvir melhor a conversa. Era sobre Cezar,o meu Cezar!

_Aquele desgraçado vem se intrometendo em vários assuntos que não são chamados_ Pedro esbravejou.

_Fiquei sabendo que o pai dele tá na cidade.

_Otimo,vamos atacar quem ele mais ama.

Senti o nó se formando na minha garganta. Eles queriam matar meu sogro?! Precisava avisar Cezar urgente!