A filha de um dos maiores traficantes de Los Angeles, da noite para o dia se viu na obrigação de se tornar uma pessoa fria e calculista para tomar a frente dos negócios do pai, que sumiu do mapa deixando apenas uma carta para trás. Tendo que deixar...
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Terminava de contornar a minha boca com um ombre lips, seguido de um pouco de batom vermelho no limite da marcação, com lápis marrom e por fim, o meu gloss para dar acabamento.
- cadê, Lia? — perguntava já ansiosa, minhas pernas balançavam quase que por instinto.
- eu não tô achando nada nessa porra, Maddy — Lia resmungava enquanto procurava meu par de argolas em minha bolsa.
- procura direito, eu tenho certeza que está aí — pedi a encarando do espelho.
- não tá aqui, porra. Eu já falei! — ela bateu forte suas mãos ao lado do corpo e seu tom de voz aumentou um pouco, despertando dentro de mim uma porra de gatilho. Me virei rapidamente e ela nem olhou para o meu rosto, apenas continuou vasculhando a mochila sem parar.
Respirei fundo tentando não voar em cima dela e apertar seu pescoço até estar satisfeita. No entanto, Lia e eu voltamos a nos falar e isso era tudo o que importava no momento.
Eu prometi que ia aprender a ama-la do jeito que ela me merece, e eu realmente estou tentando.
- deixa que eu procuro — me aproximei empurrando o seu tórax com o antebraço. Lia se afastou com dois passos apressados pelo empurrão, me dando um pouco de espaço.
Sentia seu olhar queimando sobre o corpo de cima a baixo, enquanto me inclinava na sua frente para mexer na minha mochila e, em menos de um minuto, eu achei as minhas argolas.
- exatamente onde eu disse que estavam — soltei um riso nasal e logo após senti suas mãos envolverem os meus quadris lentamente.
- me desculpa — disse após um forte suspiro — eu ando muito estressada esses dias, tem muita merda na minha cabeça. Mas, isso não é motivo pra descontar em você — murmurou contra a minha pele desnuda, enquanto deixava beijos breves em meu ombro.
Pensei um pouco antes de respondê-la, minha língua estava coçando para dizer alguma coisa, mas não valia a pena brigar naquela hora. Eu podia deixar isso para depois da festa, era bom que no dia seguinte era só falar que eu estava doidona.
- só desculpo se achar a minha saída de praia sexy do bob esponja — dei uma leve risada, encarava ela rir pela minha visão periférica.
- sexy e bob esponja na mesma frase — ela torceu o rosto — eu ouvi isso?
- ouviu sim, e pode começar a procurar por aí — retirei suas mãos da minha cintura, puxando a garota para a frente da cama onde estava a mochila, novamente.
Ela revirou a mochila tirando todas as roupas, a peça estava no fim bem enroladinha. Foi uma das primeiras coisas que peguei antes de sairmos de casa.
- procura direito, Lizeth! — bati a mão na coxa. Ela me lançou um olhar rápido e logo tornou a revirar as roupas.
